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Irmão de Araya fala sobre seu trabalho no Slayer

Por Nathália Plá
Fonte: blabbermouth.net
Postado em 18 de abril de 2013

Mark Workman, um designer de iluminação e tour manager bem sucedido no music business há trinta anos e autor do livro recém publicado "One For The Road: How To Be A Music Tour Manager" (Na estrada: Como ser um Tour Manager, em tradução livre), entrevistou o técnico instrumental do SLAYER, Johnny Araya para o site Road Crew Books. Seguem alguns trechos da conversa.

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Road Crew Books: Seu irmão, Tom Araya, é o vocalista e baixista da lendária banda de thrash metal, SLAYER, e você trabalhou como técnico do Tom na maior parte da carreira dele. Você iniciou sua carreira no SLAYER e estava lá quando a banda foi criada?

Johnny Araya: Sim, eu comecei minha carreira no SLAYER nos idos de 1983. Eu ficava na garagem e via os caras ensaiarem. Eles estavam sempre ensaiando e compondo; e como eu sempre estava por perto, eles me deixavam ficar junto e dar uma ajuda. Eu tinha 13 anos e pegava cerveja no Gazzari's e The Roxy. Quando começamos a turnê "Reign In Blood" eu soube que era pra valer. Eu tive que dar o melhor de mim. Estávamos com a produção total. Tínhamos um técnico instrumental para o Dave [Lombardo], um para o Kerry [King], e eu cuidava do Tom e Jeff [Hanneman, guitarra]. Eu não era um técnico profissional.

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Road Crew Books: O que você considera a parte mais difícil do seu trabalho no SLAYER?

Johnny Araya: O mais difícil para mim é certificar-me de que o chá do Tom que fica no palco não esteja quente demais. Eles são os melhores caras para se trabalhar. Às vezes eu esqueço de apertar os botões na hora certa. Eu já perdi minha deixa na "Seasons In The Abyss" algumas vezes.

Road Crew Books: Você faz alguma outra como tipo, produção de turnê ou de palco?

Johnny Araya: Bem, o técnico do Kerry, Warren Lee, e do Lombardo, Norm Costa, e eu às vezes tomamos conta da produção de palco. Somente quando a produção local deixa a desejar. Ser o produtor do SLAYER é um trabalho árduo, sou feliz com o que faço porque eu faço um bom trablaho, e meu trabalho é cuidar para que o Tom esteja feliz com seu equipamento.

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Road Crew Books: Você também trabalhou como técnico do guitarrista do SLAYER, Jeff Hanneman. Você acha que ele voltará a tocar ao vivo com o SLAYER ou vai apenas continuar a compor novas músicas com a banda?

Johnny Araya: Pergunta difícil. O Jeff compôs algumas das músicas mais memoráveis do SLAYER. As músicas do Jeff e do Tom foram indicadas ao Grammy. Quer saber!? Pode-se dizer com segurança que o SLAYER precisa do Jeff. O Jeff e o Kerry compuseram ótimas músicas juntos. O Dave, Jeff, Tom e Kerry gravaram juntos alguns dos melhores álbuns de metal de todos os tempos. Seria maravilhoso se eles pudessem fazer isso novamente.

Road Crew Books: Bandas de thrash sempre foram consideradas a ovelha negra do music business; por que você acha que o SLAYER superou tantas tendências musicais por trinta anos e continua a crescer em popularidade enquanto o music business vai indo de mal a pior?

Johnny Araya: Acho que é porque eles nunca foram infiéis às suas raízes. Eles foram autênticos com o metal e consigo mesmos. Eles tem seguidores leais. As pessoas podem pensar ao contrário, e tais pessoas podem ser chamadas de idiotas, mas aqueles caras nunca estiveram no negócio por causa de dinheiro. Eles nunca tentaram compor uma música pegajosa para fazer com que ela tocasse no rádio.

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Leia a entrevista na íntegra no site Road Crew Books.

http://roadcrewbooks.com/johnny-araya-interview/

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Sobre Nathália Plá

Mineira de Belo Horizonte, nasceu e cresceu ouvindo Rock por causa de seu pai. O som de Pink Floyd e Yes marcou sua infância tanto quanto a boneca Barbie, mas de uma forma tão intensa que hoje escutar essas bandas lhe causa arrepios. Ao longo dos anos foi se adaptando às incisivas influências e acabou adquirindo gosto próprio, criando afinidade pelo Hard Rock e Heavy Metal. Louca e incondicionalmente apaixonada por Bon Jovi, não está nem aí pras críticas insistentes dirigidas à banda. Deixando a emoção de lado e dando ouvidos à técnica e qualidade musical, tem por melhores bandas, nessa ordem, BlackSabbath, Led Zeppelin, Deep Purple, Metallica e Dream Theater. De resto, é apenas mais uma apreciadora do bom e velho Rock'n'roll.
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