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"Todos que ouviram o álbum acharam excelente", diz Lars Ulrich, baterista do Metallica

Por Douglas Morita
Fonte: Metallica Remains
Postado em 28 de setembro de 2008

A iafrica.com postou uma longa entrevista com os quatro membros do METALLICA sobre o último álbum do grupo, "Death Magnetic". Um trecho da conversa pode ser conferido abaixo.

Agora que o "Death Magnetic" foi terminado, como você se sente a respeito do álbum?

Lars Ulrich: "Minha cabeça ainda está meio que rodando sobre todo o processo, os últimos anos. Mas todo mundo que ouviu o álbum disse que ele soa ótimo, então eu vou concordar com isso! Ele certamente tem muita energia, soa muito vivo. Uma das coisas chaves que Rick Rubin queria fazer era o Metallica soar realmente ao vivo em estúdio. Alguns dos discos anteriores que fizemos nos anos 90, eu acho, foram um pouco produzidos demais, foram um pouco orientados demais a detalhes. Rick queria preservar aquele som que acontece quando nós tocamos ao vivo, e eu tenho 100 porcento de certeza que ele manteve todo aquele sentimento, que é alto e direto. Meus amigos que ouviram o álbum todos gostaram, então eu vou considerar isso como uma coisa boa!"

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James Hetfield: "'Death Magnetic' me passa uma sensação realmente boa. É a essência old-school com novas sonoridades. E fomos mais banda nele do que eu me lembro de já termos sido. Nós crescemos muito depois do 'St. Anger' - tanto que podemos dizer que somos adultos! Eu acho que a parte principal é perceber que os atritos são parte disso tudo. E nós precisamos uns dos outros mais do que odiamos uns aos outros, simples assim!"

Kirk Hammett: "Quando nós começamos a escrever músicas para o 'Death Magnetic', nós éramos uma banda de novo pois tínhamos o Rob. Isso foi grandioso. Nós começamos a tocar como uma banda de novo, começamos a soar como uma banda, começamos a criar como uma banda, e essa foi uma evolução óbvia de nosso início da última vez com o 'St. Anger'. Eu tenho muito orgulho deste álbum. Ainda é cedo demais para dizer como ele se encaixa no panorama geral, mas eu realmente acredito que este álbum é um dos nossos melhores momentos."

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Robert Trujillo: "Sendo este meu primeiro álbum do Metallica, eu sinto que ele é ótimo. O ambiente criativo pode ser um pouco intimidador por ser tão intenso. Com Lars e James, será a melhor escola de composição. Mas eles estavam realmente abertos a sugestões e eles queriam ouvir o que eu tinha a dizer."

Foi uma decisão consciente para o Metallica de se reconectar com seu passado no "Death Magnetic"?

James: "Pessoas falaram que é 'Master of Puppets II'. Isso me desanima... e me assusta um pouco. 'Death Magnetic' é Rick Rubin e nós tentando capturar a essência, a fome, a simplicidade, o esqueleto do Metallica. E isso é o que eu acho que nós capturamos. É realmente bem claro e óbvio para mim, e espero que eu possa esclarecer isso para os fãs, que nós escrevemos estas músicas para nós mesmos. Você não consegue agradar a todos. Sempre terá alguém que se sentiu vítima pela forma que você fez algo, e eu entendo isso. Há muitas bandas que eu não ouço mais depois de um certo álbum, e que seja assim. É perfeitamente normal. Mas nós somos exploradores, nós temos que andar para frente e continuar, somos artistas, temos fome pelo melhor. O melhor ainda não foi atingido, então nós continuamos."

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Kirk: "Um dos conceitos principais que Rick Rubin trouxe a mesa quando nós começamos a falar com ele era que ele sabia, em sua cabeça, como deveria soar o melhor álbum do Metallica. Ele disse para nós: 'Seja lá o que vocês estavam fazendo, o que estavam pensando, o que estavam ouvindo, o que estavam comendo, bebendo... Tentem colocar suas mentes nesse lugar. Porque seja lá o que vocês estavam fazendo no início dos anos 80, meio dos anos 80, você fizeram algumas músicas incríveis naquela época'. Nós ouvimos isso e concordamos. A atitude que nós tínhamos naquela época era bem diferente da atitude que temos hoje. Nós éramos novos, querendo provar nós mesmos - provar que nós éramos uma das bandas mais pesadas que existia - e nós escrevemos de acordo. Então Rick disse: 'Só se coloquem nesse lugar'. E funcionou totalmente. Funcionou na composição, nas letras, nos solos de guitarra, na atitude. Eu lembro quando chegou a hora de colocar os solos de guitarra, eu ouvi tudo que eu ouvia quando era adolescente: muito UFO, Deep Purple e Rainbow, o primeiro álbum do Van Halen, Pat Travers. Inicialmente eu estava chocado, porque me encontrei sendo reinspirado por todas essas coisas que me influenciaram naquela época, e abriu de novo minha forma de tocar. Quando eu apliquei essa atitude e trouxe aquela inspiração para as músicas novas, eu consegui alguns resultados incríveis direto. A auto-referência estava funcionando, e nós não estávamos simplesmente copiando a nós mesmos. Eu realmente senti que estávamos indo a algum lugar novo."

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Lars: "Reconectar com o passado foi algo que definitivamente aconteceu de maneira orgânica. Rick passou muito tempo só saindo e falando sobre a música, e durante os primeiros meses, ele nos fez sentirmos confortáveis sobre revisitar e nos inspirarmos em alguns dos discos que lançamos nos anos 80: 'Ride the Lightning', 'Master of Puppets', '...And Justice For All'. Quando nós terminamos o 'Justice', nós sentimos que não havia nada mais para fazer naquele lado progressivo e thrash do Metallica, então passamos boa parte dos anos 90 o mais distante possível desses discos. Rick nos fez sentir bem sobre revisitar aqueles discos. Nós começamos o processo criativo para o 'Death Magnetic' no verão de 2006, que foi quando o aniversário de 20 anos do 'Master of Puppets' estava rolando e nós tocamos o disco inteiro ao vivo por toda a Europa e Ásia. Nós entramos por debaixo da pele do 'Master of Puppets' bem quando nós começamos a escrever aquelas músicas novas para o 'Death Magnetic'. E aquilo certamente nos fez sentir confortáveis sobre agregar algumas das coisas que tínhamos nos anos 80 pela primeira vez em 15 anos. Tem sido interessante. Rick sugeriria: 'Ouça aos mesmos discos que vocês ouviam nos anos 80, ou tente e escreva da mesma forma'. Nunca foi: 'Copie o que vocês fizeram musicalmente'. Foi: 'Se coloquem naquela mentalidade'. E a sensação foi boa de fazer isso, finalmente. Nós evitamos ir lá por tanto tempo, mas quando nós voltamos, foi como : 'Sim, nós podemos vir aqui - nós podemos ser inspirados por aqueles discos e nos sentirmos bem.'"

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Rob: "Parece que a banda, durante os últimos dez ou 15 anos, estava tentado sair dos primeiros anos. E para mim, falando de Metallica, eu amo tudo que o Metallica fez, mas eu realmente amo as coisas antigas. E só o fato de que os caras estavam abertos a isso foi uma coisa realmente positiva. Rick foi bem inteligente, até na afinação das músicas. 'Por que o Metallica abaixou meio tom ou mesmo um tom inteiro? Por que o Metallica não volta a afinação que tinha no 'Master of Puppets'? E nós acabamos tentando as músicas na afinação natural, e isso é ótimo - James ainda pode cantar pra caramba, e há mais angústia no vocal. Eu realmente gosto do que o James fez. Muitas coisas positivas vieram de Rick."

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A entrevista completa, em inglês, pode ser lida clicando aqui.

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Sobre Douglas Morita

Douglas Morita acha que se existem constantes em sua vida, uma delas definitivamente é o Metallica. Fã da banda desde que se conhece por gente, criou o site Metallica Remains em 1998 e considera o grupo como sua principal - porém, obviamente, não única - influência musical. Além do Metallica, tenta ouvir de tudo um pouco, sem se limitar a estilos ou rótulos.
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