Padre defende show de Marilyn Manson na Croácia

ZAGREB (Reuters) - Grupos religiosos na Croácia estão reagindo revoltados contra a chegada iminente ao país do roqueiro Marilyn Manson.

Mas Manson encontrou um defensor solitário e improvável: um padre católico, que aderiu à bandeira da liberdade de expressão e, quem sabe, pode ter cedido ao desejo de causar um pouco de polêmica, ele próprio.

"Como pode Manson transformar jovens em adoradores do diabo e viciados em drogas nas duas horas apenas que dura seu show?" teria indagado o padre católico Anton Bobas, de acordo com o jornal diário Vjesnik.

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Boba, que lidera uma banda de heavy metal dele próprio, chamada Glasnici Nade (Mensageiros da Esperança), diz que a maioria dos críticos de Marilyn Manson nunca ouviu suas canções ou viu uma apresentação do roqueiro.

O padre está lutando sozinho contra grupos cristãos da península de Istrian antes do show de Manson, marcado para 22 de agosto na cidade de Pula, às margens do mar Adriático.

A organização protestante Oaza quer que o show seja proibido, e sete padres católicos ofereceram pagar indenização aos organizadores se o concerto for cancelado, argumentando que as letras e a imagem da banda promovem a adoração do demônio, o uso de drogas e a violência.

Bobas disse que o melhor show de sua vida foi um concerto com Marilyn Manson ao vivo, três anos atrás, em Hamburgo, na Alemanha.

Mas mesmo ele expressou algumas reservas em relação ao roqueiro trash. Bobas disse que, apesar da música, Manson tem uma personalidade pública sombria e que ele não recomenda a ninguém, especialmente os jovens, assistir ao concerto.