Dream Theater: Técnica, peso e um show competente em SP
Resenha - Dream Theater (Credicard Hall, São Paulo, 08/03/2008)
Por Ieda R. Stavarengo
Postado em 26 de março de 2008
Uma vez escutei alguém dizer que Dream Theater era uma mistura de Rush com Metallica... Bem, acho que já há algum tempo definir esta banda "apenas" desta forma é absurdamente injusto. Músicos perfeitos, melodias marcantes e peso, numa trajetória de mais de 15 anos, consolida sua marca em todos os CD lançados.
Fotos: Valéria Alves
Foto da chamada: Rodrigo Simas (show do Rio)
No sábado, dia 08/03/08, o Dream Theater se apresentou mais uma vez em São Paulo, desta vez no estacionamento do Credicard Hall, uma boa opção para shows. Porém, para uma banda deste nível, tocar dentro do Credicard Hall seria mais apropriado, pois apesar de contarem com uma boa estrutura montada, que permitiu que o som estivesse muito bom e o palco caprichado, a distância do público acaba tirando um pouco a energia do show.
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Após a apresentação da banda paulista Hangar, o Dream Theater entrou no palco (pelo menos, 30 minutos antes do previsto, o que realmente deixou muita gente furiosa e fez muitos perderem diversas músicas), para um show repleto de técnica e competência, do início ao fim, deixando entusiasmado um público que compareceu em grande número e que se dividiu entre pista e camarote. Aliás, a pista, apesar da grande quantidade de pessoas presentes, estava tranqüila, sem aglomerações e rodas.
"Erotomania", a maravilhosa "Voices" e "Take The Time" levantaram a galera por serem mais conhecidas, mas as músicas novas como "Constant Motion" e "Forsaken" não deixaram por menos e também empolgaram o público.
James La Brie, com sua voz poderosa mostrou que faz no palco o que faz em estúdio e se consolida cada vez mais como uns dos grandes vocalistas da atualidade.
O que falar de John Petrucci? Perfeito?! É pouco! O cara arrebenta, empolga, destrói, emociona em cada solo. Vendo parece que tocar daquela maneira é algo até fácil de se fazer. É um privilégio ouvi-lo tocar!
Mike Portnoy dispensa comentários! Não consigo imaginar hoje ninguém melhor que ele.
John Myung, sempre discreto, mas fundamental na história dessa banda.
Jordan Rudess, agitando junto ao público, uma grata surpresa com seu teclado "estilo guitarra" num dueto com John Petrucci.
Pode parecer que a banda tenha uma atitude meio fria em relação aos fãs, mas à medida que a galera vibrava, percebia-se que eles se empolgavam também.
Em quase uma hora e quarenta minutos, o que se viu foi uma apresentação perfeita, emocionante, enfim, o tipo de show que quando acaba deixa muitos rezando por mais um bis e esperando que toquem "aquele" som que ficou faltando... Longa vida ao Dream Theater!!!
Set list:
"Intro - An Ant Odyssey"
"Constant Motion"
"Never Enough"
"Blind Faith"
"Surrounded 07"
"The Dark Eternal Night"
"Erotomania"
"Voices"
"Forsaken"
"Take The Time"
"In The Presence of Enemies"
"Medley:
I. Trial Of Tears
II. Finally Free
III. Learning To Live
IV. In The Name Of God
V. Octavarium (Razor's Edge)
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