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Onslaught: "Estamos no melhor momento da nossa carreira"

Por Julia Sabbaga
Fonte: Wikimetal
Postado em 11 de março de 2013

Onslaught - Mais Novidades

O Wikimetal entrevistou o guitarrista do Onslaught, Nige Rockett! Leia aqui a entrevista na íntegra.

Wikimetal: Olá, Nige! Primeiramente, gostaria de agradecê-lo por tomar o seu tempo e gentilmente atender nosso pedido de entrevista.

Nige Rockett: Oi, meu amigo. É um imenso prazer para mim fazer esta entrevista para vocês, muito obrigado!!

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W: Bem, para começar, por favor você poderia dizer aos nossos leitores o que esteve fazendo de 1990 a 2005 enquanto o Onslaught esteve inativo este tempo todo?

N.R: Basicamente larguei a cena musical durante cerca de 12 anos, realmente odiava o que estava acontecendo neste tempo com todas aquelas merdas como o grunge. Na real, foi um período bem ruim para o Metal e estava completamente desiludido com a música após todos os problemas que tivemos internamente e com a gravadora da época.

W:Você se manteve em contato regularmente com os membros da última formação após o fim da banda?

N.R: Não, na verdade, não. Vi o Sy (vocalista da banda) poucas vezes estes anos todos, mas nunca mantive em contato com o Rob Trotman (ex guitarrista) ou Hinder (ex-baixista). Como disse anteriormente, deixei a banda totalmente para trás após nos separarmos, não carregava alguma inspiração nestes anos de inatividade.

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W: Falando a respeito da volta e principalmente o primeiro show em Bristol, tua terra natal, você cogitou em trazer estes membros da última formação da banda incluindo o Rob Trottman e o Syvocalista Sy Keeler no lugar de Steve Grimmet? Se sim, porque Rob recusou esta oferta?

N.R: Nós nunca consideramos chamar o Rob de volta, sabíamos que ele estava morando longe de Bristol e meio que supomos devido a experiência passada que ele não estaria a fim disso, e também o período do álbum ‘In Search of Sanity’ não era daonde nos queríamos retomar e nos traz mas lembranças da banda e este álbum também nunca foi um disco 100% do Onslaught tanto para nós quanto para os fãs. Sy Keeler é o único vocal genuíno do Onslaught aos olhos dos fãs e era a única maneira que as coisas poderiam funcionar quando retonamos…

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W: Nige, vocês estiveram tocando o álbum The Force na íntegra como um show especial durante o ano passado a fim de celebrar o marco de 25 anos do lançamento deste disco. Quando vocês o lançaram, vocês tinham ideia o quanto este álbum poderia ser tão influente na cena Thrash/Death Metal?

N.R: De forma alguma, sabíamos que era um álbum muito bom quando nos o concluímos, mas jamais imaginaríamos a influência que teria na cena ao longo dos anos… É uma enorme honra que as pessoas se refiram ao The Force com tamanho respeito e que muitos, mas muitos novos fãs ainda nos dias atuais estejam comprando este disco.

W: Desde a volta, notei 2 coisas diferentes em particular que gostaria de te perguntar. Para começar, porque você desistiu de tocar teus próprios solos?

N.R: Sim, boa pergunta… Depois de não pegar na minha guitarra por 12 anos, foi realmente muito trabalhoso voltar a tocar no padrão que atingi nos anos anteriores… Para mim, era mais importante se concentrar mais na guitarra base do que nos solos, pois esta era a base para o som do Onslaught… E também realmente nunca curti tocar solos lá atrás, odeio me sentir preso aos pedais e me sinto muito mais realizado apenas detonando e deixando que outra pessoa cuide de todos os solos.

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W: A segunda coisa, vocês cortaram a introdução de riffs matadores de Let There Be Death e também a última parte de Metal Forces o que acho uma pena. Pessoalmente, adoro a maneira como estas canções foram originalmente escritas. Alguma razão para que estas mudanças que queira compartilhar conosco?

N.R: Sim, sempre achamos que a introdução de ‘LTBD’ era simplesmente muito longa, então a cortamos para tentarmos que causasse um impacto mais direto, dito isso, nós a temos tocado bem próxima a faixa original na última tour… Quanto à ‘Metal Forces’ realmente não sei porque nos cortamos o final, acho que vou cogitar a trazê-la de volta a forma original a partir de agora, já que mencionou isso.

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W: Além do the Force, gosto pra caramba do álbum In Search of the Sanity, notei que vocês desencanaram de tocar sons deste disco após a volta, apenas a faixa Shellshock algumas vezes. Nige, em retrospectiva, apesar do problema com uma grande gravadora como a London que não promoveu devidamente a banda, você não se orgulha deste trabalho?

N.R: ISOS nunca soou como um disco do Onslaught para mim e também a maioria dos fãs pensam desta forma… Não me leve a mal, eu me orgulho muito do álbum que escrevi, mas com Steve Grimmett se juntando a banda no lugar de Sy e com a mixagem polida em demasia, este disco perdeu toda sua energia e agressividade… Na real, nós iremos regravar este disco todo quando tivermos um tempo livre e fazê-lo soar como deveria inicialmente. ISOS soara como um verdadeiro disco do Onslaught algum dia em breve hahaha.. Começamos a trabalhar em novas versões neste momento e 1 ou 2 musicas irão aparecer como faixas bônus no álbum seguinte a ser lançado…

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W: Ainda falando sobre o In Search of Sanity, o membro fundador e de longa data Steve Grice (baterista) deixou a banda e formou uma nova banda com vários ex-membros do Onslaught de diversas formações chamada The Sanity Days, onde eles tocam a maioria das faixas deste álbum. Na real, como você reagiu a esta tentativa deles tocarem estas faixas do Onslaught?

N:R: Honestamente…!! Pelo que notei, fede muito..!!!!! Estas pessoas nunca escreveram uma nota destas musicas e sequer uma única palavra ou letra para este álbum e todos eles fora o Grice foram membros de curta permanência na banda, então não entendo que direito eles tem em sair tocando covers das minhas músicas deste disco, eles já estão juntos por cerca de 2 anos e acredito que tenham tentado escrever apenas uma música de sua própria autoria.. Isso diz bastante a respeito deles, eu penso..!!

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W: Um dos pontos alto da sua carreira é certamente quando vocês tocaram no festival Dynamo Open Air na Holanda em 1986 ou 87. Havia uma massa de Headbangers neste show e fora isso, o show de vocês foi excepcional. Você acha que estes tempos infelizmente se foram e não haverá mais grandes multidães para a cena Metal comparado à este período da história?

N:R: Sim, com certeza foi um ponto alto, foi um dos primeiros festivais de verdade e tenho muitas boas lembranças deste tempo, mas não, de jeito nenhum, o Metal está de volta e ficando cada ano mais forte. Nós do Onslaught estamos tendo um período maravilhoso neste momento, aliás, provavelmente o melhor em toda nossa carreira. Estamos tocando muitos shows anualmente, muito mais que em antes e em todo o canto do mundo, as oportunidades são infinitas… Há muitos festivais pequenos e grandes acontecendo por todo o mundo. Acho que a cena do Metal em 2013 é muito saudável e que assim perdure…

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W: Vamos falar do presente e do futuro do Onslaught. Vocês tem oficialmente um novo baterista que era baterista do Extreme Noise Terror. Onslaught sempre foi influenciado por bandas punk e de hardcore como o Discharge desde o começo. Você acha que o Michael Hourihan pode nos brindar com uma pegada próxima aos velhos tempos ou ainda adicionar novos elementos em sua música?

N.R: Sim, nós curtimos bastante coisa de hardcore como disse e estas influências estão sempre presentes para serem escutadas em todos os álbuns… Mic é um baterista absolutamente fantástico e um cara muito bacana. Sua maneira de tocar pode ser ao mesmo tempo muito técnica e agressiva, o que é perfeito para nós… Ele realmente nos coloca num nível acima, especialmente nas performances ao vivo, a energia aumentou mais de 1000%, então realmente mal posso esperar para ouvir sua influência em nosso novo álbum, vai adicionar uma nova e complete dinâmica ao som do Onslaught…!

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W: Li uma de tuas entrevistas recentes e você citou que não iria dizer que o novo material que você está gravando é tipico daquele cliché: "O mais rápido, pesado que já havíamos escrito" e todas estas coisas. De qualquer forma,você poderia nos descrever em primeira mão algo especial, em particular, destas novas canções que você esteja orgulhoso e vale a pena mencionar?

N.R: Haha sim, toda banda fala que o novo disco é o mais pesado, o mais rápido que já fizeram e em 9 de cada 10 é tudo besteira, então não me importarei em dizer isso..! Os fãs que decidam..!! O que posso dizer é que o novo álbum soara realmente atual mas ainda com todas as características do Onslaught lá representadas… Como nós dissemos a respeito na questão anterior, Mic trará uma nova "vibe" a este disco e nos dará muitas variações de estilo para incorporar a nossa música.. Estamos muito orgulhosos do que escrevemos para este lançamento até agora, há uma combinação de diversos tempos (andamentos) rolando e um elemento obscuro a todo este material… O lançamento mundial está agendado para uma Sexta Feira 13, 13 de Setembro …

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W: O guitarrista solo Andy Ross Davies não tocou durante a última tour europeia devido a compromissos particulares e nós notamos que esteve ausente também dos shows no cruzeiro marítimo 70.000 Tons of Metal. Ele ainda é um membro permanente da banda e voltará à linha de frente da banda nos shows a partir de agora?

N.R: Infelizmente, Andy não se encontra numa posição em excursionar conosco durante os últimos 6 meses o que realmente é uma lástima, pois adoramos tê-lo ao nosso lado, realmente não estou certo e nem sei se e quando ele retornara aos palcos, apenas ele pode decidir isso… Claro que ele e eu estamos trabalhando duro nas composições do novo álbum durante estes últimos 6 meses, então ele é ainda um membro ativo e muito importante para a banda no momento e ambos aguardamos o momento para entrar no estúdio em Abril/Maio… Enquanto isso, nós temos um fantástico substituto para os shows, Leigh Chambers que tem feito um trabalho brilhante substituindo o Andy..!!

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Como consegui viver de Rock e Heavy Metal

W: Vocês vão entrar em turnê com a instituição de Death Metal Americana Master na Europa em Outubro. Este pacote é denominado Slaughterfest. Como vocês estão lançando um novo álbum, devemos esperar novas canções nesta tour, com certeza. Isso significa necessariamente que passou a oportunidade do set na íntegra do The Force? Senão, como o Onslaught já tocou duas vezes na América do Sul e as pessoas não tiveram a chance de curtir este set de celebração especial, há algum plano ou conversa de tocar o The Force na íntegra também lá na América do Sul?

N.R: Temos um pacote legal pra rolar na Europa em Outubro, a ‘Slaughterfest’ " Onslaught / Exumer / Mpire of Evil / Master" , sei que vai ser explosivo com todos estes caras e acredito que os fãs estão dentro dessa para se esbaldar… Em termos de nosso setlist, claro que nos vamos tocar algumas músicas do novo disco, porém, como é o nosso trigésimo aniversário em 2013, nós vamos tocar um set especial ’30 Years of Violence’ o qual incluíra as melhores faixas de cada álbum que lançamos … Aí vem a América do Sul novamente em Novembro, e sem sombra de dúvidas, estas tem sido as melhores tours já realizadas e desta vez nós estaremos trazendo os Thrashers dinamarqueses do ‘Artillery’ conosco.. A experiência inteira com a turnê sul-americana é fantástica, as pessoas maravilhosas, fãs, comida excepcional, as paisagens, a inteira atmosfera é perfeita… Estamos indecisos qual setlist teremos na América do Sul, mas sei com toda certeza que todos terão uma grande diversão, isso é garantido.

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W: Mensagem Final aos Fãs Sul Americanos/Brasileiros...

N.R: Olá a todos, gostaríamos de enviar nosso agradecimento muito especial a todos nossos fãs/amigos/Metalheads do Brasil e da América do Sul, vocês são realmente maravilhosos com seu apoio incondicional e irrestrito ao Onslaught este tempo todo, significam muito para a gente e nós jamais os esqueceremos.. Estamos planejando de 11 a 12 shows em Novembro e gostaria de aproveitar a oportunidade para convidar todos aos nossos shows e juntem se a nós em nossa celebração de 30 anos.. Aguardamos para vê-los em breve e tomar algumas cervejas após os shows…!!

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Sobre Julia Sabbaga

Julia Sabbaga é assistente responsável pela área de marketing e conteúdo do Wikimetal. Formada em Relações Internacionais pela PUC/SP e apaixonada por música em geral. Classic Rock e Punk Rock sempre estiveram no topo das preferências, mas conhecer Heavy Metal tem sido uma grande experiência.
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