O Grandioso Espetáculo do Ghost em São Paulo
Resenha - Ghost (Espaço Unimed, São Paulo, 20/09/2023)
Por Bruno Bertozzi Steffen
Postado em 26 de setembro de 2023
No dia 20 de setembro de 2023, tive a oportunidade de ir ao show do Ghost que aconteceu em SP, no espaço Unimed. Foi a primeira vez que consegui ver a banda ao vivo!
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Tinha planejado ainda resenhar o show da Crypta, que ia iniciar a turnê do Shades of Sorrow, novo álbum que gostei muito e estava bastante animado para assistir esse show, que seria o meu quarto da banda e o primeiro da nova turnê, mas infelizmente a abertura foi cancelada.
Apesar da chateação, faz parte, e o próprio Tobias Forge (ou Papa Emeritus IV) chegou a explicar durante o show que por pouco até mesmo a apresentação do Ghost quase foi cancelada devido ao atraso na chegada dos equipamentos da banda. Que bom que não chegou a isso, já que o show da banda no dia seguinte já estava esgotado.
Além de explicar isso, Tobias Forge lamentou o cancelamento do show da Crypta, elogiou a banda e pediu uma salva de palmas para a banda brasileira, que foi ovacionada pelo público presente, que também teve o nome bastante gritado, merecidamente.
Retomando, em São Paulo perto das 18h00 e de cara já dava para saber que o show ia ser um sucesso: as filas, tanto para a pista normal quanto para a pista premium, estavam quilométricas, dando volta inclusive no quarteirão, e, já tendo ido em alguns shows no local, até grandes por lá, nunca tinha pego tanta fila! E achei muito bacana que tinha muita gente vestida a caráter para o show, até mesmo com maquiagem no rosto, fantasias de Papa Emeritus (escolha seu preferido, tinha todos!) e de freiras.
Lá dentro, mais perto do show começar, o clima também era de animação e expectativa alta pelo começo, que deu pequena atrasada, mas nada demais. Após uma longa introdução, longa mesmo, mais de 15 minutos de um som bem ritualístico, bem à la Ghost, a cortina que tampava o palco caiu, já com a banda no palco abrindo o show com a excelente "Kaisarion", do último álbum deles, "Imperia".
A banda emendou com "Rats", e o setlist completo ainda contou com "Faith", "Spillways", "Cirice", "Absolution", "Ritual", "Call Me Little Sunshine", "Con Clavi Con Dio", "Watcher in the Sky", "Year Zero", "Spöksonat", "He Is", "Miasma" (com direito a um Papa Nihil sendo ressuscitado exclusivamente para um solo de saxofone), "Mary on a Cross", "Mummy Dust", "Respite on the Spitalfields" que foi um dos destaques da noite, na minha opinião, uma música que tem um quê de "Hysteria" do Def Leppard + "Still of the Night" do Whitesnake, e além de ter funcionado muito bem ao vivo, caiu muito bem para preparar o adeus da banda, já que foi a última música do set regular.
Aliás, Tobias Forge, após esse som, ainda fez uma brincadeira com o público, comentando que já tinha até pedido um Uber para ir embora, mas que iria tocar mais uma música. Foi nessa até combinar com o público que o encore seria com três músicas, e, logo as mais festivas, pode se dizer, as músicas mais dançantes da banda que foram "Kiss the Goat", "Dance Macabre" e "Square Hammer", a última da noite, que fez o espaço das Américas explodir, contagiados pela atmosfera da música e pelo fato de ser a última do show.
Apesar do calor que estava lá dentro, toda a banda deu uma aula de presença de palco, mesmo usando roupas pesadas e máscaras (incríveis), os Nameless Ghouls tocaram todo o show com muita energia, dando 100% e interagindo muito com o público. São excelentes músicos, sem dúvidas.
Tobias Forge ainda mostrou que é um grande showman, que não se limitou a cantar fantasiado: era visível a entrega dele em cada uma das músicas e o domínio que ele tem do palco, além do carinho verdadeiro com o público. Ele cansou de repetir "boa noite e obrigado" e sempre foi muito simpático. Tenho certeza que deve ser uma ótima Cia para tomar uma cerveja.
O show, aliás, não acabou só com o encore, o Ghost deu um espetáculo mesmo após os aplausos do público e as saudações finais. Cumprimentando a todos os presentes e, inclusive, com uma despedida muito boa, em que o Spotlight focou no Papa Emeritus IV por uma última vez, antes das cortinas que haviam caído para abrir o show, agora caírem para fechar a apresentação.
Além de tudo isso, outro grande destaque da noite para mim foi a baita estrutura de palco que o Ghost trouxe, simulando uma igreja com vitrais mais profanos, na pegada do Ghost, com referências a toda a "lore" da banda, com diversos papas, além de uma iluminação espetacular.
De verdade, o Espaço Unimed ficou pequeno para a performance da banda e tenho certeza que se o Ghost manter a qualidade de seus lançamentos e espetáculos, logo lotarão estádios e arenas aqui no brasil. E merecem.
Em suma, foi um show excelente, divertido do começo ao fim, e a primeira coisa que eu fiz quando entrei no carro para voltar para casa foi colocar "Square Hammer" e outras diversas músicas da banda para me acompanhar na viagem. E olha que não é uma coisa que eu costumo fazer, mas, o show foi marcante, a ponto de não querer deixar esse momento ir embora tão rápido.
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