Vulcano: "Não Se Cria Talento" - entrevista com Zhema Rodero
Por Carlos Garcia
Fonte: Road to Metal
Postado em 31 de agosto de 2014
Apontada como uma das primeiras banda de Metal Extremo da América Latina, o Vulcano não se prende ao passado, e nos últimos anos, além de estar numa excelente fase criativa, produzindo muitos trabalhos (2013 lançaram "The Man The Key The Beast", agora em 2014 "Wholly Wicked", mas não foi suficiente, pois ainda para este ano estão previstos mais dois lançamentos!!)e, como disse o guitarrista e fundador ZHEMA RODERO, "Éramos cinco jovens com muita vontade e pouco habilidade, hoje somos quatro senhores com a mesma vontade, porém com muita habilidade." E haja vontade! Um verdadeiro exemplo a muitas bandas novatas.
Em entrevista para o site Road to Metal, ZHEMA conta mais sobre os lançamentos, o início da banda, a tour pela América e suas opiniões a respeito da cena em geral, que, segundo ele, é só observar as bilheterias de shows nacionais e internacionais para ver o desgaste e falta de apoio.
Confira a seguir um pouco do que esta lenda do Metal nacional tem a dizer, e a entrevista na íntegra pode ser conferida no ROAD TO METAL neste link:
http://roadtometal.blogspot.com.br/2014/08/entrevista-vulcano-sem-se-prender-ao.html
Road to Metal: Claro que a essência continua, mas quais seriam as principais diferenças do Vulcano do início de carreira e o dos dias atuais?
Zhema: Éramos cinco jovens com muita vontade e pouco habilidade, hoje somos quatro senhores com a mesma vontade, porém com muita habilidade.
Road to Metal: A Vulcano é considerada por muitos como a primeira banda de Metal extremo do Brasil/América Latina por ter surgido bem no começo dos anos 80. O fato de ser pioneira num terreno em que o Brasil veio a se tornar uma das fortes referências mundiais (incluindo grupos como Sarcófago, Sepultura e Krisiun) é algo a que se orgulhar ou você pensa que as bandas que surgem hoje tem mais apoio?
Zhema: Claro! Temos esse sentimento de orgulho por sermos reconhecidos como uma referência. É certo que surgimos em uma época diferenciada onde quase tudo era novidade, e de certa forma isso contribuiu para nos posicionar entre os pioneiros. Atualmente existem outras condições que propiciam mais oportunidades à todos, porém essas oportunidades são as mesmas para todas as bandas, por isso eu acredito que não se pode viver do passado. Não renego o passado de maneira alguma, mas também não fico preso nele.
Road to Metal: Ainda quanto ao que citamos de algumas bandas seguirem tendências, abrindo mão de uma identidade, alguma vez houve pessoas que tentaram sugerir ou convencer vocês de adotar mudanças na sonoridade ou outros aspectos a fim de atingir outros mercados ou ser mais "vendável"?
Zhema: Não cara isso nunca aconteceu, mesmo porque o VULCANO sempre foi uma banda independente. Nunca tivemos uma gravadora, um empresário ou um contrato. Sempre fomos independentes, mesmo os álbuns lançados pela Rock Brigade, no início e Cogumelo em seguida, foram produções independentes licenciadas para essas empresas.
Essa coisa de preparar um banda para o sucesso é uma armadilha porque, ou você tem um talento e gosta do que faz ou você tem talento e não gosta do que faz ou você não tem nenhum e nem outro.
Não se cria talento e quem tem talento não precisa estar sob o comando de empresários ou produtores, etc. É muito mais fácil uma banda mediana, mas que realmente gosta da música que está fazendo, chegar a um relativo sucesso do que uma banda virtuosa "fake".
Road to Metal: Há dois novos lançamentos previstos para este ano: "Live II - Stockholm Stormed" e "The Awakening of an Ancient and Wicked Soul – A Trilogy". O que podemos esperar deles e o que você pode nos adiantar deles?
Zhema: O Live II contém o show inteiro na capital Suéca e mostra como soa o VULCANO no palco. Um álbum energético, rápido, bem gravado e dá seu recado para aqueles que ainda não puderam ver o VULCANO ao vivo. "The Awakening of an Ancient and Wicked Soul" é a trilha sonora de um livro. Na verdade são três textos interligados pelo mesmo assunto os quais foram musicados de acordo com suas propostas. Musicalmente falando, este EP tem arranjos diferenciados explorando intervalos de trítono tanto nos acordes como nas vozes dos instrumentos e mantendo-se na mesma linha do "Wholly Wicked", mesclado com sonoridades que me influenciaram como guitarrista.
Road to Metal: Considerando a experiência que a banda possui o que pode dizer que é necessário para um grupo de Thrash/Death Metal conseguir um lugar ao sol neste período em que há maior difusão da música via internet (bandas que mal lançaram EP podem ser ouvidas em todo o mundo)?
Zhema: Shows, shows e shows!! Tem que tocar ao vivo para mais pessoas que puder, porque é lá, em cima do palco, que você poderá mostrar sua verdadeira música e empolgar a plateia, as pessoas que futuramente virão a se tornar seus fãs.
Entrevista completa:
http://roadtometal.blogspot.com.br/2014/08/entrevista-vulcano-sem-se-prender-ao.html
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