Paulo Ricardo: o rock não é "morrível", mas pode ser horrível
Por Bruce William
Fonte: GShow
Postado em 17 de maio de 2015
Confira abaixo trechos de entrevista com Paulo Ricardo, tendo como tema sua atuação como jurado no programa Superstar da TV Globo, em matéria de Bruno Levinson para o GShow:
Qual foi seu primeiro sentimento quando foi convidado para ser técnico do SuperStar? Bateu algum incômodo por ter que julgar artistas? E agora com o programa no ar, está gostando da sua função?
Os realities de música são um fenômeno no mundo inteiro e, assim como somos todos técnicos da seleção brasileira, temos todos fortes convicções sobre quem deveria vencer essas competições. Como trabalhei como crítico de rock por quatro anos antes do RPM, recebi o convite do Boninho com muita tranquilidade. Acho o termo "julgar" um pouco pesado. Estamos ali pra avaliar e ajudar as bandas a melhorar. Estou adorando.
Uma discussão frequente entre quem comenta o SuperStar é sobre a questão música autoral X versão. O que você tem a dizer sobre isto? O que fez você, com o RPM, gravar "Flores Astrais" (Secos e Molhados) e "London, London" (Caetano)?
O show business poderia se chamar song business. Tudo gira em torno da grande canção. É sempre uma sensação muito boa ouvir uma nova grande canção. Se o intérprete também compõe, é ótimo. Mas este é um conceito que vem dos anos 60 pra cá, o do "cantautor". Antigamente os compositores compunham e os cantores cantavam. Um artista não precisa compor para ser um SuperStar. Vou te dar alguns exemplos de megastars que nunca compuseram nada: Frank Sinatra, Elvis Presley, João Gilberto, Maria Bethânia. Sacou? A coisa não é tão cartesiana quanto parece. Tanto que, até hoje, tem muita gente que jura que "Flores Astrais" e " London, London" são do RPM. Às vezes, ter um estilo próprio é mais importante do que compor. Se já existe uma canção que diz o que você quer dizer, por que não cantá-la em vez de tentar escrever uma versão medíocre da mesma coisa?
Outra discussão frequente é sobre a "morte do rock". O rock é "morrível"?
Pedras não morrem (risos), mas criam limo. O rock não é "morrível", mas pode ser horrível. E não só isso. Pretensioso, equivocado, um copy/paste. E o pior, irrelevante. O rock tem que ter sangue, suor e lágrimas. Tem que ter urgência, verdade, atitude. O rock não pode ser um produtinho bem embalado. Isso é ainda pior que a morte. O rock não é um fenômeno isolado, ele é parte de um contexto. E fico feliz por participar de um programa que está ajudando a criar esse contexto.
Leia o texto completo no link a seguir:
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Regis Tadeu indica disco "perfeito" para uma road trip: "Todo mundo detesta, mas é bom"
Os 11 melhores álbuns de rock progressivo conceituais da história, segundo a Loudwire
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O melhor disco de Raul Seixas, apurado de acordo com votação popular
Quando David Gilmour salvou um show do Jimi Hendrix; "eles estavam muito nervosos"
O guitarrista que Jimmy Page admitiu estar fora de seu alcance: "Não consigo tocar"
Irmãos Cavalera não querem participar de último show do Sepultura, segundo Andreas Kisser
A obra-prima do Dream Theater que mescla influências de Radiohead a Pantera
O maior compositor do rock'n'roll de todos os tempos, segundo Paul Simon
O álbum do Almah que ambição era bater de frente com Angra, segundo produtor
Monsters of Rock confirma as 7 atrações da edição de 2026 do festival
Após negócio de 600 milhões, Slipknot adia álbum experimental prometido para esse ano
Robert Plant acrescenta o Rio de Janeiro à turnê brasileira em 2026
O único "filme de rock realmente bom" da história, segundo Jack Black
Fender lança linha de instrumentos em comemoração aos 50 anos do Iron Maiden
A música do Within Temptation que desbancou ninguém menos que Britney Spears
Lobão: show mais curto da história do Rock não pertence a ele
Andreas Kisser diz que Sepultura se dividiu porque faltou "falar na cara e sair na porrada"


Paulo Ricardo reflete sobre drogas: "Como você conversaria com seus filhos sobre?"
Regis Tadeu cria polêmica ao dizer que "Rádio Pirata", do RPM, não é 100% ao vivo
O dia que Paulo Ricardo entrevistou o Iron Maiden no "The Number of the Beast"
A banda de rock que estourou e fez Fagner sair de gravadora por ter menos atenção



