Bush: recusar o Metallica foi um acerto; aceitar o Anthrax também
Por Nacho Belgrande
Fonte: Playa Del Nacho
Postado em 11 de março de 2013
O vocalista estadunidense JOHN BUSH [ARMORED SAINT, ANTHRAX] conversou em março de 2013 com o site NOISECREEP sobre toda sua carreira de 30 anos no Metal. O texto abaixo é uma transcrição de um pequeno trecho da conversa.
[…] Olhando pras várias etapas de sua carreira, quais foram alguns dos seus maiores feitos com o Anthrax?
Antes de qualquer coisa, eu entrar pra banda e lançar "Sound of White Noise". Meu primeiro disco com o Anthrax chegou a Disco de Ouro! Também foi um álbum à frente de seu tempo. O engraçado comigo e o Anthrax é que por anos nos tentamos passar que ainda era o Anthrax, que ainda é a mesma banda e vendo agora, não era mesmo. Com certeza ainda era Scott, e Frankie e Charlie. Mas também éramos todos nós pensando ‘os anos 90 estão aqui e vamos pular nesse barco e queremos fazer algo inovador e moderno – algo que achamos que seja natural’. Eu acho que ‘Sound of White Noise’ foi esse disco e certamente começou meu tempo no Anthrax. Daí as coisas mudaram na indústria e nunca mais tivemos o sucesso que tivemos naquele disco. Nós com certeza fizemos discos legais e escrevemos grandes músicas.
É difícil competir com as bandas grandes, fudidas, imagine com você mesmo e sua história: havia o Anthrax dos anos 80e o Anthrax dos anos 90. Eu continuo dizendo às pessoas que mesmo agora você pode gostar das duas. Você não tem que gostar de um ou do outro. Fomos inventivos, corremos muitos riscos e criamos um parâmetro pra como eu tenho olhado pra música pro resto da minha vida. Tenho orgulho de meu período naquela banda.
Você teve muito a ver com a redefinição do som e do potencial do Anthrax. Sob muitos aspectos, você os levou de ser uma grande banda de thrash para um som mais comercial.
Nós só abraçamos o que era natural pra nós. O Anthrax é uma banda que sempre correu riscos. Eu não vou mencionar nomes, mas há muitas bandas que gravam o mesmo disco várias vezes. Isso pode se virar contra você. Particularmente, para mim, como músico e vocalista, eu não curto fazer música desse jeito. Acho chato. Você não é o mesmo cara que era 20 anos atrás, então por que você vai fazer o mesmo disco que fizera então? É provável que não vá ser um disco tão bom. Você está crescendo e evoluindo constantemente. Você não pode basear toda sua existência em algo que você fez em 1985. Isso é retardado. Não faz nenhum sentido lógico pra mim. Se você não está crescendo, então você está morrendo.
Você foi convidado pra entrar no METALLICA em 1984. Como você acha que as coisas teriam sido diferentes caso você tivesse aceitado?
Eu nem consigo me imaginar ali. Quando eles fizeram os shows de aniversário no [teatro] Fillmore em 2011 e eu toquei "The Four Horsemen" com eles, foi meio ‘OK, seria assim que teria ficado’. Foi demais, um momento lindo e muito divertido. Isso bastou. Não era pra acontecer. Mesmo naquela época, James era o James. Ele era e sempre será a voz do Metallica. Na verdade, eu acho que James evoluiu mais do que qualquer outro vocalista na história do rock. Se você ouvir ‘Kill’em All’ e depois ouvir ao ‘Black Album’, que baita progresso ele fez! Na real, eu sempre digo que teria sido um erro muito maior da minha parte não entrar pro Anthrax do que entrar pro Metallica. Foi o destino. […]
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