Tradução - Midian - Cradle Of Filth
Por Fernando P. Silva
Postado em 28 de abril de 2007
Cradle Of Filth - Mais Novidades
Considerado por muitos fãs como um dos melhores discos de sua discografia, este é o quarto álbum de estúdio da banda lançado ainda pela Music For Nations em 2000. "Midian", no Velho Testamento, é o nome do lugar onde Moisés passou 40 anos, desde sua fuga do Egito (após matar um soldado egípcio que castigava ferozmente um hebreu), até seu retorno para liderar o povo Hebreu do Egito de volta a Terra Prometida. Além das referências bíblicas, as letras também são inspiradas em obras literárias de escritores como H.P.Lovecraft, Clive Barker e Dante Alighieri, assim como em algumas obras do famoso ocultista britânico Aleister Crowley.
[AT THE GATES OF MIDIAN]
(Instrumental)
[NOS PORTÕES DE MIDIAN]
(Instrumental)
[CTHULHU DAWN]
Spatter the stars
Douse their luminosity
With our amniotic retch
Promulgating the birth
Of another Hell on Earth
Shadows gather poisoned henna
For the flesh
A necrotic cattle brand
The hissing downfall pentagram
Carved deep
Upon the church doors of the damned
But no Passover is planned
A great renewal growls at hand
And only when they're running
Will they come to understand
So ends the pitiful reign of Man
When the moon exhales
Behind a veil of widowhood and clouds
On a Biblical scale
We raise the stakes
To silhouette the impaled crowds...
Within this kissed disembowel arena
A broken seal on an ancient curse
Unleashes beasts from the seismic breach
With lightning reach and genocidal thirst
Mountains of archaos theories
In collision as at planetary dawn
Apocalypse's razorbacks
Beat wings on glass
As thunder cracks unfurled
Across a world hurled to the black
Cthulhu dawn
Shatter the glass house
Wherein spirits breathe out
Halitosis of the soul
From a recking abscess
Plague of far righteousness
All fates hang in the balance
Mocking crucified dolls
An inquisition outs
When the Sun goes out our powers
Will extend throughout Heaven like Asphodel
As they have for countless lustrum
In dark Midian accustomed
To burning effigies of our enemies well
So begins the sibilant world Death knell...
When a corpse wind howls
And awakes from drowse
The scheming dead freed
Of gossamer shrouds
We gorgonise eyes
Of the storm aroused
Red...
Blinding time
All lines dine on this instance
A melting spool of beggar
Negative frames
The skies teem alive, to watch die
Mankind hauled to fable
In vast tenement graves...
Cthulhu dawn
[AMANHECER DE CTHULHU]
Salpicar as estrelas
Apagar sua luminosidade
Com nossa ânsia de vômito amniótica
Promulgando o nascimento
De outro Inferno na Terra
As sombras reúnem as henas envenenadas (1)
Por causa da carne
Uma marca necrótica no gado
O pentagrama que cai assoviando
Talhado profundamente
Nas portas da igreja do maldito
Mas nenhuma Páscoa Judaica está programada
Uma grande renovação cresce à mão
E somente quando eles estiverem fugindo
Eles virão a entender?
Assim termina o patético reinado do Homem
Quando a lua exala
Por detrás de um véu de uma viúva e das nuvens
Sobre uma escala Bíblica
Nós erguemos as estacas
Para mostrar em silhueta, as multidões empaladas...
Dentro desta arena estripada com um beijo
Um lacre violado sobre uma antiga maldição
Desencadeia as bestas da brecha sísmica
Com relâmpagos e sede de genocídio
Montanhas de teorias do caos arcaico
Em colisão com o amanhecer planetário
A navalha do Apocalipse
Bate as asas sobre os vidros
Enquanto o trovão se desfralda
Através de um mundo arremessado à escuridão
Amanhecer de Cthulhu
Estilhaçam as estufas
Onde os espíritos expiram
Halitoses da alma
De um abcesso preocupante
Praga da honestidade longínqua
Todos os destinos oscilam na balança
Zombando das bonecas crucificadas
Uma inquisição surge
Quando o Sol sair de nossos poderes
Irá se estender através do Céu feito Asfódelo? (2)
Enquanto eles passam por incontáveis lustros (3)
Acostumados na obscura Midian
Queimando efígies de nossos inimigos
Assim começa o dobre de Finados do mundo sibilante...
Quando um cadáver uiva no vento
E desperta do cochilo
Os mortos conspiradores libertos
Das mortalhas delgadas
Nós, os olhos de górgonas
Da tempestade despertamos
Vermelhos...
Tempo que cega
Todas as linhas jantam nesta instância
Um carretel derretido de mendigo
Fotogramas negativos
Os céus pululam vivos, para ver morrer
A humanidade atraída à fábula
Num vasto conjunto de sepulturas...
Amanhecer de Cthulhu
* Cthulhu = Aquele que sonha nas profundezas do oceano, nas fossas submarinas, o abismo, metáfora das profundezas interiores da alma humana, do mar do inconsciente coletivo, senhor dos meandros obscuros da mente, iniciador dos sonhos e pesadelos. É um personagem criado pelo escritor norte-americano H.P Lovecraft (1890-1937), presente no conto de terror "The Call of Cthulhu". Trata-se de uma criatura (em forma de demônio) que dorme no fundo dos oceanos, se comunicando com os humanos através dos sonhos.
(1) Hena = Arbusto ou pequena árvore tropical da família das litráceas, cujas flores, paniculadas, perfumadas e brancas, são usadas pelos budistas e pelos muçulmanos em cerimônias religiosas.
(2) Asfódelo = Planta típica da região do Mar Mediterrâneo, com longos racemos eretos e flores amarelas, rosas ou brancas. Era costume, entre os antigos gregos, plantar asfódelos próximos aos seus túmulos.
(3) Lustrum = Lustro. Período equivalente a cinco anos.
[SAFFRON'S CURSE]
Through arcades where shimmering snowfall
Lay in state with the sad and damned
A rent lament barely flung above a whisper
Drew Me like a ghost
To the haunts of Man
I Found Her tempting fate
Between Her wrist and razor
A kindred spirit in a graveyard
Beneath the stature of a colder savior
Mist hung like thieves wreathed
In scant arabesques
And through the chill Earth
It bedewed Her drawling breast
Like a come dream true
Under etched glass spent
Making love to the beautiful dead
She has sinned and severed Heaven
And in its vulgar sight
Two figures writhe, but one silhouette
Extends its fingers to the light
"Gothic towers tottered on Her heels
As She fled asylum grounds
Committing hard crimes to soft cells
Where now another's screams resound"
From the gaspings in Her passing
Six feet under or beneath frayed gown
When Her hands pointed to midnight
In a white stained chamber bound
I Swept Her from the abyss of another dementia
Freeing Her soul from the fetters of fate
To take the reins of pleasure
Now night wane mirrors
Freeze in seizure
At the glimpse of charmed pins in Her thighs
Ballrooms filled with black cats scratch
Out of spite and playful eyes
Pricked as a Witch Her stitches itch
For familiar lips to lick them dry
Whilst the dark regrasps, for if She asks
The Sun forsakes the rite to rise
And is the first to discern, that this Angel's return
Is a vengeful call on grace
For even martyrdom backs from its suicide pacts
A leap of twisted fate betrayed...
The scars will last until the stars
Caught in Her train bewitched
Fall into line and yield the sign
That Dawn in born to their eclipse
For Our Inhumankind
Comes an underdog day Sunrise
Rippling with fire like femaledition
Wind amidst the flame
I gazed out
Tapped into the fog and shared her pain
When in her mind she sought his leave
And begged forgiveness
I splintered Her coffin and lay on the floor
Of a vault with Her clasped
As the moon hugs the shore
What treachery this that She breathed no more?
Christ you bastard!
I wished Her back but the dead adored Her
Even wild winds sang in chora for Her
Saffron from my heart, from the start I swore
We'd be together more...
Creation froze with the triumph of Death
But still She stirred and awoke bereft
Of concern save for the aeons left
To lead the darkness...
She schemes of growing power
And the lengths sucked hard to get it
I dream of being God
But ever living to regret it
Our fecund nature decrees
That Jesus wept come for
The Devil on Her knees
To grant Her lows a remedy
And mine desire's wish
To taste thereof of Heaven's scent
As sick and twisted as it is
For Her corset laced with arsenic
Hides snake curves within Her midst
Whilst Her halo of white lies supplies
Her temple to what God forbids.
[MALDIÇÃO DO AÇAFRÃO]
Através de galerias onde a neve cai cintilando
Cerimoniosamente com os tristes e os amaldiçoados
Um lamento rasgado mal se lançara sobre um sussurro
Atraiu-me feito um fantasma
Aos medos do Homem
Eu encontrei o destino Dela tentador
Entre seu pulso e sua navalha
Um espírito familiar em um cemitério
Debaixo de uma estatura do mais frio salvador
A névoa pairou feito ladrões coroados com flores
Em escassos arabescos
Em meio à friagem da Terra
Que orvalhou o seio Dela de fala arrastada
Como um sonho que se torna realidade
Sob surrados cristais burilados
Fazendo amor com os belos mortos
Ela tem pecado e se afastado do Céu
Em sua visão vulgar
Dois vultos se contorcem, mas uma silhueta
Estende seus dedos para a luz
"Torres góticas cambalearam sobre as patas Dela
E Ela fugiu para as terras do manicômio
Cometendo duros crimes para celas brandas
Onde agora outros gritos ressoam"
Das arfadas em Sua passagem
Seis pés para baixo ou debaixo do vestido esfarrapado
Quando as mãos Dela apontaram para a meia-noite
Em uma câmara maculada de branco, aprisionada
Eu a varri do abismo de outra demência
Libertando a alma Dela dos grilhões do destino
Para pegar as rédeas do prazer
Agora os espelhos minguantes da noite
Congelam em ataque
No reflexo dos alfinetes encantados nas coxas Dela
Salões lotados de arranhões de gatos pretos
De maldade e de olhos brincalhões
Espetada feito uma Bruxa, as suturas Dela coçam
Por lábios familiares para lambê-los secos
Enquanto a escuridão se agarra, pois se Ela perguntar
O Sol abandona o ritual de nascer
E é o primeiro a perceber, que esse retorno do Anjo
É um chamado vingativo sobre a graça
Pois até mesmo o martírio regressa de seus pactos suicidas
Um salto do destino pervertido e traído...
As cicatrizes irão durar até as estrelas
Presas sob a Sua seqüência, enfeitiçadas
Alinham-se e rendem-se ao sinal
Aquele amanhecer nascido para os eclipses deles
Pela nossa Inumanidade
Vem um pobre coitado Amanhecer do dia
Ondulando com fogo, feito uma edição feminina
O vento no meio da chama
Eu observei
Cheguei à névoa e compartilhei sua dor
Quando em sua mente, ela buscou permissão
E implorou perdão
Eu despedacei o caixão Dela e a deitei no chão
De um jazigo com o abraço Dela
Como a Lua abraça a orla
Que traição é esta que Ela não respirou mais?
Cristo, seu bastardo!
Eu a queria de volta mas os mortos a adoraram
Até os ventos selvagens cantaram em coro por Ela
Açafrão do meu coração, desde o início eu jurei (que)
Estaríamos juntos mais...
A criação congelou com o triunfo da Morte
Mas Ela ainda despertou e acordou desprovida
De preocupação, exceto pelos éons restantes
Para conduzir as trevas...
Ela planeja o poder crescente
E os comprimentos sugaram forte para consegui-lo
Eu sonho em ser Deus
Mas sempre vivo para me arrepender disso
Nossa fecunda natureza decreta
Que Jesus chorou para vir
O Diabo aos joelhos Dela
Para conceder aos mugidos Dela, um remédio
E um desejo a minha vontade
De provar o cheiro do Céu
Tão doente e pervertido quanto ele é
Pois Seu colete de renda com arsênico
Esconde os contornos de uma cobra dentro Dela
Enquanto Sua auréola de suprimentos de mentiras
O templo Dela para aquilo que Deus proíbe
[DEATH MAGICK FOR ADEPTS]
Come distortured artists
Bitter things seek meaning
Even if they're madness to behold
Once forbears to horizons
Where the dead stayed dreaming
Now nightmares waken souls
That fear the living's toll
Gova, Bosch and Brueghel
Three times moonrise stain thy graves
For words alone are at loss to trace
The face of today's inhuman wraith
One half adrift in the vast abyss
Of despair and misery
The other a mask of rich red lips
Whetted by the fevers of belief and greed
All damned in this inferno
Where even Virgil averts His eyes
From the black mass mutual gang rape
Of ceasing hands an forced divides
Trespass these seven gates
To a world bloodlet to shades
Where Seraphim
(Falling on deaf ears)
Bleat of their cold and coming Master's race
In the seweres of Babylon
Stillborn to a trough anon
Chimiracles will hatch like plots
To dredge faces to pearl their cross
Enter Penteholocaust!
Five Aeons past, yet still Man grasps
At final straws to save his cast
His Lord is a leper we shall not want
He betrayed us with white lies
His acrid pall as of the tomb
Reminds us how we rot inside
Gutted like fool's paradise
Glutted on cruel appetites...
Holding court to chaos
Folding to far graver arms
A downfall fatal to all resounds
As orgies peak in self centered psalms
And Nature screams Her sufferings
Under bowed and cankered wings
A bleak scorched Earth necrotica burning
Like the robes we've torn from Her
She begs us lay Her pain to rest
Lest We are left with nothingness
Save for Her stripped and ravished flesh
And if Her fate is not portent of Apocalypse
Then the comets that graxe nightskies
Will surely cleanse of wrongs and reichs
When you and I and all else dies...
It's rotting down
This carcass Maggotropolis
Interdependent as worms to the grave
Allah's true name is naught
Christ cannot save
Locked in a waltz of evermore frantic steps
Spells of regret...
Death Magick for Adepts
Be prepared to fulfill prophecies
The glorious fall of a sin dynasty
Gutted like fool's paradise
Glutted on cruel appetites...
"We've woven hearts a thorn arbour
Left tear streaked reason upon the shore
And bereft of compass, star or more
Set out for this World's end
Few at the prow, most slave below
Painting coal a perfect gold
But for all it's worth, the engines slow
Dead in the brine again
Come cabin fever, sodomy on the bounty
Prey to phallus seas
That hiss and foam to douse disease
A storm roars on the way
Blacker than the Ace of Rapes
Dealt out by Death in darkwood glades
Our Ship of Fools, all boards handmade
Sinks, dashed by seismic waves..."
[A MAGIA DA MORTE PARA ADEPTOS]
Venham os artistas "destorturados"
As coisas amargas buscam um significado
Mesmo se elas são a loucura a contemplar
Outrora abstraídos dos horizontes
Onde os mortos permaneceram sonhando
Agora os pesadelos despertam as almas
Que temem o badalo dos vivos
Gova, Bosch e Brueghel (1)
Três vezes o nascer da lua mancha tuas sepulturas
Pois palavras sozinhas estão perdidas para rastrear
A face do espectro inumano de hoje
Um, meio à deriva no vasto abismo
De desespero e sofrimento
O outro, uma máscara dos lábios ricos e vermelhos
Aguçados pela febre de fé e cobiça
Todos amaldiçoados neste inferno
Onde até mesmo Virgílio desvia dos olhos Dele (2)
Da missa negra de estupro mútuo em grupo
De mãos que cessam uma divisão forçada
Trespassa estes sete portões
Para um mundo sangrado às sombras
Para onde Serafim
(Falando com ouvidos surdos) (3)
O balido do frio deles e a vinda da raça Mestre
Nos esgotos da Babilônia
Natimorto para uma calha anônima
Milagres quiméricos irão incubar-se como planos
Para dragar os rostos, para perolar suas cruzes
Entre Penteholocausto! (4)
Cinco Éons passados, o Homem ainda se agarra
A qualquer coisa para salvar sua laia
Seu Senhor é um leproso que não queremos
Ele traiu-nos com mentiras inofensivas
Sua mortalha acre como a de uma tumba
Faz lembrar como nós apodrecemos por dentro
Destripado feito um tolo do paraíso
Farto sobre apetites cruéis...
Protegendo a corte para o caos
Cingindo ao longe os braços do escultor
Uma queda fatal para todos ressoa
Enquanto as orgias culminam em salmos egoístas
E a Natureza grita os sofrimentos Dela
Sob asas arqueadas e corrompidas
Uma desolada Terra chamuscada necrótica queimando
Como as vestes que nós tínhamos rasgado Dela
Ela nos pede para enterrarmos a Sua dor
Para que não sejamos deixados com nada
A não ser a carne Dela despida e violentada
E se o destino Dela não é o portento do Apocalipse
Então os cometas que enceram os céus noturnos
Seguramente irão purgar as mazelas e os impérios
Quando você e eu e todos os outros morrerem...
Está apodrecendo
A carcaça desta Metrópole de vermes (5)
Interdependente como os vermes ao túmulo
O verdadeiro nome de Alá é zero
Cristo não pode salvar
Trancafiado em uma valsa de eternos passos frenéticos
Palavras mágicas de pesar...
A Magia* da Morte para Adeptos
Esteja preparado para cumprir as profecias
A gloriosa queda da dinastia do pecado
Destripado feito um tolo do paraíso
Farto sobre apetites cruéis...
"Tínhamos corações tecidos numa pérgula de espinhos
Deixamos uma razão pontuada de lágrimas sobre a orla
E privados da bússola, estrelas ou mais
Embarcamos para o fim deste mundo
Poucos na proa, a maioria dos escravos embaixo
Pintando com carvão um ouro perfeito
Mas para tudo há um preço, os motores lentos
Morto na salmoura outra vez
Vem a febre da cabine, sodomia na recompensa (6)
Uma presa ao falo dos mares
Que assobiam e espumam para espalhar a doença
Uma tempestade ruge a caminho
Mais negra que o Ás de Estupros (7)
Distribuído pela Morte nas clareiras obscuras
Nossa Nau dos Insensatos, tudo a bordo feito a mão (8)
Afunda, arremessados pelas ondas sísmicas..."
*Segundo Aleister Crowley, "Magick é a Ciência e a Arte de causar mudanças de acordo com a Vontade". Crowley utilizou a palavra "magic" com o "k" no final, com o intuito de diferenciar a sua filosofia mágica dos espetáculos ilusionistas circenses e das demais práticas de magia, uma vez que na língua inglesa não existem palavras distintas para "magia" e "mágica", além de fazê-lo sob uma ótica cabalista. Um de seus objetivos, era estender o conceito ao cotidiano humano, não isolando a magia da capacidade humana comum.
(Fonte: http://www.thecauldronbrasil.com.br)
(1) Goya = Referência ao pintor espanhol, Francisco José de Goya (1746-1828), famoso por seus quadros e suas sátiras que representavam cenas realísticas de batalhas, touradas e corrupção humana.
* Bosch = Referência ao pintor e escultor holandês Hieronymus Bosch, também conhecido como Jeroen Bosch (1450-1516). Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais e imaginativas, muitas das quais eram obscuras mesmo em seu tempo.
** Pieter Brueghel (1525-1569), conhecido como "o velho" (para distingui-lo de seu primogênito), foi o primeiro de uma família de pintores flamengos, célebre por seus quadros retratando paisagens e cenas do campo. É considerado um dos melhores pintores flamengos do século XVI.
(2) Virgil = Virgílio. Poeta romano, autor do clássico "Eneida".
(3) Falling on deaf ears = Expressão idiomática que significa "falar com alguém que não dá ouvidos".
(4) "Penteholocaust" é a junção das palavras "Pentecost" (Pentecostes) com "Holocaust" (Holacausto).
(5) "Maggotropolis" é um trocadilho entre a palavra "Maggot" (Vermes) e a palavra "Metropolis" (Metrópole).
(6) Cabin fever = Febre da cabine. Espécie de síndrome ou depressão por ter de permanecer em um ambiente fechado.
(7) "Ace of Rapes" (ás de estupros) é um trocadilho com "Ace of Spades" (ás de espadas), cuja pronúncia é similar.
(8) Ship of Fools = Nau dos Insensatos. Produção norte-americana de 1965 (em preto e branco), dirigida por Stanley Kramer, baseada no romance de Katherine Anne Potter, com Vivien Leigh, Simone Signoret, Oskar Werner, Jose Ferrer, Michael Dunn e Lee Marvin, entre muitos outros, no elenco.
[LORD ABORTION]
I was born with a birthmark of cinders
Debris cast from the stars and Mother
A ring of bright slaughter, I spat in the waters
Of life that ran slick from the stabwounds in Her
Dub Me Lord Abortion, the living dead
The bonesaw on the backseat
On this bitter night of giving head
A sharp rear entry, an exit in red
Lump in the throat, on my come choke
The killing joke worn thin with breath
I grew up on the sluts bastard Father beat blue
Keepsake cunts cut
Full out easing puberty through
Aah! Nostalgia grows
Now times nine or ten
Within this vice den called a soul
Dying resurrection
I dig deep to come again
The spasm of orgasm on a roll...
I live the slow serrated rape
The bucks fizz of amyl nitrate
Victims force fed their own face
Tear stains upon the drape
I should compare them
To a warm Summer's day
But to the letter, it is better
To lichen their names to a grave
Counting my years on an abacus strung
With labial rings and heartstrings undone
Dub Me Lord Abortion, the living dead
The bonesaw on the backseat
On this bitter night of giving head
A sharp rear entry, an exit in red
Lump in the throat, on My come choke
The killing joke worn thin with breath
Horrorscopes my diorama
A twelve part (so far) psychodrama
Another chained I mean to harm Her
Inside as well as out
A perverts gasp inside the mask
I'm hard, blow my house of cards
All turn up Death, Her bleeding starts
In brute vermillion parts...
Now I slither through the hairline cracks
In sanity, best watch your back
Possessed with levering Hell's gates wide
Liberating knives to cut Humanity slack
My ambition is to slay anon
A sinner in the hands of a dirty God
Who lets Me prey, a Gilles De Rais
Of light where faith leads truth astray
I slit guts guts and free the moistest faces
Corrupt the corpse and seize the choicest pieces
Her alabaster limbs that dim the lit carnal grin
Vaginal skin to later taste and masturbate within
"My heart was a wardrum beat
By jugular cults in eerie jungle vaults
When number thirteen fell in my lap
Lips and skin like sin, a Venus Mantrap
My appetite whetted, storm crows wheeled
Hors d'oeuvres eaten
I tucked Her into a grave coffin
Fit for the Queen of Spades
She went out like the light in My mind
Her face an avalanche of pearl, of ruby wine...
Much was a flux, but the mouth once good for fucks
Came from retirement to prove
She had not lost Her touch
I kissed Her viciously, maliciously, religiously
But when has ONE been able
TO best separate the THREE?
I know I'm sick as Dahmer did
But this is what I do
Aah, aah, ahh
I'll let you sleep when I am through..."
The suspect shadow they least
Expect My burning grasp to reach
The stranglehold, the opened arms
Seeking sweet meat with no holes barred
Rainbows that My razors wrung
Midst Her screams and seams undone
Sung at the top of punctured lungs
I bite My spiteful tongue
Lest curses spat from primal lairs
Freeze romance where Angels, bare
Are lost to love, blood loss, despair
I weep, they merely stare...
And stare, and stare, and stare, and stare.
[SENHOR ABORTO]
Eu nasci com a marca de nascença das cinzas
Escombros arremessados das estrelas e da Mãe
Um círculo do abate luminoso, eu cuspi nas águas
Da vida que jorrava das feridas apunhaladas Dela
Nomeie-me Senhor Aborto, o morto vivo
A serra em forma de osso no banco de trás
Nesta noite amarga de sexo
Uma entrada por trás penetrante, uma saída em vermelho
Um caroço na garganta, em meu futuro engasgar
A piada mortal desgastada com o fôlego
Cresci nas agressões das prostitutas do Pai bastardo
Lembranças de vaginas cortadas
Transbordando em meio à puberdade
Aah! A nostalgia cresce
Agora nove ou dez vezes
Dentro deste covil de vício chamado alma
Ressurreição moribunda
Eu cavo profundamente para gozar outra vez
O espasmo do orgasmo em um giro...
Eu vivo o lento estupro serrilhado
A efervescência masculina do nitrato de amido
Vítimas forçadas a alimentar a própria face
As lágrimas mancham sobre a cortina
Eu devo compará-las
A um dia quente de Verão
Mas ao pé da letra, é melhor
O líquen em seus nomes numa sepultura
Contando meus anos sobre um ábaco suspenso
Com anéis labiais e as cordas do coração desfeitas
Nomeie-me Senhor Aborto, o morto vivo
A serra em forma de osso no banco de trás
Nesta noite amarga de sexo
Uma entrada por trás penetrante, uma saída em vermelho
Um caroço na garganta, em meu futuro engasgar
A piada mortal desgastada com o fôlego
Os escopos do horror, meu diorama (1)
A duodécima parte (tão longínqua) do psicodrama (2)
Outra acorrentada, tenho intenção de machucá-la
Tanto por dentro quanto por fora
Um arfar perverso dentro da máscara
Eu estou firme, assopro meu castelo de cartas
Todos descobrem a Morte, o sangramento Dela se inicia
Em partes brutas vermelhas...
Agora eu escorrego através das rachaduras estreitas
Na sanidade, melhor observar suas costas
Possuído com uma alavanca, os portões do Inferno abertos
Liberando as facas para cortar a podridão da Humanidade
Minha ambição é matar sem demora
Um pecador nas mãos de um Deus sujo
Que me faz de presa, um Gilles De Rais (3)
Da luz onde a fé desencaminha a verdade
Eu corto as tripas, as tripas, e liberto os mais úmidos rostos
Corrompo o cadáver e agarro os pedaços escolhidos
Seus membros de alabastro que turvam o sorriso carnal
Pele vaginal para mais tarde provar e masturbar por dentro
"Meu coração foi uma batida de tambor de guerra
Pelos cultos jugulares nas estranhas catacumbas das selvas
Quando o número treze caiu em meu colo
Lábios e pele como o pecado, uma Armadilha de Vênus (4)
Meu apetite aguçou, a tempestade volveu-se
Comi o prato de entrada
Eu a enfiei no caixão de uma cova
Apropriada para a Rainha de Espadas
Ela saiu como a luz em minha mente
O rosto Dela é uma avalanche de pérola, de vinho tinto...
Muito era um fluxo, mas a boca outrora boa para fuder
Voltou da aposentadoria para provar que
Ela não tinha perdido o seu toque
Eu a beijei viciosamente, maliciosamente, religiosamente
Mas quando que UM foi capaz
De melhor separar os TRÊS?
Eu sei que estou doentio como Dahmer (5)
Mas é isso o que eu faço
Aah, aah, ahh
Eu vou deixar você dormir quando eu tiver acabado..."
A sombra suspeita, eles ao menos
Esperam meu abraço ardente
O estrangulamento, os braços abertos
Procurando a doce carne sem furos fechados
Arco-íris que minhas navalhas arrancam
Em meio aos gritos Dela e das suturas desfeitas
Cantadas no topo dos pulmões perfurados
Eu mordo minha língua malévola
Para que as maldições cuspidas dos covis primitivos
Não congelem o romance onde os Anjos, despidos
Estão perdidos para amar, perda de sangue, desespero
Eu choro, eles meramente encaram...
E encaram, e encaram, e encaram, e encaram
(1) Diorama = Quadro iluminado na parte superior por uma luz móvel, e que produz uma ilusão óptica.
(2) Psicodrama = Método de tratamento em grupo no qual os participantes conversam sobre seus problemas junto com o médico.
(3) Gilles De Rais = Herói de guerra francês do século XV, foi o pior matador medieval da Europa, considerado por alguns historiadores como precursor do "serial killer" moderno. Aliado de Joana D'Arc durante a Guerra dos Cem Anos, era expert em retirar ingleses da França. Depois de ser nomeado Marechal da França pelo Rei Charles VII, estabeleceu-se na Bretanha, onde dirigiu seus heróicos impulsos para torturar e assassinar. Gostava principalmente de matar meninos, que eram sodomizados e depois decapitados. Também divertia-se observando seus servos "destrinchando" os corpos dos meninos e masturbava-se sobre suas entranhas. Pelo fato de ser barão, ninguém associou o desaparecimento de meninos nas redondezas de seu castelo com a sua pessoa. Era patrono das artes, além de praticar magia negra e alquimia. Seu reinado de terror só terminou quando o Duque da Bretanha encontrou restos mortais mutilados de 50 meninos em seu castelo. Ele confessou ter assassinado 140 garotos, mas acredita-se que este número deve ser maior que 300. Em 1440, Gilles foi enforcado e queimado simultaneamente.
(Fonte: http://www.serialkiller.com.br/bio.html )
(4) Vênus = Deusa romana do amor e da beleza, equivalente a deusa Afrodite na Mitologia Grega.
(5) Dahmer = Referência a Jeffrey Lionel Dahmer (1960-1994), um ‘serial killer’ norte-americano. Dahmer assassinou pelo menos 17 homens e meninos entre 1978 e 1991 (a maioria dos assassinatos ocorrendo entre 1989 e 1991). Seus assassinatos eram particularmente horrendos, envolvendo atos de necrofilia, desmembramento, canibalismo e tortura. (Fonte: Wikipédia).
[AMOR E MORTE]
Her bouquets are wilted
Too long has She slept
Their cruel red mouths
Darkened to bowed silhouettes
I saw in a new moon
With Her scent on my breath
But then all to soon
Came the hunger for flesh
I held Her in eyes like necropoli
Laying Her on a tomb with a view
Lighting Her from Her feet
To the stars in Her hair
Drove sweet blood to Her throat
And My lips parted there
(In the tone of splintered bone)
She screams benighted
My limbs ignite
A carnal carnivore
On all fours to go...
An ebon Nemesis
From torture gardens of Dis
Having never breathed an Eve
As far narcotic as this
Two spellbound hellhounds
Hearts pounding loud
Racing Heaven out of focus
Under quicksilver clouds
"God is maimed come let us prey..."
To lunar deities
That pave dead ways
Twixt the living and the grave
Amor e Morte
To cast our fearl shadows there
We made Love bleed on a Deathbed shared
Where, begging Me to feed
To best be were...
I licked Her wounds and ate Her rare
Argentinum spurred Her wanton words incurred
A sin ridden tongue
To open trading in fur
Never were those gates of pearl
So rubbed to their cusp
Never were the Worlds above
So bitten with the bestial...
Seraphim fell like guillotines
Giving gracious head
Instead of harking prophecies
And how our brother sang
Amor e Morte
In the thick evergreens
Theirs was a chorus for raucous souls
Shifting shape and lifting napes
To commemorate
Erotic stains
Amor e Morte
Unfasten thy masque
Come skyclad to my arms
Leave thy gown a dark pool at thy feet
I yearn musky valleys
That no Man hath seen
The chill keen of stars
Over Yew
And deep wooded ravines
A hidden meridian
Where Midian may be...
In black antlered glades
Encunted in this forest Goddess
She whispers My name
I buck under flames
Animal nitrates
Howling through my veins
I ride riptides that wrest
And writhe to the fore
New lusts eclipsing lips
That brought me to this verge of War
With inner beasts unleashed
To feast, fuck and run
Rampart in chase of She wolf pacts
Forged on heat with setting Suns
I love the night
It would murder My soul
Should I ever fall blind
For though thy flesh haunts
I keep also in mind
The stampede of clouds
From Dusk's predatory sky
Purple versed like the funeral hearse
That first turned thee over to My...
Unbridled kiss when I found thee in mist
Dressed for the sepulchre
My Demon bride...
"God is maimed come let Us prey..."
To Lunar Deities
That pave dead ways
Twixt the living and the grave
Amor e Morte
Ours was a chorus for raucous souls
Shifting shape and lifting nape
To commemorate
Erotic stains
Amor e Morte
Amor e Morte
[AMOR E MORTE]
Seus buquês murcharam
Por um longo tempo Ela dormira
As bocas vermelhas e cruéis deles
Obscurecidas pelas silhuetas curvadas
Eu vi uma Lua nova
Com a fragrância Dela em meu alento
Mas então em pouco tempo
Despertou o apetite por carne
Eu a segurei em olhos feito necrópole
Deitando-a em seu túmulo com uma visão
Iluminando-a de seus pés
Até as estrelas em seu cabelo
Conduzi o doce sangue até a sua garganta
E meus lábios partiram-se ali
(Em um som de ossos fraturados)
Ela grita incivilizada
Meus ombros inflamam
Uma carnívora carnal
De quatro, pronta para ir...
Uma Nêmesis de ébano (1)
Dos jardins de tortura de Dite (2)
Tendo jamais respirado uma Eva
Tão narcótico quanto estes
Dois enfeitiçados Cérberos (3)
Os corações batendo fortes
Correndo pelo Céu fora de foco
Sob as nuvens de mercúrio
"Deus está mutilado e vem nos deixar pilhar..."
Para as divindades lunares
Que pavimentam os caminhos dos mortos
Deturpando os vivos e o túmulo
Amor e Morte
Para lançar as sombras de nossos medos lá
Fizemos amor e sangramos sobre o leito de Morte
Onde, me implorando para alimentar
Para melhor ficar...
Eu lambi as feridas Dela e a comi mal passada
E a Argentinum estimulou as palavras lascivas Dela (4)
Uma língua infestada pelo pecado
Para abrir o comércio de peles
Nunca existiram aqueles portões de pérolas
Tão polidos até suas cúspides
Nunca existiram os Mundos acima
Tão mordidos com o bestial...
O Serafim caiu feito guilhotinas
Concedendo graciosas cabeças
Em vez de ouvir as profecias
E como nosso irmão cantou
Amor e Morte
Nas densas sempre-verdes
A deles era um coral para as almas roucas
Mudando a forma e levantando a nuca
Para comemorar
Manchas eróticas
Amor e Morte
Desate tua máscara
Venha nua aos meus braços
Largue teu vestido, uma piscina escura aos teus pés
Eu anseio por vales almiscarados
Que nenhum Homem jamais vira
O calafrio penetrante das estrelas
Sobre o Teixo (5)
E ravinas profundas cobertas de matas
Um esconderijo meridiano
Onde Midian pode estar...
Em negras clareiras cornudas
Envaginadas nesta floresta da Deusa
Ela sussurra meu nome
Eu resisto sob as chamas
Nitrato animal
Uivando através de minhas veias
Eu percorro as marés poderosas que puxam
E retorcem para frente
Novas luxúrias, lábios eclipsantes
Que me trouxe à beira desta Guerra
Com bestas internas libertadas
Para o banquete, para fuder e correr
Baluarte em perseguição aos pactos da Loba
Forjados no calor com os Poentes
Eu amo a noite
Ela poderia assassinar minha alma
Devo sempre cair cego?
Pois apesar de tuas carnes assombrarem
Eu mantenho isso em mente
A debandada das nuvens
Do predatório crepúsculo do céu
Púrpura, versada como um carro funerário
Que primeiro te entregara a mim...
Beijo descontrolado, quando encontrei a ti na neblina
Vestida para o sepulcro
Minha noiva Demônio...
"Deus está mutilado e vem nos deixar pilhar..."
Para as divindades lunares
Que pavimentam os caminhos dos mortos
Deturpando os vivos e o túmulo
Amor e Morte
O nosso era um coral para as almas roucas
Mudando a forma e levantando a nuca
Para comemorar
Manchas eróticas
Amor e Morte
Amor e Morte
(1) Nêmesis é a deusa grega da vingança e do castigo.
(2) Dis = A cidade de Dite. De "A Divina Comédia" de Dante Alighieri, é a cidade dolente, na parte mais baixa do último círculo do Inferno, habitada pelos hereges que duvidavam da sua existência. Serve de divisão entre os pecados cometidos sem intenção (culpa) e os pecados cometidos conscientemente (dolo).
(3) Cérbero = Cão monstruoso que, segundo a Mitologia Grega, guarda a entrada do Hades (o inferno).
(4) Argentinum = Do latim "Argentinum Astrum" (Estrela de Prata). Nome de uma Ordem criada pelo ocultista britânico Aleister Crowley, em 1907, após sua saída da Ordem Hermética do Amanhecer Dourado.
(5) Teixo = Árvore ou arbusto da família das taxáceas, espontânea na Europa, América do Norte, Japão, Coréia e Manchúria, muito cultivada como planta ornamental.
[CREATURES THAT KISSED
IN COLD MIRRORS]
(Instrumental)
[CRIATURAS QUE BEIJARAM
EM GÉLIDOS ESPELHOS]
(Instrumental)
[HER GHOST IN THE FOG]
"The Moon, she hangs like a cruel portrait
Soft winds whisper the bidding of trees
As this tragedy starts
With a shattered glass heart
And the Midnightmare trampling of dreams
But no, no tears please
Fear and pain may accompany Death
But it is desire that shepherds its certainty
As We shall see..."
She was divinity's creature
That kissed in cold mirrors
A Queen of Snow
Far beyond compare
Lips attuned to symmetry
Sought Her everywhere
Dark liquored eyes
An Arabian nightmare...
She shone on watercolors
Of my pond life as pearl
Until those who couldn't have Her
Cut Her free of this World
That fateful Eve when...
The trees stank of sunset and camphor
Their lanterns chased phantoms and threw
An inquisitive glance, like the shadows they cast
On my love picking rue by the light of the moon
Putting reason to flight
Or to death as their way
They crept through woods mesmerized
By the taffeta Ley
Of Her hips that held sway
Over all they surveyed
Save a mist on the rise
(A deadly blessing to hide)
Her ghost in the fog
They raped and left...
(Five men of God)
...Her ghost in the fog
Dawn discovered Her there
Beneath the Cedar's stare
Silk dress torn, Her raven hair
Flown to gown Her beauty bared
Was starred with frost, I knew Her lost
I wept 'til tears crept back to prayer
She'd sworn me vows in fragrant blood
"Never to part
Lest jealous Heaven stole our hearts"
Then this I screamed:
"Come back to Me
I was born in love with thee
So why should fate stand in between?"
And as I drowned Her gentle curves
With dreams unsaid and final words
I espied a gleam trodden to Earth
The Church bell tower key...
The village mourned her by the by
For She'd been a witch
Their Men had longed to try
And I broke under Christ seeking guilty signs
My tortured soul on ice
A Queen of snow
Far beyond compare
Lips attuned to symmetry
Sought Her everywhere
Trappistine eyes
An Arabian nightmare...
She was Erzulie possessed
Of a milky white skin
My porcelain Yin
A graceful Angel of Sin
And so for Her...
The breeze stank of sunset and camphor
My lantern chased Her phantom and blew
Their Chapel ablaze
And all locked in to a pain
Best reserved for judgment
That their Bible construed...
Putting reason to flight
Or to flame unashamed
I swept from cries
Mesmerized
By the taffeta Ley
Or Her hips that held sway
Over all those at bay
Save a mist on the rise
A final blessing to hide
Her ghost in the fog
And I embraced
Where lovers rot...
Her ghost in the fog
Her ghost in the fog
[O FANTASMA DELA NA NEBLINA]
"A Lua, ela paira feito um retrato cruel
Ventos suaves sussurram ao clamor das árvores
Enquanto esta tragédia se inicia
Com um coração de vidro despedaçado
E a confusão dos pesadelos da meia-noite
Mas sem lágrimas, por favor
Medo e dor podem acompanhar a Morte
Mas é o desejo que pastoreia sua certeza
Como Nós veremos..."
Ela era a criatura de uma divindade
Que beijara em gélidos espelhos
Uma Rainha da Neve
Sem comparações
Lábios afinados em simetria
Procurou-se por Ela em toda parte
Olhos escuros em prantos
Um pesadelo Árabe...
Ela brilhou nas aquarelas
Como uma pérola no curso de minha vida
Até que aqueles que não podiam tê-la
Libertaram-na deste mundo
Aquela Eva fatal quando…
O fedor das árvores do pôr do sol e cânfora
Suas lanternas perseguiram os fantasmas e lançaram
Um olhar inquisitivo, como as sombras que eles lançam
No meu amor colhendo arrudas através da luz da Lua
Procurando um motivo para fugir
Ou para a morte como o caminho deles
Eles rastejaram através das matas, hipnotizados
Pela trilha de tafetá
Dos quadris Dela que se firmaram
Por cima de tudo, eles inspecionaram
Salvo uma névoa crescente
(Uma benção mortal para esconder)
O fantasma Dela na neblina
Eles estupraram e deixaram...
(Cinco homens de Deus)
... O fantasma Dela na neblina
O amanhecer a descobriu lá
Debaixo de um olhar de cedro
Vestido de seda rasgado, Seu cabelo de corvo
Esvoaçou para vestir Sua beleza despida (que)
Estava estrelada com a geada, eu a encontrei perdida
Eu chorei até as lágrimas voltarem à oração
Ela me fez juras em sangue perfumado
"Jamais parta
Para que o Céu invejoso não roube nossos corações"
Então assim eu gritei:
"Volte para mim
Eu nasci no amor contigo
Então por que o destino deveria ficar entre nós?"
E quando eu me afoguei nas curvas suaves Dela
Com sonhos não ditos e palavras finais
Eu espiei um lampejo pisoteado para a Terra
A chave da torre dos sinos da Igreja...
A aldeia lamentou por ela, a propósito
Ela fora uma bruxa (que)
Seus homens ambicionaram tentar
E eu rompi sob Cristo buscando sinais de culpa
Minha alma torturada no gelo
Uma Rainha da Neve
Sem comparações
Lábios afinados em simetria
Procurou-se por Ela em toda parte
Olhos trapistas (1)
Um pesadelo Árabe...
Ela estava possuída por Erzulie (2)
De uma pele branca como leite
Minha porcelana Yin (3)
Um gracioso Anjo do Pecado
E então por Ela...
O fedor da brisa do pôr do sol e cânfora
Minha lanterna perseguiu o fantasma Dela e pôs
A Capela deles em chamas
E trancafiou a todos em uma dor
Melhor resguardá-los para o julgamento
Que a Bíblia deles construiu...
Procurando um motivo para fugir
Ou para brilhar livremente
Eu varri dos choros
Hipnotizados
Pela trilha de tafetá
Dos quadris Dela que se firmaram
Sobre todos aqueles à distância
Salvo uma névoa crescente
Uma benção final para ocultar
O fantasma Dela na neblina
E eu abracei
Onde os amantes apodrecem...
O fantasma Dela na neblina
O fantasma Dela na neblina
(1) Trappistine = Trapistas. Membros de uma Ordem religiosa nascida de uma reforma cisterciense empreendida na França no século XVII.
(2) Erzulie = Deusa vodu do amor e das forças elementares, também deusa da beleza, da luxúria, da dança e das flores.
(3) Yin = Na filosofia chinesa, é o princípio passivo (feminino) que se opõe ao princípio ativo (masculino) - Yang.
[SATANIC MANTRA]
"Archangel, Dark Angel
Lend me thy light
Through Death's veil
'til we have Heaven in sight!"
[MANTRA SATÂNICO]
"Arcanjo, Anjo sombrio
Empreste-me tua luz
Através do véu da Morte
Até que tenhamos o Céu em vista"
[TEARING THE VEIL FROM GRACE]
Biblical choirs soar beyond veiled light
A swansong for ravens
Trapped flapping in night
A tragic yet magickal fall from grace
Too awful to taste for the led and the chaste
Those whose long fetters
Are addressed to all saints
Free shining souls
Torn from God's given Reich
Defiled, reviled, exiled from sight
And Hell knows we sought victory
Chancing the leash
But when bad die were cast
We were cast down to die
A steeple of needles thrust into our eyes
So scholars might say
We were blinded by pride
Like the sin of Our Father
(and the whims of our kind)
Whom in Isaiah and Midian thrived
Regaining His sights for the storming of skies...
And after descenturies have crawled, vilified
Our dark harkened day
On spread wings now arrives
For eternity is a coprophagic
Backward figure head
Gorging on Her own bitter end
And We have eaten shit
Until we're close to addicts
Now grime is running out
For us to make amends
To retake what once was lost
To exalt our throne above the stars of God
"To throw our fuck into gates and guts
Of a severed never land
Where we, the damned
Once pleasured ran
Like semen from the phallus sea"
Atrocious oceans must be crossed
To exalt our throne above the stars of God
The thirteenth sign of the Zodiac climbs
Cowled and scythed to snuff the sunrise...
Throwing shades of war before like prophecy
Night breed freed from the vast deep
...Nasty reap of freaks forsaken
And when sultry Dusk disrobes
They'll learn
She is not a natural blond
For the lower She goes the darker it grows
An Eve that blows on Her knees for Satan
Fellated Satan
Screams congeal in clotted pearl
As He unfurls from aching hibernation
Stormbringer
Drums thunder to full Dis orchestra
As lighting strikes with fire
Black clouds that shroud the Earth
Whose cold breasts
Have held us in scar pillories
But now the Sun is loath to come
The crescent moon is freed...
Elated Satan
The scimitar slash to the under gash
Of Heaven too slight for penetration
We strike as wolves from the thickening fog
To exalt our throne over the stars of God
Lowly holy goats bare the brunt
Of rabid dogmas on a stellar bear hunt
Bastioned in citadels and monastic cells
That smell of blessed cunt
Like a convent where crosses rust
From thirty dirty habits of shaved nun
There where deeper needs
Are begged of lust
Obtaining the order of Our Guardian
Anger and Death's tunnel vision
Bad thing in collision
The locking of eyes and jagged antler
Unpicking the seams of fate sewn over dreams
Feasting from throats of celestial thieves
And God knows we seek victory
Now that we are unleashed
To drive nails home of blind faith through those
Who drove us from error to terror below
Refugees clung to a crown furred in flies
Tarred with red honey, the plaster
Of many a spire that aspired to rise
Seeking Messiahs that by us soon die...
In the start like a cast
In morality plays
Our hearts wore a mask
Of dead rooks in the rain
The World was our cloister
No prayer, bent in shame
Our once lucent plumage
Stung with horn withered grey...
And away...
As Aeons slew
So we grew to myth
Revenge accrued to a monolith
Bursting through from our roofed abyss
Like an aether greased fist
Now vulvite gates
Are so sorely missed
Our horror pours through the orifice
Where once the spheres and archangels kissed
Phallelujah!
Fellated Satan
His coming assails
The Night In Gales
That bewail turned tides
That engulf their nations
Now divinity is a worm ridden mouth
In a darkened high house
Overrun by disease
So let the truth be wrung
That the Banished Ones intent
On reinstatement have won
We breathe by virtue of their rot
Now our souls exult above the stars of God
[RASGANDO O VÉU DA GRAÇA]
Coros bíblicos elevam-se além da luz velada
Um canto do cisne para os corvos
Apanhados batendo as asas na noite
Uma trágica porém mágica queda em desgraça
Terrível demais para testar os liderados e os castos
Aqueles cujos longos grilhões
Estão endereçados a todos os santos
As almas que brilham livremente
Rasgadas da dádiva do Reich de Deus (1)
Aviltadas, insultadas, exiladas de vista
E o Inferno sabe que nós buscamos a vitória
Arriscando a coleira
Mas quando o dado ruim foi jogado
Nós fomos arremessados para morrer
Um campanário de agulhas investe em nossos olhos
Então os sábios podem dizer que
Fomos cegados pelo orgulho
Como o pecado de Nosso Pai
(e o capricho de nossa espécie)
Na qual em Isaías e Midian prosperamos
Recuperando a visão Dele para a investida dos céus...
E após os séculos terem se arrastado, vilipendiados
Nosso dia sombrio de ouvir com atenção
Em asas abertas agora chegou
Pois a eternidade é uma coprofágica (2)
Autoridade simbólica retrógrada
Empanturrando-se sobre o Seu próprio fim amargo
E nós tínhamos comido merda
Até chegarmos próximos do vício
Agora a sujeira está se esgotando
Para repararmos o erro
Para retomar o que outrora estava perdido
Para exaltar nosso trono sobre as estrelas de Deus
"Para enfiar nossa porra nos portões e nas tripas
De uma mutilada terra do nunca
Onde nós, os amaldiçoados
Outrora satisfeitos de prazer, fugimos
Como o sêmen do pênis do mar"
Oceanos atrozes devem ser atravessados
Para exaltar nosso trono sobre as estrelas de Deus
O décimo terceiro signo do Zodíaco escala
Encapuzado e ceifado para fungar o nascer do sol
Lançando sombras da guerra como uma profecia
A noite se propaga libertada da vastidão profunda
...Sórdida ceifa de anomalias abandonadas
E quando o sufocante Crepúsculo se despir
Eles aprenderão
Ela não é uma loira natural
Quanto mais baixo Ela desce, mais obscuro isso fica
Uma Eva que chupa de joelhos por Satã
A felação de Satã
Gritos congelam em pérolas coaguladas
Enquanto Ele se desperta da dolorida hibernação
Portador da tempestade
Rufam os trovões para perfazer a orquestra de Dite
Enquanto o relâmpago ataca com fogo
Nuvens negras que amortalham a Terra
Cujos seios gélidos
Segurou-nos em pelourinhos de cicatrizes
Mas agora o Sol por vir está ao avesso
A lua crescente está libertada...
Satã exultante
A cutilada da cimitarra sob o corte
Do Céu frágil demais para a penetração
Nós atacamos feito lobos vindos da névoa espessa
Para exaltar nosso trono sobre as estrelas de Deus
Modestas cabras sagradas, resistem ao ímpeto
Dos dogmas radicais em uma estelar caça ao urso
Protegidos em cidadelas e celas monásticas
Aquele cheiro de vagina abençoada
Como um convento onde as cruzes enferrujam
Dos trintas hábitos obscenos de uma freira depilada
Lá onde as necessidades mais profundas
São imploradas da luxúria
Obtendo a ordem de Nosso Guardião
A raiva e a visão do túnel da Morte
Coisa má em colisão
O fechar dos olhos e os chifres dentados
Desatando as suturas do destino cosidas sobre os sonhos
Banquetes de gargantas de ladrões celestiais
E Deus sabe que nós buscamos a vitória
Agora que estamos soltos
Para cravar os pregos da fé cega naqueles
Que nos guiaram do erro para o terror abaixo
Refugiados apegados a uma coroa forrada de moscas
Embreada de mel vermelho, o gesso
De muitos, um pináculo que aspirou erguer-se
Procurando o Messias que por nós em breve morrerá...
No início como um elenco
Nas peças de moralidade (3)
Nossos corações usaram uma máscara
De gralhas mortas na chuva
O Mundo era nosso claustro
Sem oração, ajoelhados de vergonha
Nossa outrora luzente plumagem
Espetada por um chifre cinzento mirrado...
E distante...
Como os Éons suprimidos
Então nós crescemos para o mito
A vingança resultou num monólito
Rompendo através do nosso abismo com teto
Como um punho untado de éter
Agora os portões em forma de vulva
Estão dolorosamente perdidos
Nosso horror jorra através do orifício
Onde outrora as esferas e os arcanjos se beijaram
Fálica-aleluia! (4)
A felação de Satã
Seus ataques vindouros
A Noite Em Tempestades
Que lastimaram as marés revoltas
Que engolfou suas nações
Agora a divindade é uma boca cheia de verme
Em uma escurecida casa suprema
Assolada pela doença
Então deixe a verdade ser arrancada
Que os Banidos intentam
No restabelecimento, conquistar
Nós respiramos em virtude da podridão deles
Agora nossas almas exultam sobre as estrelas de Deus
(1) Reich = Palavra alemã que significa "reino" ou "império".
(2) Coprophagia = Coprofagia. Modo de alimentação dos animais que se nutrem de excremento ou o estado mórbido que leva o indivíduo a ingerir excrementos.
(3) Morality plays = Peças de moralidade. Peças teatrais dramáticas originárias da Idade Média, com personagens geralmente alegóricos, como os pecados, os vícios, as virtudes, etc., e entidades como anjos e demônios, e que se caracteriza pela simplicidade da construção, ingenuidade da linguagem, caracterizações exacerbadas e intenção moralizante, podendo, contudo, comportar também elementos cômicos e jocosos.
(4) "Phallelujah" é um trocadilho com as palavras "Phallus" (falo, pênis) e "Hallelujah" (aleluia).
[TORTURED SOUL ASYLUM]
"Oh, sweet Midian
I burn for thee at heart
Don't despair me
Come bare me on wings
Of graveyard robbed leather
To where pleasure rings deep secrets
In spurts after dark..."
Under full moons waxing lyrically
Death's poetry floods the soul
Like the freezing seed of a demon freed
To curse the stars with vertigo
And in their dance, in trance
I've prised wide
Slick rifts twixt obsidian thighs
Hymeneal gates to darker sides
A glimpse of plinths where Midian lies
Midian...
Haunted by this portent
This obsession in my mind
With a city sunk below
Tall cedar groves and graves sublime
Sporting their importance
Marble wings spread to the skies
A vale of dreams that it would seem
The daylights race to leave behind
These visions struck like a furious fuck
Nailing wet lips to cold cemetery walls
Flashes of lust to dust
Splashed across my psychic pall
As hybrid lovers reached their cusp
With final thrusts I saw it all
Forbidden Midian
A long fabled Judecca
A sanctuary for sin...
To rival Heaven
Free of Eden's tragic wreck
(Though the only Angels in repose
Were those with ivy strangled necks)
Small mercies in vistas of dolmen and vault
Gaunt, haunched edifices
Midst light-fingered mists
From whence more awful shadows
Drew back rusted bolts
And dared a threshold
The searing Sun had knelt to kiss
Shades of dusk, cruelty and myth
The Tribes of Christ will not forgive
And shall not suffer their kind to live
For I, mesmerized, started not from tombs
Or their waltz so sibilant
Through the gathering gloom
But from flumes of the moon in bloom
Baring catch a face effaced
And raped in the womb
In hidden Midian
A Vatican lying in state
For the sanctity of sin...
To rival Heaven
Above Eden's birth defects
Though the only Angels that arose
Were those who fell to most requests
Small mercies in vistas where dolmen and vault
Caught twisted whispers where fisted sisters
Haunched, flaunted orifice
Midst lighter fingered mists
Whilst I watched without revolt
Carnalities few beasts permit
Between the dog and wolf
Bared fangs met in intercourse
A nightly rite of teeth and cunt
For those below who rose to hunt
So sights that preyed on Me for days
And in laudanum’s haze
I painted them all...
The slew of sith and kin
I drew in blood, my veins in thrall
To Deathuges at peace within
(An underworld free of Mortal rule)
Grotesques and wolves in women skins
The raven winged and missing limbed
Suicides and split thighed Seraphim
And marble stairs
Stargazers dare
Ascend like prayer
(As smoke or ghost or lithe nightmares)
Under full moons waxing lyrically
Death's poetry floods the soul
Like the recking weed of a demon freed
To curse the star with vertigo
And in their dance, in trance
I prise wide
Slick rifts twixt obsidian thighs
Hymeneal gates to other sides
A labyrinth wherein Midian hides
Midian...
I know I've seen
Through the blackbacked mirrors in sanity
Lucent prides amassed in last retreat
Prurient souls but no more freaks
Than those leashing dreams
At harm's length from Me
And just like grim ascension prophecies
My revenge, carved deep, will be
A grisly plot that reads
Like my filthy white ward spattered
With their screams
When My Deviliverers
Come from fog for Me...
Exhuming the moon
Through the bars in My room
The sooner the bitter pills swallowed are through...
But no Aphrodites, Genotypes, Demon archetypes
No Cenobites rise to clame me from you
No! No! No!
Don't leave here in this storm weathered cell
No! No! No!
With prophets and losses
And dead men from crosses
My fate is a preview of derelict Hell
[ASILO DA ALMA TORTURADA]
"Oh, doce Midian
Eu queimo por ti de coração
Não me desespere
Venha me despir nas asas
Do couro roubado do cemitério
Para onde o prazer soa profundos segredos
Em esguichos após o anoitecer..."
Sob luas cheias crescendo liricamente
A poesia da Morte inunda a alma
Como a semente congelante de um demônio libertado
Para amaldiçoar as estrelas com vertigem
E em sua dança, em transe
Eu rompi com toda força
As fendas lisas de coxas obsidianas
Portões nupciais para os lados mais sombrios
Um reflexo de plintos onde Midian jaz
Midian...
Assombradas por este portento
Esta obsessão em minha mente
Com uma cidade imersa
Alto arvoredo de cedro e sepulturas sublimes
Exibindo sua importância
Asas de mármore abertas aos céus
Um vale de sonhos que poderiam parecer
A luz do dia se move para deixar para trás
Estas visões atacaram como uma porra furiosa
Pregando lábios úmidos nos muros frios do cemitério
Clarões de luxúria ao pó
Respingaram através da minha mortalha psíquica
Enquanto amantes híbridos alcançaram suas cúspides
Com o esforço final, eu vi tudo
Midian proibida
Uma longa fábula Judecca (1)
Um santuário para o pecado...
Para rivalizar com o Céu
Livre das trágicas ruínas do Éden
(Embora apenas os Anjos em repouso
Foram aqueles estrangulados com hera)
Pequenas piedades em imagens de dólmen e jazigo
Delgados, edifícios em forma de quadril
Entre névoas de dedos ligeiros
De onde as mais terríveis sombras
Puxaram de volta os parafusos enferrujados
E desafiaram um limiar
O Sol abrasador ajoelhara-se para beijar
Sombras do crepúsculo, crueldade e mito
As Tribos de Cristo não irão esquecer
E não sofrerão suas bondades para viver
Pois eu, hipnotizado, comecei não das tumbas
Ou de suas valsas tão sibilantes
Através da penumbra que se aglomera
Mas das calhas da lua florescendo
Expondo um rosto apagado
E estuprado no ventre
Na escondida Midian
O Vaticano jaz com grande pompa
Para a santidade do pecado...
Para rivalizar com o Céu
Acima dos defeitos de nascença do Éden
Apesar de somente os Anjos que emergiram
Foram aqueles que caíram para os mais pedidos
Pequenas piedades em imagens onde o dólmen e o jazigo
Sussurros apanhados onde as irmãs de punhos cerrados
De quatro, orifício à mostra
Entre as névoas de dedos ligeiros
Enquanto eu assisti sem revolta
Carnalidades que poucas bestas permitem
Entre o cão e o lobo
Dentes caninos à mostra, se encontram em coito
Um rito noturno de dentes e vagina
Para aqueles que se levantaram para caçar
Então as visões que pilharam em mim por dias
E em uma bruma de láudanos
Eu pintei todas elas...
O morticínio de parentes
Eu desenhei com sangue, minhas veias em servidão
Para a imensa morte em paz interna
(Um submundo livre da regra Mortal)
Grotescos e lobos em peles de mulheres
O corvo alado e mutilado
Suicídios e Serafim das coxas rachadas
E as escadarias de mármore
Observadores de estrelas
Ascendendo como uma reza
(Como fumaça, fantasma ou pesadelos flexíveis)
Sob luas cheias crescendo liricamente
A poesia da Morte inunda a alma
Como a semente inquieta de um demônio libertado
Para amaldiçoar a estrela com vertigem
E em suas danças, em transe
Eu rompo com toda força
As fendas lisas de coxas obsidianas
Portões nupciais para os lados mais sombrios
Um labirinto onde o Midian se esconde
Midian...
Eu sei que eu vi
Em meio aos espelhos negros em sanidade
Orgulhos luzentes aglomerados na última retirada
Almas lascivas, mas sem mais anomalias
Do que aqueles sonhos atrelados
A extensão do dano de mim
E assim como uma horrenda ascensão das profecias
Minha vingança, entalhada profundamente, irá ser
Uma horrenda trama que se lê
Como minha ala branca respingada de imundícies
Com os gritos deles
Quando os meus salvadores do Diabo (2)
Vierem da névoa por mim...
Exumando a Lua
Através das barreiras em meu aposento
Quanto mais cedo as pílulas amargas engolidas...
Mas nenhuma Afrodite, Genótipos, Arquétipos de Demônio
Nenhum Cenobita vai se levantar para exigir-me de você
Não! Não! Não!
Não saia desta cela castigada pela tempestade
Não! Não! Não!
Com profetas e perdas
E homens mortos das cruzes
Meu destino é uma prévia do derrelito Inferno
(1) Judecca = Na Divina Comédia de Dante Alighieri, é o nome do giro mais baixo do último círculo do Inferno. É lá que reside Lúcifer, fazendo companhia àqueles que, em vida, traíram seus benfeitores. O nome "Judecca" vem de Judas Iscariotes, o traidor de Jesus Cristo.
(2) "Deviliverers" é um trocadilho de "Devil" (diabo) com "Deliverers" (salvadores).
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