Iron Maiden: Eddie, um símbolo do rock vilipendiado por idiotas
Por Bruce William
Fonte: Combate Rock
Postado em 05 de fevereiro de 2015
Seguem abaixo trechos de artigo de Marcelo Moreira, publicado no Combate Rock, sob o título "Eddie, do Iron Maiden, um símbolo do rock vilipendiado por idiotas"
O orgulho de ser paulista já foi bradado em canções de rock como Ira!, 365, Inocentes e mais algumas outras dentro do cenário nacional. Dependendo do ponto do vista do observador, pode ser apenas uma maneira de reforçar um sentimento regionalista (no sentido de valorização da cultura local) – como os gaúchos em seus CTGs (Centro de Tradição Gaúcha) e os nordestinos nos CTNs (Centro de Tradição Nordestina).
De outra forma, há quem enxergue em exaltações do orgulho paulista e das louvações aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932 algo mais além, indo do preconceito à mais pura xenofobia.
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Na pancadaria eleitoral na internet, um símbolo curioso e diferente teve a sua função desviada para servir de instrumento de gente cretina para destilar raiva, preconceito e xenofobia, quando não para disseminar ideias estapafúrdias de separação dos Estados do Sul e Sudeste como forma de livrar essas regiões do peso (?!?!?!?!?!) nordestino – uma cretinice ainda maior.
Eddie, o boneco/desenho criado por Derek Riggs como mascote do Iron Maiden, ilustra dezenas de capas de álbuns e singles da banda, ora mostrado como um monstro, como um demônio, como um assassino, como um faraó, como um ciborgue futurista, entre outras encarnações. Ganhou até mesmo uma versão "escocesa'' – imagem que foi adaptada para uma versão "brasileira'' por conta da Copa do Mundo deste ano.
E eis que no ano passado surgiu uma versão "paulista'' de Eddie, empunhando uma bandeira do Estado de São Paulo e vestido com o uniforme dos constitucionalistas de 1932.
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O desenho foi "apropriado'' de forma indevida por seres inomináveis que se dizem "roqueiros'', que estamparam posts nas redes sociais xingando e destratando eleitores de Dilma Rousseff, em especial os nordestinos – "sou paulista e roqueiro e odeio o Nordeste'', escreveu um imbecil, feliz por estampar o Eddie paulista em sua nojeira – o assunto foi tratado em um texto imediatamente anterior a este, na manhã de hoje.
Por mais que seja óbvio que não se pode confundir o orgulho de ser paulista com posturas e posições automaticamente racistas, preconceituosas, xenófobas e secessionistas (que pregam a separação/independência do Estado), em muitos casos a linha é muito tênue, e mesmo quase impossível de ser distinguida, jogando na mesma vala gente boa que apenas gosta de valorizar o lugar onde nasceu sem a necessidade abjeta de discriminar migrantes.
Leia a matéria completa no link abaixo:
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