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Yngwie Malmsteen: a pirataria matou a indústria musical

Por Fernando Portelada
Fonte: Blabbermouth
Postado em 11 de setembro de 2013

Justin R. Beckner do Classic Rock Revisited conduziu em setembro de 2013 uma entrevista com o lendário guitarrista Sueco Yngwie Malmsteen. Alguns trechos desta conversa estão disponíveis abaixo.

CRV: Você algumas vezes se pega pensando sobre o apelo comercial daquilo que você compõe?

Yngwie: "Eu o fiz em um ponto, quando isto de fato existia. O formato para Rádio não existe, os singles não existem, os selos de gravação não existem. As lojas de discos não existem. Toda estas coisas se foram."

CRV: Isto é bom ou ruim?

Yngwie: "Primeiramente, isto é meio bizarro. Especialmente para alguém como eu. Quando eu comecei, era praticamente um cara de carrão e um grande escritório dizendo: 'Vou te dar um contrato, garoto'. Você tinha suporte nas turnês, ônibus, pessoas para cuidar do A&R, tudo que você precisava. Eu fiz isso, mas tudo se foi agora. Pode ser para o melhor ou para o pior, porque você não tem reconhecimento pelos eu nome agora. Se você quiser começar agora, como você faz isso? Antigamente o DEF LEPPARD disse que se ele conseguisse colocar dois singles na MTV, eles sobreviveriam, e assim o fizeram. Isso aconteceu com várias bandas naquela época. Hoje nós temos o Youtube, mas há bilhões de vídeos e músicos por lá e se ninguém sabe o seu nome, ninguém vai te procurar. É um pouco estranho, mas neste sentido, a situação da indústria musical é realmente ruim para quem começa agora. A parte boa é que não há mais escravidão de certos formatos acontecendo, enquanto nos anos 1980, se você não seguia certo formato, eles não lhe davam uma hora no seu dia. Você tinha que se conformar pra conseguir uma chance para ter um contrato na gravadora. Isso acabou agora e é bizarro."

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CRV: A Internet mudou muito a indústria. A Pirataria teve um certo papel na mudança do jogo. Você acha que a pirataria pode ser benéfica para aquelas bandas que estão começando? Como isto lhe afeta?

Yngwie: "Como isto pode ser positivo? Se você vai em uma loja e vê um carro que você quer, você não pode simplesmente levá-lo embora. O custo, sangue, o suor e lágrimas que vão na música são a mesma coisa, eles não são de graça. Tente dizer ao engenheiro e ao produtor que eles tem que trabalhar de graça. É incrivelmente bizarro. É como entrar em uma loja e começar a pegar coisas da prateleira. Isto é roubo. A razão de porque não há bandas saindo hoje em dia é o dinheiro que não está mais lá, então o que aconteceu foi, no final das contas, que piratear música mata a indústria. A indústria musical morreu por causa da pirataria e agora todos estes fãs não tem mais música. Não é maravilhoso? É direta consequência disso."

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CRV? Eu acho, que com a pirataria, nós perdemos a arte dos álbuns, as notas de rodapé, esperar em filas para conseguir o próximo disco. Parece que havia esta aura de uma coisa incrível sempre que um disco ia ser lançado. Agora você só dá um clique. Um triste clique.

Yngwie: "Sim, este é outro aspecto com o qual eu concordo totalmente, mas eu acho que perdemos um pouco com o CD também. Eu acho que quando o LP se foi, foi aí que a arte se foi também. Você sabem, quando eu era um garoto, eu costumava gravar fitas cassetes para amigos. Então este compartilhamento de música está acontecendo há muito tempo, antes da Internet, ela só a acelerou."

CRV: Parece que por todos estes anos, você personificou uma espécie de ditador musical. A maioria das bandas falam sobre a glória da colaboração e todas estas grandes coisas que saem disso. Eu acho interessante que você se sinta diferente.

Yngwie: "É engraçado. Eu estava falando sobre isto com alguém outro dia. Sim, você tem Mick Jagger e Keith Richards e você tem o VAN HALEN, que escreveu tudo como um time, e isto é ótimo para eles, e eu adoro isso. Para mim, vejo que sou um artista. Um artiste. Quando você é um escritor, você escreve o livro inteiro. Quando você é um pintor, como Da Vinci, você não diz para alguém: 'Ei, venha me ajudar com minha pintura'. Há algumas razões pelas quais eu trabalho desta forma. A primeira delas é que sou cheio de criatividade, e eu não preciso de outras entradas. A outra é que eu me sinto muito forte para com meu trabalho, é como uma paixão criar algo. Isto vem com a realização completa daquilo que você ama ou que você odeie, mas é isto que vou fazer, não gosto de ter discussões sobre como deve ser feito. Sou muito sério e criativo. Eu não me comprometo, porque não colaboro. Eu tentei e odiei todas as vezes e nunca fiquei feliz com o resultado. Eu faço isto há muito tempo para mudar como faço as coisas agora. Não falo as coisas desta maneira porque sou um ditador egoísta. Pergunte a Rembrant se ele gostava que alguém chegasse e pintasse na sua pintura. Minha abordagem é exatamente esta."

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Sobre Fernando Portelada

25 anos, Blogger, Podcaster, Gamer, Leitor de Quadrinhos, Ouvinte de Rock, Jornalista, e chato acima de tudo. Ouviu Imaginations From The Other Side do Blind Guardian aos 13 anos, emprestado por um amigo de escola. Ainda é um de seus álbuns preferidos.
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