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The Vintage Caravan: Uma aula de puro Rock and Roll em São Paulo!

Resenha - Vintage Caravan (São Paulo, 13/08/2023)

Por Hugo Alves
Postado em 06 de setembro de 2023

Quem fica de fora da babaquice internáutica de insistir que o Rock and Roll morreu se ligou na turnê que o The Vintage Caravan fez agora em agosto de 2023 pelo Brasil, promovendo seu quarto disco de estúdio, o excelente (e melhor da carreira até agora, na opinião deste que vos escreve) "Monuments", de 2021. A banda passou por Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Esta resenha é sobre o último dos cinco shows que a banda fez em nosso país.

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Primeiro, vamos contextualizar: o The Vintage Caravan é um power trio oriundo da longínqua Islândia e faz parte da riquíssima safra de bandas que resgatam os anos 1970 em sonoridade e vestuário – e esse revival tem mostrado que tem pra todo mundo: bandas inovando e trazendo novidades pro Rock e bandas prestando tributo a um período do gênero que é tido por muitos como o melhor. Formado por Óskar Logi Ágústsson nos vocais principais e guitarra, Alexander Örn Númason no baixo e backing vocals e Stefán Ari Stefánsson na bateria e backing vocals, o The Vintage Caravan já lançou quatro discos – "Voyage" (2014), "Arrival" (2015), "Gateways" (2018) e o já mencionado "Monuments" (2021) –, praticando um Rock sententista vigoroso com pitadas generosas de Stoner. Eles já haviam passado pelo Brasil em 2016, fazendo desta sua segunda excursão por aqui.

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O show aconteceu na House of Legends que fica ali na região de Pinheiros, um lugar bem pequeno e que (infelizmente) não lotou, ainda que tenha abrigado uma quantidade bem legal de fãs ávidos pelo som do trio. A abertura ficou a cargo dos mineiros da Tantum, um quarteto com vocal principal feminino de som muitíssimo interessante e com visual que chamou a atenção pelo aceno escandaloso às bandas Glam dos anos 1970. Me impressionou demais a cozinha formada pelo baterista Pedro Cindio e pelo baixista Laer Aliv, além dos vocais de alcance aparentemente infinito da vocalista Chervona, que também tem ótima presença de palco. Os dois únicos "poréns" ficaram por conta da performance do guitarrista João Brumano que, se desenvolve intros, pontes e bases de guitarra inteligentes, fica devendo nos solos (eu não consegui ouvir um solo durante todo o show que não estivesse fora do tom da música), e no fato de que o som e a indumentária da banda são incríveis, mas não casam um com o outro. Quando os vi subir ao palco, jurei que seria um som meio Alice Cooper com New York Dolls, mas ao iniciarem as músicas, o negócio era totalmente Blue Öyster Cult, Black Sabbath e tal. É necessário unificar a mensagem que passam e haver coerência, mas como eu disse, o saldo foi bem positivo, a banda tem muito futuro.

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Os caras da The Vintage Caravan formam a banda mais simples e sem pompa que eu já vi – e isso é um elogio. Do nada, os caras subiram ao palco e foram roadies deles mesmos (junto a outros dois, que eu acho que eram da própria casa): arrumaram seus equipos ali, na frente de todo mundo e, sem firula nem frescura, emendaram no show, que começou com "Whispers", excelente faixa de abertura do disco mais recente. Emendaram em "Crystallized", minha preferida do mesmo disco, que possui um dos melhores riffs de guitarra já feitos em tempos recentes (mas que bebe mais do que deveria de "Pressure and Time", dos Rival Sons – banda esta que sonho que volte ao Brasil, de preferência fora de festivais, para shows próprios mesmo). Deu tempo de cumprimentar o público presente e relembrar brevemente a primeira passagem deles por terras tupiniquins, para então visitar o disco de 2018 com a ótima "Reflections". O primeiro e único momento mais baladinha veio com "Innerverse", que nos apresentou um Óskar inspiradíssimo nos solos em sua Telecaster. Esse primeiro momento do show foi encerrado com a excelente, Pop e dançante "Can’t Get You Off My Mind", primeira de várias que foram cantadas pelos presentes a plenos pulmões. A banda foi apresentada ao público e houve uma breve brincadeira com a horrenda "Psycho Killer" dos Talking Heads, que – graças a Deus – não foi tocada inteira.

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Deixo aqui minha admiração pelo modo como eles realmente se comunicam com os fãs durante o show. Olham nos olhos, respondem o que é dito, fazem piadas o tempo todo – Óskar que o diga, saiu apelidado de "Julia Roberts das guitarras", para riso geral –, enfim, os caras são de verdade e a espontaneidade salta aos olhos na música e no comportamento da banda. Nem preciso chegar à conclusão da resenha para dizer que foi uma noite muito, muito feliz para todos os que puderam estar ali. Mas um show é feito de música, então retornemos.

O show seguiu com mais uma do disco mais recente: "Forgotten", que já começa bastante enérgica e tem uma bela linha vocal de Óskar, além de uma cozinha impecável de Alex e Stefán. Abriu belas alas para "Reset", outra bastante contagiante e dançante, urrada pelos fãs mais próximos do palco, ótimo momento. Um pouco de introspecção nunca fez mal a ninguém, e "Hell" foi o que trouxe isso a nós, ainda que sem abrir mão do peso que torna o som do The Vintage Caravan tão característico. Essa parte intermediária do show foi finalizada com dois ótimos números do disco "menos legal" da banda ("Arrival", de 2015): "Crazy Horses" e "Babylon", esta última um clássico meio surpreendente: se por um lado eu gosto muito dessa música, por outro não sabia que se tratava de uma das favoritas dos fãs, ao menos aqui no Brasil. A resposta da galera disse tudo!

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Já encaminhando para o fim, foi a hora de entregar seus primeiros e mais longevos sucessos, e "Cocaine Sally" prometeu tudo e entregou mais! É o tipo de som que, se tivesse sido lançado nos anos 1970 para os quais a banda presta óbvio tributo, os faria dinossauros do gênero – prova de que contexto histórico ajudou muito as bandas mais conhecidas daquele período, como o triunvirato do Heavy Metal Led Zeppelin, Deep Purple e Black Sabbath, só pra ficar no óbvio. Mais uma zueira, dessa vez com "All Star" do Smash Mouth (!), e então veio ela... "On the Run", tida por muitos como a melhor canção do The Vintage Caravan e já um clássico contemporâneo. Olha, que canção, senhoras e senhores, eu não tenho vocabulário suficiente pra descrevê-la com justiça. Se não conhece, vá escutar, certamente foi a faixa que tornou os meninos do trio em homens. Que canção!

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Solos de guitarra e bateria em shows devem durar apenas o suficiente e a banda sabe disso. Tanto que Stefán mostrou seu talento aos fãs paulistanos apenas antes de a banda toda se juntar e tocar o solo e a introdução de "The Final Countdown", clássico absoluto do Europe. Finalizando o set regular, a faixa que revelou o talento da banda ao mundo: "Expand Your Mind", do primeiro disco, de 2014, uma ode ao consumo de substâncias de procedência duvidosa. Introdução maravilhosa, linha vocal e letra que te pegam na primeira audição, refrão poderoso e solos inspiradíssimos! Não é sucesso à toa! E, se eles não haviam drenado toda a energia dos sortudos ali presentes, ainda houve espaço pra voltar e mandar "Midnight Meditation" que tem uma levada bastante "Paranoid" do Black Sabbath (mas só a levada, nem de longe é uma cópia), e isso a torna perfeita como ato final de um show incrível, com duração justa mas que todos queríamos que tivesse durado pelo menos mais meia hora. Ao fim, eles desceram e tiraram fotos com quem pode permanecer na casa (eu, infelizmente, não pude, já que não resido na capital).

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The Vintage Caravan é a receita a ser seguida pra se formar uma banda de puro Rock and Roll: arestas aparadas, nenhuma frescura, bateria forte, baixo pulsante, guitarra de outro mundo, voz que transita entre o canto hercúleo e o grito, muita espontaneidade e alegria. Fica a torcida para que mais pessoas conheçam o trabalho dos caras e faça com que eles voltem outras vezes – eu certamente estarei lá na próxima. Um baita show de Rock como deveria sempre ser!

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Sobre Hugo Alves

Hugo Alves é formado em Letras (Português and Inglês) pela UNISO - Universidade de Sorocaba e futuro mestrando em Literatura ou Semiótica. Começou a escutar Rock aos 11 anos com "Bring Me to Life" do Evanescence, mas o que o tomou para sempre para o Rock and Roll foi "Fear of the Dark" (versão ao vivo no Rock in Rio), do Iron Maiden, banda que, ao lado de The Beatles, considera como favorita, amando quase que igualmente os sons de Viper, Angra, Shaman, Andre Matos, Rush, Black Sabbath, Metallica, etc. Foi vocalista das bandas Holygator e Bad Trip, iniciantes em Sorocaba/ SP, e também toca guitarra e baixo. Outra de suas paixões é a Literatura, pela qual desenvolveu o gosto pela escrita e comunicação.
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