RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas

imagemDavid Gilmour elege cinco álbuns fundamentais da história do rock

imagemO hit do Sepultura que Max Cavalera foi aconselhado a trocar o título por erro de inglês

imagemAC/DC, Ozzy Osbourne, Metallica e Iron Maiden vão tocar no mesmo festival?

imagemAndreas Kisser chegou no fundo do poço quando não foi a Disney pois não tinha cerveja

imagemGuns N' Roses, AC/DC, Metallica, Iron Maiden e Ozzy Osbourne estarão no Power Trip

imagemEdu Falaschi e Bruno Sutter comentam sobre banda que é "Backstreet Boys do metal"

imagemNo Instagram, Edu Falaschi anuncia que está vendendo seu Honda Civic

imagemAs 11 melhores instrumentais da história do metal, em lista da Revolver Magazine

imagemSharon confirma volta de Ozzy Osbourne aos palcos; "Ele nunca parou! Ele está de volta!"

imagemA estrada brasileira e a icônica dupla sertaneja que inspiraram "Infinita Highway"

imagemOs dois fatores que assombravam os Beatles na gravação do último álbum "Let it Be"

imagemA diferença entre público de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo Humberto Gessinger

imagemA severa opinião de Paulo Ricardo sobre atual RPM com outro vocalista no cargo

imagemO profundo significado do "Trem" nas letras de Raul Seixas, segundo o próprio

imagemBlaze Bayley divulga atualização no estado de saúde e pede ajuda


Summer Breeze B

Helloween: No Rio de Janeiro, um bom show, apesar de algo estar faltan

Resenha - Helloween (Claro Hall, Rio de Janeiro, 26/03/2006)

Por Rafael Carnovale
Postado em 31 de março de 2006

CD novo, turnê nova e mais uma vez o Helloween chega ao Brasil para uma extensa turnê. Se em 2003 a banda teria que dividir sua data carioca (ocorrida no Canecão) com o show do Deep Purple (ocorrido no Claro Hall), desta vez não havia razão para xurumelas. Afinal eram só eles que se apresentariam no Rio, ao contrário de SP, que teve o show dos alemães, o show do Candlemass na Led Slay, e a Metal Sludge Party no Manifesto.

Fotos: Rodrigo Scelza

Confesso que não sou um dos grandes fãs do novo CD da banda, e achei uma tremenda burrice o mesmo levar o nome de "Keeper Of The Seven Keys" (mesmo com o subtítulo: "The Legacy") porque isso acaba gerando comparações desnecessárias com os outros Keepers, clássicos supremos do metal melódico. Era uma banda, uma época e uma história. Hoje a banda está com novos integrantes e com uma sonoridade modificada (a entrada de Andi Deris nos vocais foi um dos fatores), mas ainda preservando alguns elementos que conectam as duas épocas. Mas assim mesmo a comparação ocorre e este novo Keeper de longe perde para os outros, até porque não estamos nos anos 80.

Bruce Dickinson

Chegamos à casa por volta das 16 horas, sob uma chuva torrencial que ocorria na cidade maravilhosa e pudemos presenciar a passagem de som do Helloween (os caras tocaram a nova "King Of a 1000 Years" inteira sem o vocalista Andi Deris) e do Shadowside (que mostrou um competente metal melódico flertando com o tradicional). Aproveitando, batemos um bom papo com a vocalista Dani Nolden, que você poderá conferir em breve, juntamente com uma completa entrevista.

O Claro Hall não estava lotado (ao contrário do show de SP, aonde foram registradas imagens para uso num futuro DVD), mas uma quantidade considerável de fãs compareceu à casa para ver o show dos alemães, que pela quinta vez (e quarta no Rio de Janeiro) nos brindavam com uma apresentação.

Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

A abertura coube aos paulistas do Shadowside, que divulgavam seu recém lançado CD "Theatre Of Shadows". A banda subiu ao palco por volta das 20h15 com "Vampire Hunter", mostrando bastante agressividade e energia. Emendaram com "Highlight" e uma bela versão para "Rainbow In The Dark", seguidas por "Shadow Dance" e "Illusion". Dani possui um vocal agressivo e uma boa presença de palco, juntamente com o baixista Lucas De Santis e a dupla de guitarristas. Aproveitando a pausa, a mesma elogia o Rio de Janeiro e apresenta o novo integrante, o baterista Fábio Butividas, que emenda "Painkiller". Uma boa versão, no que pese um escorregão de Dani no vocal, emendada com "We Want A Miracle" e "Here To Stay", que fecharam 40 minutos de show. Um ótimo aquecimento de uma banda que promete muito, só pecando por colocar um tecladista com um ridículo sobretudo cinza e de cara pintada de preto...

Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Logo após o show do Shadowside, o palco começou a ser montado para a atração principal, e nota-se que o Helloween caprichou nesta turnê, trazendo um belíssimo "backdrop", elevados ao lado da bateria de Dani Loeble (que no soundcheck se mostrou um excelente batera) e panos laterais, além de belo jogo de luz e som. As luzes se apagam perto de 22h10, quando o personagem Keeper começa a ler a intro em frente aos fãs (um guardião com tênis PUMA!) e Andi Deris e o guitarrista Sascha Gestner aparecem nos elevados, dando início a "King Of a 1000 Years". Um início bombástico, de uma música que eu não achava que renderia muito.

"Eagle Fly Free" vem em seguida (para o delírio geral) e Deris mostra uma nova faceta: o vocalista agora usa falsetes para reproduzir algumas partes mais agudas, principalmente nas músicas mais antigas. Pausa para Deris brincar com a platéia (pedindo que a mesma testasse seu fone de ouvido, para ver se o mesmo funcionava) e emendam a recente (única de "Rabbit Don’t Come Easy") "Hell Was Made In Heaven" e a clássica "Keeper Of The Seven Keys", para depois tocaram a linda balada "A Tale That Wasn’t Right". Um começo muito bonito... mas um tanto cansativo, dada a duração das faixas em questão, e uma certa falta de entrosamento entre os guitarristas Sascha e Michael Weikath (embora Sascha esteja cada vez mais solto).

Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Dani então dá início a um momento inusitado no show. O mesmo começa seu solo de bateria quando vemos o baixista Markus Grosskopf se posicionando num mini-kit localizado num dos elevados. Ambos passam um bom tempo duelando, fazendo a galera rir e se divertir, até que Markus enfurecido joga seu kit elevado abaixo. A decepção é saber que faltou espontaneidade, pois a mesma coisa ocorreu em SP. Mas é parte do show. Dani continua seu solo (muito longo...) e a banda entra com a nova "Occasion Avenue", para tocar a inusitada "Mr. Torture" (com Deris contando a história da música), aonde a voz de Andi começou a dar sinais de cansaço e o vocalista começa a usar seus falsetes de modo irritante (fato que se repetiria várias vezes durante o show). Nada contra Deris. Ele continua sendo um frontman fantástico, e cantando cada vez mais, mas quando usa esses falsetes a vontade é de tapar os ouvidos e lembrar de como o Helloween foi genial em 2003.

Bruce Dickinson

A banda aproveita e emenda "Power", que soou um tanto quanto perdida (faltaram o bom entrosamento das guitarras – mas será que tanto tempo depois eles continuam com esse problema?) e uma "Future World" por demais longa... a banda executou sua famosa interação com a galera, mas usando um instrumental totalmente deslocado (me senti ouvindo "Stayin’Alive" dos Bee Gees) e Deris abusando do direito de entupir nossos ouvidos com seus falsetes...

A banda lança mão de "The Invisible Man" e "Mrs. God" que redimem a trágica idéia executada em "Future World", principalmente na segunda, que ficou mais pesada e bem interessante. Para por o Claro Hall no meio de um furacão de emoções, "I Want Out" e "Dr. Stein" são executadas, fechando um set de 2:30 e apenas (!) 15 músicas.

Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

No final todos saímos com a sensação de que o show foi bom... mas faltou algo... o Helloween parece querer resgatar o "Happy Happy Helloween" dos anos 80 (aliás a galera só usou tal coro no final do show) e a nova formação (nem tão nova assim) não é capaz de fazer isso. Sinceramente prefiro o Helloween mais pesado e que flerta com o hard-rock nos CDs "Better Than Raw" e "Master Of The Rings" do que esse pastiche de anos 80. Será hora de pendurar as abóboras? De qualquer jeito, ao vivo a banda ainda manda bem.

Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Siga e receba novidades do Whiplash.Net:

Novidades por WhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp

Em 08/03/1995: Ingo Schwichtenberg, baterista do Helloween, comete suicídio

Dez hits do heavy metal que podem ser ouvidos por quem não gosta do estilo

Power Metal: os dez álbuns essenciais do gênero


publicidadeAdemir Barbosa Silva | Alexandre Faria Abelleira | André Silva Eleutério | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Daniel Rodrigo Landmann | Décio Demonti Rosa | Efrem Maranhao Filho | Euber Fagherazzi | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Filipe Matzembacher | Gabriel Fenili | Henrique Haag Ribacki | José Patrick de Souza | Julian H. D. Rodrigues | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Reginaldo Tozatti | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Vinicius Valter de Lemos | Wendel F. da Silva |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Rafael Carnovale

Nascido em 1974, atualmente funcionário público do estado do Rio de Janeiro, fã de punk rock, heavy metal, hard-core e da boa música. Curte tantas bandas e estilos que ainda não consegue fazer um TOP10 que dure mais de 10 minutos. Na Whiplash desde 2001, segue escrevendo alguns desatinos que alguns lêem, outros não... mas fazer o que?
Mais matérias de Rafael Carnovale.