Heaven & Hell: site resenha novo disco faixa a faixa
Por Mateus Tozzi
Fonte: Metal Hammer
Postado em 08 de abril de 2009
Uma resenha faixa-a-faixa do "The Devil You Know", o primeiro álbum do HEAVEN & HELL - a banda que conta com os membros do BLACK SABBATH Tony Iommi (guitarra), Ronnie James Dio (vocal), Geezer Butler (baixo) e Vinny Appice (bateria) foi publicada na Metalhammer.co.uk.
Nós ouvimos o novo álbum do Heaven And Hell, segue o que achamos...
"Atom And Evil"
Lento e arrastado como Sabbath em seu melhor. A voz de Dio é lenta e majestosa, e ele tem espaço de sobra para acelerar como tipicamente fazia em sua era no Black Sabbath. Lembra ligeiramente 'Electric Funeral', mas como se fosse tocada pelo The Sword. O meio tem um maravilhoso riff abafado que faz dela uma poderosa abertura.
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"Fear"
Depois da abertura lenta, "Fear" detona com um grande riff, ainda lento, porém mais assombroso. Dio soa simplesmente demoníaco e explosivo como sempre foi, o refrão pode não ter a melodia mais cativante, mas a guitarra afiada garante uma boa audição. As letras não são super fáceis de seguir, mas a idéia satânica/oculta combina com o tempo assustador e misterioso. A velocidade também permite a Iommi fazer solos tanto lentos quanto virtuosos.
"Bible Black"
Essa começa com um agradável violão e uma guitarra. A voz de Dio entra cheia de ternura. Ai vem o riff... quando tocamos isso no escritório todo mundo falou 'Caramba!' Simplesmente um chuta-portas monstro pra bater a cabeça, e o refrão mostra Dio tomar vôo e deixar a agressão fluir. E quanto ao solo, Iommi está debulhando como um maníaco - este é sem dúvida o guitarrista do Sabbath fazendo o que sabe. Ele está tocando como um homem possuído. O que parece apropriado.
"Double The Pain"
DTP começa com um estranho riff de baixo com phaser, antes de cair numa outra música 'doom', porém mais mid-tempo. É óbvio que com a ciência moderna e técnicas de gravação Iommi tranformou o som da sua guitarra numa parede densa. O título é repetido num pequeno refrão no final de cada verso - mais parecida com a carreira solo de Dio. Você pode ouvir algo acústico na gravação também. E de novo o solo é maravilhoso.
"Rock And Roll Angel"
Apesar de "downtempo", essa música tem uma musicalidade otimista e os vocais largam a agressão das suas predecessoras. E de fato o riff é mais genérico, e o refrão se gaba de um ar quase sexy.
"The Turn Of The Screw"
Esta é conduzida por um riff arrastado que fará você pensar que está ouvindo o Candlemass, mesmo sendo um pouco mais "uptempo" do que boa parte do resto do álbum. O refrão é um excelente anti-clímax forçado. Tem algumas ótimas linhas de guitarra no meio e o solo geme por si só.
"Eating The Cannibals"
Ah, aqui está o andamento. O riff pode não ser espetacular mas tem um andamento bem rock e sólido, um bem-vindo descanso do doom - contagioso e glorioso como deve ser. A agressividade continua aqui e com um par de solos entre os versos, o ritmo é mantido, enquanto o Sr. Dio emana agressividade demoníaca. E o solo principal de novo é arrasador.
"Follow The Tears"
Órgão de igreja e um silêncio distorcido. Isso cresce e surge um ataque de cordas. Aí a música cai em um doom com uma ótima linha vocal de RJD. Isto é realmente Heaven & Hell (Black Sabbath com Dio). Soa como um álbum que eles QUERIAM fazer, não como outras tantas bandas consagradas cujos novos álbuns soam como versões pioradas de glórias passadas. E lá vai de novo outro solo perverso, cheio de personalidade.
"Neverwhere"
Essa é uma das mais curtas do álbum, com 4:33 (a maior tem aproximadamente 7 minutos), sem dúvida por ser uma das mais rápidas. Não é uma música ruim, mas não tem o pessimismo glorificado e a testosterona do resto do álbum.
"Breaking Into Heaven"
O fim do álbum é bem parecido com o começo. Um riff arrastado e lento sustentado por sinos e baterias mínimas. Com 7 minutos a banda leva a faixa para as profundezas e, no refrão, direto para as nuvens. E como se dissesse "não foda comigo" mais uma vez, Tony Iommi detona tudo com um lindo solo suave. Um verdadeiro final épico repleto de sintetizadores tipo "Seventh Son Of A Seventh Son" que adicionam dinamismo e corpo para essa que já é uma grande música.
Uma verdadeira façanha para a banda que inventou o gênero há aproximadamente 40 anos atrás, que retorna e entrega aquilo que será com certeza um dos lançamentos mais pesados do ano.
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