Nick Menza: não quer ser conhecido como ex-baterista do Megadeth
Por Alexandre Caetano
Fonte: Metal Babe Mayhem
Postado em 13 de janeiro de 2014
O blog Metal Babe Mayhem conduziu recentemente uma entrevista com o ex-baterista do MEGADETH, Nick Menza. Alguns trechos da conversa podem ser conferidos abaixo.
Metal Babe Mayhem: Fale sobre o "Megalife". Em que ponto você está no processo de seu primeiro livro?
Nick: Estou no processo de conseguir um acordo de publicação. É algo que eu vim me afastando nos últimos 13 anos. MEGADETH isso, MEGADETH aquilo... eu não quero ser o "baterista do MEGADETH" nunca mais. Eu ainda estaria na banda. Eu nunca teria saído. Fui demitido, obviamente. Dave [Mustaine, frontman do MEGADETH] meio que fez a coisa toda, como nuca vai haver uma reunião e essa merda toda. Não estou dizendo que nunca poderia haver uma reunião. Eu abri o jogo. Tem um capítulo sobre o MEGADETH, claro. Tem muita coisa sobre conspiração governamental, ocultamento de alienígenas... Muito sarcasmo. O livro é sobre mim, é sobre minha vida, minha "megavida" [megalife].
Metal Babe Mayhem: Qual é seu objetivo principal, depois que o livro for lançado?
Nick: Nenhum objetivo concreto... Só algo que meu amigo J. Marshall Craig me perguntou. Ele disse, 'Cara, vamos escrever um livro.' e eu, sobre o que? Sobre um monte de mentiras, drogas, e sexo na estrada? Ele disse 'Não, não, não. Sua vida, sua história... Pessoas querem ouvir sua versão da história.' Eu fiquei meio, isso é muito chato cara, muito chato para os outros.
Metal Babe Mayhem: Eu não penso assim. Eu estou interessada... Ouvi sobre o livro na Blabbermouth e fui ficando curiosa sobre ele.
Nick: Só tem a verdade lá e toda minha vida. Como eu disse, tem um capítulo sobre o MEGADETH. Sobre meu tempo com eles. Começa com meus dois anos de idade, quando me colocaram na bateria de alguém no Montreux Jazz Festival e eu toquei meu primeiro solo.
Metal Babe Mayhem: E na música, com o que mais você tem trabalhado?
Nick: Eu faço de tudo. Muita produção, engenheiro de som... Toco guitarra, baixo, teclado, canto... Faço praticamente tudo. Bateria, claro, é meu instrumento principal. O mercado da música está muito estranho agora, está bem difícil dizer 'Oh, eu sou músico e ganho a vida sendo músico.' Eu sempre digo que qualquer trabalho que você consiga no mundo da música e é pago para isso, vale ouro. Então eu faço muita música que eu odeio, por dinheiro, porque eu tenho que sustentar meus filhos. Tenho um garoto de treze e outro de sete anos. Eles são prioridade, tenho que sustentá-los, vesti-los e mantê-los saudáveis. Então eu faço todo tipo de coisa, do gospel ao hip-hop, do metal ao jazz, qualquer música que eu possa fazer. Não importa. Qualquer trabalho... eu vou aceitar, não me importo. Não sou do tipo 'Sr. Integridade', do tipo 'eu só toco metal'. Então é isso o que eu faço, eu gosto de fazer qualquer música, de verdade. Se for bom, eu vou levar o trabalho em frente.
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