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Venin Noir: Gótico influenciada por heavy, doom e progressivo

Por Rafael Carnovale
Postado em 22 de março de 2003

Em 2002 formava-se o Venin Noir. Com uma proposta gótica e altamente influenciada por heavy, doom e progressivo, a banda começou a despertar atenção pela competência do conjunto, pelo cuidado com as composições e pelos excelentes vocais de Larissa Frade. O que poderia ter se tornado uma banda de black metal deu lugar a um gótico luxuoso, porém extremamente diversificado. Tal mistura, de grande habilidade, chamou a atenção da Hellion Records, que assinou com a banda e permitiu o lançamento de "Rainy Days of October". Batemos um papo interessantíssimo com a banda, no intuito de conhecer o que se esconde nos dias chuvosos do mês de outubro. Completam a formação André Dias na bateria, Rodrigo Campilho e Pedro Santos nas guitarras, Bruno Coelho no baixo e o novo integrante, Raphael nos teclados.

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Whiplash - Como vocês se juntaram e como surgiu o nome Venin Noir?

Larissa / Tudo começou quando eu procurava um baterista para uma banda de black metal e cheguei até o André através de uma amiga em comum. Naquele momento ele não pode participar do projeto, mas ficamos amigos desde então. Ele estava montando um projeto doom/gótico e me chamou para participar. E depois com a entrada do Rodrigo montamos o Venin Noir.

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Whiplash - Pelo que pude ler no site oficial, ambos os guitarristas gostam muito de hard-rock. O que os levou a migrar para um estilo tão diferente, como o metal gótico?

Rodrigo Campilho / Não foi bem uma migração. Sempre gostei de várias coisas diferentes. Pop oitentista, AOR, Hard Rock, Gothic e muitos outros. Muitas pessoas que visitam o nosso site e vêem as minhas influências e bandas preferidas, me escrevem e perguntam como eu consigo gostar de tanta coisa diferente. Ora! Como? Eu procuro ouvir boa música. Seja Toto, Ten, In Flames, Opeth ou até mesmo Seal. Música bem-feita não está só no metal, e toda essa diversidade musical me influencia muito na hora de compor pro Venin Noir. Como guitarrista, tenho muita influência de grandes guitarristas do meio "Hard Rocker", como Reb Beach, Paul Gilbert, George Lynch. São verdadeiros gênios da guitarra, que não me influenciam por piruetas, velocidade, cabelos (risos). Me influenciam pela simples capacidade de tocar as notas certas na hora certa.

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André Dias / Eles, assim como o resto da banda, gostam de muitos estilos diferentes. Escolhemos esse direcionamento para a banda porque, além de gostarmos muito do estilo, achamos que era o que melhor, dentro do metal, se encaixava na voz da Larissa e nas letras que tínhamos. Mas não nos prendemos somente ao metal gótico, não só dentro do Venin, onde procuramos uma sonoridade mais variada e particular, como fora dele, onde mantemos alguns projetos em outros estilos.

Whiplash - Aliás, o que vocês consideram como o death/doom que descreve o cd de vocês?

André Dias / Adoro death metal, mas acho que o som do Venin não tem nada de death. Fazemos um doom/gothic metal, com influências de várias outras vertentes de metal, gótico propriamente dito e música erudita.

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Whiplash - "Rainy Days of October" é um bonito título. Existe algo de especial nos dias chuvosos de Outubro?

André Dias / Compusemos as letras e a maior parte dos arranjos do álbum num outubro chuvoso, então nos pareceu um título bem pertinente e que tinha a ver com o clima que queríamos passar.

Whiplash - Larissa, seu vocal é excelente. Você sempre esteve ligada ao metal como estilo musical? Você desenvolve alguma atividade na música erudita?

Larissa / Sempre estive ligada ao meio metal. Participei de algumas bandas do estilo que não tiveram nenhuma repercussão. Hoje não participo de nada ligado a música erudita, mas já fiz parte de alguns coros do estilo.

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Whiplash - Apesar de serem descritos como uma banda gótica, as músicas do seu cd apresentam elementos que vão desde o thrash metal até algumas pitadas de prog-metal. Como mesclar tantos estilos sem se perder na sonoridade proposta?

André Dias / O que o músico compõe é o resultado da soma de todas as suas influências. Enquanto compomos, não nos preocupamos tanto assim com rótulos, pois só deixando esse processo o mais espontâneo possível podemos deixar as músicas com personalidade própria. Quando esse processo tem como resultado uma música que não se encaixa muito na proposta do Venin, a guardamos para um dos projetos que citei.

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Whiplash - "Damsel of Grief" lembra o Nightwish em seus momentos mais góticos. Essa é uma comparação que incomoda a banda?

Larissa / De certa forma sim, pois desde o início queríamos mostrar nosso potencial e qualidade, criando uma personalidade própria.

André Dias / Não é que incomode, só não achamos saudável comparações, seja com que banda for. Acho que a banda que gosta de ser comparada é a que quer pegar carona no sucesso de outra, o que não é o nosso caso.

Whiplash - Eu sei que vocês tocam algumas covers especiais em shows, inclusive algumas que ficam excelentes no vocal lírico de Larissa. Vocês podem adiantar algo sobre isso?

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Rodrigo / No nosso primeiro show, tocamos "Chance" do Savatage e "Headless Cross" do Black Sabbath. Temos uma pequena relação de covers, que vão variar conforme o público. Em um show com um público mais "tradicional", covers que tenham mais a ver com o estilo. E por aí vai. Podem esperar surpresas bem agradáveis!

Whiplash - Como foram e têm sido os shows da banda? Há alguma perspectiva de shows fora do eixo RJ-SP?

André Dias / Sim, vamos tocar na Thorns, que é o maior evento gótico do país, dia 12 de abril, em São Paulo. Além disso estamos agendando datas em todo o Brasil, e as divulgaremos assim que houver algo confirmado.

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Whiplash - As bandas que são descritas como góticas vêm apresentando mudanças. O Theatre of Tragedy enveredou para um som mais eletrônico e o Gathering para um som mais atmosférico. Para vocês o metal gótico é um estilo com os dias contados ou estas são apenas evoluções naturais?

Rodrigo / Bom, cada banda segue o caminho que bem entende. Se eles optaram por elementos eletrônicos, sons atmosféricos, certamente foi uma busca pra enriquecer sua música. Não acredito que o metal acabe ou enfraqueça, muitas bandas estão aí pra provar isso. Claro que, sempre aparecem 452 bandas que fazem o mesmo tipo de som, dando a impressão que o estilo está estagnado ou passando por períodos de criatividade infértil (risos). Se fossemos pensar desse jeito, o Power Metal, o Metal Melódico e o Thrash Metal já teriam ido pro espaço. O grande problema pra algumas bandas que experimentam "coisas novas" é o radicalismo de alguns fãs. O Theatre of Tragedy chocou meio mundo com seus discos com elementos eletrônicos. Posso te dizer seguramente que conheco umas 30 pessoas que torceram o nariz e passaram a renegar a banda só por causa disso.

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Larissa / Com certeza são apenas evoluções naturais. Sempre é bom inovar, fugir do comum, óbvio.

André Dias / Esse negócio de evolução natural é muito relativo; estes foram apenas caminhos que eles decidiram tomar. Porém, enquanto houver bandas que queiram fazer o que se rotula de metal gótico, ele sobreviverá. Isso serve pra qualquer estilo. Sempre se fala que determinado estilo está com os dias contados, e geralmente quem fala são pessoas que não gostam desse estilo.

Whiplash - A tecladista Letícia Figueiredo saiu da banda durante as gravações, por motivos pessoais, como vocês mesmos já afirmaram. Foi difícil achar um substituto que conseguisse complementar seu trabalho no cd? E como vocês chegaram ao novo integrante?

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Rodrigo / Não. Contamos com um super profissional chamado "João Carlos Blizianzi", que gravou as três últimas faixas maravilhosamente bem. Seremos eternamente agradecidos a ele. Quanto ao Raphael, ele dá aulas de piano numa escola de música onde um amigo estuda guitarra. É um grande músico e se adaptou muito bem à banda.

Whiplash - "Buried Alive" impressiona pelo seu peso. Essa é uma direção a ser seguida no futuro? Vocês já pensam no segundo cd?

Larissa / Nós não pensamos na direção que as músicas têm que seguir. Deixamos que a nossa criatividade faça isso. As músicas saem de forma espontânea.

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André Dias / O segundo álbum já está todo composto, e estamos em fase de pré-produção, acertando os últimos detalhes pra entrar em estúdio. Quanto ao peso, sim, a tendência é que os próximos trabalhos sejam ainda mais pesados, mas sem desvirtuar a proposta da banda.

Rodrigo / Pretendemos começar as gravações do segundo álbum em maio e estamos agendando shows.

Larissa / Com certeza podem esperar muitos shows. Estamos apenas no início.

Whiplash - O Trail of Tears recentemente "coverizou" "Caffeine" do Faith No More em seu último cd. Vocês concordam que o álbum "Angel Dust" foi um marco para a criação do estilo góthic-metal?

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Rodrigo / Não muito (risos). Gosto do Angel Dust, é um excelente álbum, mas não vejo algo que se aproxime do "Gothic Metal".

Whiplash - Obrigado pela entrevista. Estejam a vontade para deixar uma mensagem para os leitores do WHIPLASH!

Rodrigo / Gostariamos de agradecer a todos que sempre nos apoiaram em 1 ano e meio de Venin. Ao Whiplash! e todos os veiculos de comunicação que sempre apoiam o metal em todas as suas vertentes. Escrevam para nós e visitem nosso site! http://www.venin-noir.com.br.

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Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
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