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Rob Rock: uma fértil trajetória no heavy-rock

Por Maurício Gomes Angelo
Postado em 03 de dezembro de 2005

O estadunidense Rob Rock tem uma fértil trajetória no heavy-rock, já tocou em inúmeras bandas, projetos e fez participações especiais (a mais famosa no Avantasia), conquistando a amizade de muitos músicos da cena. Contudo, a banda que lhe propiciou fama e respeito foi mesmo o Impellitteri, onde, junto ao virtuosíssimo guitarrista Chris Impellitteri, lançou ótimos álbuns durante a década de 90. Limitado pela preponderância do colega, líder do grupo, Rob saiu da banda em 2000, e de lá para cá já lançou três trabalhos solo. O recém lançado "Holy Hell", provavelmente o mais pesado e diversificado de sua carreira, mais uma vez composto e produzido em parceria com Roy Z (Halford, Helloween, Judas Priest e Bruce Dickinson, entre outros) dá outra (e desnecessária) justificativa irrefutável para o apelido de "a" voz do heavy melódico.

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Tradução por Andryo Dias

A performance monstruosa e o timbre perfeito e cristalino talvez sejam explicações para todo o sucesso de Rob Rock, reverenciado na Europa e no Japão. Sua sonoridade – uma mistura tremendamente feliz de hard rock, heavy, melodic e thrash metal – é um banquete para todo headbanger. Foi para falar sobre o novo trabalho e toda sua notável trajetória que batemos este papo com ele. Uma oportunidade para os brasileiros conhecerem ainda melhor o simpático vocalista.

Whiplash! – "Holy Hell" sem dúvida é o trabalho mais pesado que você já gravou, e "Slayer Of Souls" externa esta intenção bem claramente, contudo, mesmo com estruturas mais quebradas e intensas, indo ao extremo do power metal, percebe-se que seu estilo clássico de criar melodias e linhas vocais ainda permanece lá, intocável, e creio que você nunca irá abandonar isto. Considera que o ponto em que está hoje é o máximo a que se permite chegar em termos de peso sem perder suas características originais?

Rob Rock - Quando começo a trabalhar com Roy Z, sempre discutimos a direção da música e todo o conceito sonoro que queremos imprimir. A partir disso, criamos os riffs e as melodias, começando a compor. Quando estou criando melodias vocais, sempre procuro por linhas melódicas vibrantes e empáticas. Acredito que uma boa linha vocal pegajosa e um riff forte de guitarra são os fatores principais para uma ótima música de metal.

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Whiplash! – Observo que a cozinha foi responsável por grande parte dessa evolução. Não apenas pela pegada destruidora de Bobby Jarzombek, com seus grooves beirando o thrash metal, mas também porque o baixo, agora sob responsabilidade de Andreas Olsson, ganhou muito mais importância nas composições. Esta era uma "falha" que você queria, intencionalmente, suprir?

Rob - Depois que tínhamos a demo do álbum, fomos para o estúdio gravar as partes de bateria. Com Bobby, as músicas ganharam uma nova dimensão, com sua pegada monstruosa e até mesmo um moderno e mais pesado feeling. O baixo de Andreas também é muito agressivo e ele adicionou um forte desempenho pessoal no ritmo das músicas.

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Whiplash! – Sua amizade com Roy Z, que já dura mais de 15 anos, é notória. Ele vem contribuindo intensamente em seus últimos trabalhos. Qual a importância dele tanto na composição como na produção?

Rob - Acho que Roy Z é muito importante para meus álbuns, como compositor e produtor. A influência de Roy é evidente e confio nele porque nos conhecemos desde 1988 e crescemos juntos no metal. Ele conhece minha voz e meu estilo e se foca em trazer para fora o melhor de mim.

Whiplash! – É marca registrada de Z o cuidado todo especial com as guitarras e as linhas vocais, em todas suas produções estes elementos são o ponto alto. Não seria diferente contigo. No caso, além de uma sincronia perfeita (tonalidades e timbres), os vocais trabalham como fios condutores das músicas, criando pontes para os ápices do instrumental e indicando o estilo a ser seguido. Fale-nos sobre esta estrutura.

Rob - Deixamos a música ditar o ritmo. A melodia do vocal é a chave pela qual trabalho, mas elas também são guiadas pela instrumentação debaixo disso – principalmente bateria e os riffs de guitarra. Cada parte deve ficar forte em si como uma performance individual, mas sem esquecer da coesão estrutural entre todos os instrumentos. Quando cada parte adquire vida e se integra com o resto da composição, isto cria uma impactante massa sonora que não pode ser desprezada.

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Whiplash! – Na composição, como você e Roy Z funcionam? Cada um fica encarregado de um setor específico? O instrumental vem primeiro, ou não? Bote-nos por dentro do processo.

Rob - O processo varia em cada música. Cada uma origina-se de uma idéia de guitarra, vocal ou bateria, ou até mesmo uma linha de baixo, às vezes. Nunca se confine a uma estrutura específica, pois você vai sufocar sua própria criatividade. Não existe regra alguma a que se deve dar atenção. Embora, usualmente, eu diga que o riff de guitarra vem primeiro e então isso muda e se modifica quando adicionamos os vocais e instrumentos. Às vezes o vocal vai ditar a próxima parte da música como a melodia pode conduzir para outra melodia e então ajustamos a música a isso, ou ajustamos a melodia do vocal à música. Qualquer que seja a parte forte da música, tendemos a ir com ela, em vez de fechar qualquer porta à nossa criatividade.

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Whiplash! – Houve alguma mudança para "Holy Hell"? Quanto tempo durou a composição do álbum?

Rob - O álbum demorou um pouco para se formar, mas atualmente nós costumamos compor bem rápido. Fizemos várias sessões curtas de composição ao invés de uma ou duas sessões longas e isso nos deu bastante tempo de convivência com as músicas antes de terminarmos a gravação delas.

Whiplash! – Podemos considerar que as letras de "Holy Hell" seguem um conceito específico? Há a intenção de contar uma história nelas? E como você aprimorou suas letras após todos estes anos, já que era o inteiro responsável pela parte lírica do Impellitteri? O que ainda gosta de abordar?

Rob - Holy Hell não é um album "conceitual" em si, mas todas as letras têm uma linha condutora entre si porque todas são integradas à textos bíblicos e significados bem particulares. Minhas letras vêm de uma visão bíblica e refletem crenças pessoais que sustento em meu coração.

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Whiplash! – É a terceira vez que você grava "Warrior", sendo que a mesma apareceu previamente no Driver e no Impellitteri. Porque gravar novamente tal música? Esta versão seria aquela "final", que você sempre quis fazer?

Rob – "Warrior" é uma grande música que originalmente escrevi com o Chris Impellitteri. Toquei ela ao vivo no Drive antes de gravar com o Impellitteri e ela sempre foi um destaque de minhas performances ao vivo. Portanto, queria gravá-la com meu próprio nome e ter Roy Z ao meu lado, como fizemos no EP do Drive, mas aquilo foi apenas uma gravação demo que nunca foi oficialmente lançada.

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Whiplash! – "I’ll Be Waiting For You" é a primeira balada nos moldes "tradicionais" que você grava, um momento quase "a capela", belíssimo por sinal. Fale-nos sobre seu significado.

Rob - Ela foi escrita em homenagem ao meu pai que faleceu no ano passado e acho que a música define um lindo estado de espírito para a letra.

Whiplash! – Considero "Holy Hell" um mix de todos elementos que você já experimentou até hoje, com algumas inovações. Uma maior incursão no peso ("Slayer Of Souls" e "When Darkness Reigns"), melodias oitentistas ("Calling Angels"), um hard rock de respeito ("I’m a Warrior"), a balada ("I’ll Be Waiting For You"), e até um toque mais pop em "Move On". Vê "Holy Hell" realmente como seu trabalho mais completo?

Rob – "Holy Hell" é uma coleção de músicas que realmente funcionaram para mim. Nunca estou o analisando de certo modo, mas quis um álbum bastante diversificado que também fosse um pouco pesado e um pouco mais agressivo em sua abordagem. O resultado foi uma fina coleção de músicas que nunca ficam tediosas.

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Whiplash! – "Move On", é a segunda música do Abba coverizada por ti. Porque a escolha desta, com um clima diferente de todo álbum, de uma mesma banda já explorada e de aproveitar a participação de Tobias Sammet para ela?

Rob – "Move On" foi um experimento em fazer uma música pop dentro de uma música rock. Se você ouvir a versão original do Abba, vai ver que a música foi de longe uma produção de bom gosto e ainda mantém sua integridade como uma música muito forte. Tobias estava na cidade, então o convidamos para se juntar a mim nisso por diversão. É apenas uma música extra, como a "cereja do bolo".

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Whiplash! – Participações, aliás, são um de seus pontos fortes. Inúmeros nomes de peso já colaboraram contigo nos últimos anos, como Jake E. Lee, Gus G., Tom Naumann, Jack Frost, Howie Simmon, Axel Rudi Pell, além de alguns tecladistas, backing vocals e muitos outros que integraram suas "bandas de apoio". Como se dá este contato, que importância você vê nas colaborações e como procura aproveita-los de forma a salientar suas características individuais?

Rob - Quando comecei minha carreira solo, queria incluir muitos amigos que conheci ao longo dos anos, porque poderia fazer isto. Acho que colaborações abrem portas para mais pessoas ouvirem mais músicos e eventualmente abre mais mentes para mais música. Além disso, trabalhar com grandes amigos e músicos é um prazer para mim e sempre tento fazer a melhor música possível, então tenho isso em mente quando convido pessoas a se juntarem a mim.

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Whiplash! – As capas de seus álbuns são sempre muito bonitas. Qual o artista responsável pela última capa e qual o significado dela?

Rob - Derek Gore fez a arte do álbum desta vez. O significado é que sempre há uma batalha entre ser santo e profano, entre céu e inferno, e entre o espírito e a carne. É difícil ser santo neste mundo e este conflito é refletido durante todo o álbum.

Whiplash! – No trabalho anterior você havia montado uma banda, a "Rage Of Creation", com Rick Renstrom e Bob Rossi nas guitarras, Stephen Elder no baixo e Tracy Shell na bateria, e embora os dois primeiros tenham auxiliado no novo registro, esta formação – que foi tida como sua banda de apoio oficial – não permaneceu. Por que?

Rob - Também quis incluir minha banda da turnê do EUA em minha gravação, mas, por causa do tempo, localização e restrições de orçamento, seria impossível alcançar os resultados que queria realizar. As composições para meus álbuns solo sempre foram colaborações entre Roy Z e eu então tornou-se muito difícil de experimentar e incluir todos no processo de gravação. A composição é o elemento mais importante para meus álbuns e é o ápice de minhas prioridades fazer os melhores trabalhos que posso.

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Whiplash! – E qual o motivo de Ray Burke e Reynold Carlsson, colaboradores ativos anteriormente, não terem participado de "Holy Hell"?

Rob - Bem, disponibilidade e tempo é tudo que se precisa para lidar com músicos. Igualmente, Bobby Jarzombek estava disponível e eu e Roy Z concordamos que ele seria um ótimo elemento positivo para executar as idéias mais pesadas que tínhamos para Holy Hell.

Whiplash! – Foram recrutados os membros do Narnia, com a adição de Daniel Hall. Não lhe preocupa que suas outras obrigações atrapalhem o trabalho desenvolvido? Como se deu a escolha destes?

Rob - Quando recrutei os novos membros, as músicas já estavam escritas e finalizadas como demo. Só tivemos que focar em obter uma boa performance de gravação destes grandes músicos. Tenho que dizer que eles se dedicaram por mim e fizeram um magnífico trabalho!

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Whiplash! – Você tem um dos melhores vocais do heavy metal mundial. E isto era limitado em seus trabalhos anteriores. Nota-se perfeitamente que estás muito feliz com a atual fase, podendo fazer tudo que sempre quis, com músicas escritas prioritariamente para tua voz. Acha que isto também o ajudou a se desenvolver como vocalista?

Rob - Obrigado por seus gentis comentários. Sim, a liberdade em fazer meus próprios álbuns me permitiu agora expressar a mim mesmo de diferentes maneiras e estou muitos feliz com isso. Roy Z faz um excelente trabalho em escrever músicas que tenham a minha voz como máxima prioridade.

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Whiplash! – Como foram os shows nos festivais europeus deste ano? A resposta foi aquela que esperava?

Rob - Tanto o Bang Your Head Festival como o Sweden Rock foram ótimos para nós, e espero que com isso eu possa logo tocar no Wacken Open Air, pois será maravilhoso.

Whiplash! – Os convites para shows estão satisfatórios? Eles têm aumentado nos últimos anos? Como está a turnê?

Rob - Sempre quis apresentar grandes shows e adoraria fazer todos eles durante o mesmo ano, mas isso não acontece freqüentemente. Acredito que os shows vão acontecer no tempo certo e espero atender a todos meus fãs ao redor do mundo num futuro breve.

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Whiplash! – Indo agora para o seu passado...por que o Vice, sua primeira banda, não chegou a lançar um álbum? Quantos anos você tinha na época e como foram suas experiências iniciais em cima de um palco? Qual o objetivo deste show comemorativo?

Rob - Vice foi uma ótima banda, mas nunca conseguiu assinar um contratao. Os deixei para ir a Los Angeles gravar o projeto M.A.R.S. com Rudy Sarzo, Tommy Aldridge e Tony MacAlpine. O Vice esteve tocando no circuito de clubes por alguns anos, apresentando covers e músicas próprias seis noites por semana! A reunião de Vice foi fantástica e trouxe muitos de nossos fãs de volta para nos ver. Foi maravilhoso tocar com meus amigos novamente na velha vizinhança.

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Whiplash! – Sua estréia no projeto M.A.R.S. foi fantástica. Como conseguiu ser o escolhido para encabeçar uma banda daquelas? O que aquilo significou para sua carreira?

Rob - MARS lançou minha carreira de gravações e foi uma ótima experiência tocar com lendas do metal em meu primeiro álbum. Fiz o teste para a banda e recebi a resposta no verão de 1986.

Whiplash! – Voltando a se reunir com Chris, vocês criaram o que seria o primeiro álbum do Impellitteri, o EP de mesmo nome. Por que a banda não continuou contigo após aquela boa estréia?

Rob - O Black EP que fiz com Chris foi apenas uma demo para tentar conseguir contratos. Neste tempo ele assinou com a Relativity, eu já tinha feito um compromisso com a banda Joshua.

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Whiplash! – Sua saída do Impellitteri até hoje não foi bem explicada. Tudo se deu, de fato, apenas porquê você queria desenvolver um trabalho próprio, sem nenhum impedimento?

Rob - Originalmente eu estava fazendo álbuns solo como também os do Impelliteri sem problema algum. Uma vez que "Rage of Creation" saiu, Chris decidiu trabalhar novamente com Graham Bonnet porque ele achou que seria uma boa hora para fazê-lo. Ele se surpreendeu que "Rage Of Creation" estivesse tão pesado e não mais leve como esperava.

Whiplash! – Você mantém a amizade com Chris? Chegou a ouvir o último trabalho de estúdio deles, o Pedal To The Metal, que marcou a estréia do novo vocalista Curtis Skelton e trouxe profundas mudanças na sonoridade da banda? O que achou?

Rob - Sim, ainda sou amigo Chris. Não sei qual é o plano musical dele, mas creio que ele queira experimentar novas sonoridades.

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

Whiplash! – Você acha que a sua carreira solo têm lhe permitido obter mais exposição do que em qualquer outra fase de sua vida?

Rob - Certamente minha carreira solo me adiante e provou que sou um cantor e compositor de metal, e não apenas um complemento ou um vocalista de estúdio.

Whiplash! – O Japão e a Europa sempre foram os melhores mercados para você, ao passo que, em seu país natal, os Estados Unidos, seus trabalhos nunca alcançaram grande sucesso. Observou alguma mudança em tempos recentes e pretende investir mais no mercado estadunidense?

Rob - Holy Hell acabou de sair nos EUA e espero que tudo vá bem por aqui. Acho que ele irá exigir que a gravadora trabalhe muito bem, mas estou feliz em ver que ele foi finalmente lançado de forma oficial nos EUA.

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Whiplash! – A propósito, não posso deixar de ficar muito bravo com você (risos) por sempre privilegiar o Japão, oferecendo duas ou três (!!!) bônus track para aquele país e esquecer o resto do mundo. Não poderia balancear melhor seus presentes? ?

Rob - A economia do Japão é muito estranha. Lá, um lançamento nacional é mais caro que um importado e isso cria uma situação diferente. Uma banda não consegue vender muitos álbuns tendo seu material licenciado para o país, dessa forma, somos obrigados a adicionar faixas bônus para justificar o custo extra para o consumidor japonês. É por isso que o Japão recebe faixas bônus que outros países não têm. Para que os álbuns com lançamento nacional vendam bem.

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Whiplash! – Nenhum álbum seu está licenciado de forma oficial no Brasil. Com isso, os fãs têm que recorrer a material importado ou a outros meios menos ortodoxos, como o mp3. Nosso país tem um grande mercado para o metal e seu estilo de música, mais melódico, é muito apreciado por aqui. Espanta-me que nenhuma negociação tenha ocorrido. Por que esta falha histórica? Há alguma conversa com gravadoras em andamento?

Rob - Atualmente estou procurando por uma gravadora no Brasil que possa lançar meus três álbuns solo de maneira profissional e com integridade. Você conhece algumas gravadoras que estariam interessadas? Por favor contate-me com eles e os colocarei em contato com as pessoas certas.

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Whiplash! – Que chances a América Latina têm de receber shows seus?

Rob - Tudo que preciso é de um convite real de um promotor experiente, onde possamos planejar juntos a turnê.

Whiplash! – Que momentos você considera especiais nestes 22 anos de trabalho?

Rob - Bem, existem muitos momentos que prezo mas os maiores foram MARS (meu primeiro álbum), o "Screaming Symphony" do Impellitteri (este álbum é a melhor colaboração com Chris e eu) e, claro, "Rage of Creation" (minha primeira investida solo). Mas não posso esquecer "Holy Hell" que, em minha opinião, é meu mais esplêndido trabalho. Amo tanto as letras como as melodias, além de todas as músicas serem matadoras.

Whiplash! – Qual sua opinião pessoal sobre a administração de George W. Bush, sua reeleição, a guerra no Iraque e a assistência às vítimas do furacão Katrina? O que você pensa sobre a música tratar de assuntos políticos?

Rob - Acho que a música pode lidar com isto se o compositor quiser, mas prefiro escrever sobre coisas que tenham maior significado para mim.

Whiplash! – Rob, muito obrigado pela entrevista, foi um prazer entrevista-lo. Deixe uma mensagem a seus milhares de admiradores brasileiros.

Rob - Obrigado aos fãs brasileiros por todo seu amor e apoio. Espero vê-los brevemente numa turnê.

Site Oficial: www.robrock.com

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Sobre Maurício Gomes Angelo

Jornalista. Escreve sobre cultura pop (e não pop), política, economia, literatura e artigos em várias áreas desde 2003. Fundador da Revista Movin' Up (www.revistamovinup.com) e da revrbr (www.revrbr.com), agência de comunicação digital. Começou a escrever para o Whiplash! em 2004 e passou também pela revista Roadie Crew.
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