"Todo mundo acha que pode meter o bedelho no nosso trabalho", diz Andreas Kisser
Por Fernanda Guarda Ribeiro
Postado em 13 de setembro de 2015
Comemorando 30 anos de carreira, a banda Sepultura esteve no estúdio do Pânico, da Jovem Pan, nesta quinta, 10/09. "Qual o segredo do sucesso durante tanto tempo", perguntou Emilio Surita? Andreas Kisser comentou das dificuldade que a banda passou, com saída de integrantes em tempos diferentes, e opinou: "Acho que é o amor, o amor que faz."
Influência externa é algo que já atrapalhou muito a banda, de acordo com o guitarrista. "Toda banda tem sua Yoko Ono, algumas bandas tem várias (risos). Todo mundo acha que pode meter o bedelho no nosso trabalho, como se soubesse o caminho do sucesso, do pote de outro. Mas já nos acostumamos com isso. Acho que o mais difícil é equilibrar a influencia externa."
Documentário não terá muito espaço para ex integrantes
Os fãs do Sepultura têm muito para comemorar. A banda revelou no Pânico que um documentário da carreira vem aí e faltam ainda só algumas entrevistas para ser finalizado. Mas Andreas já garantiu que não quer nada nostálgico no documentário, falando de ex integrantes do Sepultura, por exemplo. "Vai ter dois minutos de aparição dos irmãos Cavalera então?" perguntou Emilio. "É, mais ou menos isso!", respondeu Andreas.
Preconceito com o heavy metal
Andreas disse no Pânico que o heavy metal sofre ainda muito preconceito, por falarem que nos shows há briga e violência. "Mas não tem isso. Não tem briga por um cara chegar na mulher do outro, por exemplo. O cara leva o filho, o neto. O barato é estar ali todo mundo junto ouvindo o Bruce Dickinson e cantar '666 The Number of The Beast'!"
"Mas tem beijo na boca, namoro, pegação, nos shows?", questionou Erick Ricarte. Eloy Casagrande brincou: "Até rola, tem que dar uma cavucada, mas, você acha algumas (meninas) lá!"
Elogiado por Christian Pior, o baterista do Sepultura, que tem apenas 24 anos, contou no Pânico como foi para ele ser chamado para tocar na banda. "Foi algo sobrenatural. Eu estava tentando fazendo faculdade, aí abandonei e decidi ir tocar mesmo", falou Eloy, que tinha 20 anos na época.
O vocalista Derrick Green revelou também durante o bate papo na Jovem Pan como foi o teste para ficar à frente do Sepultura. Ele, que não conhecia ainda o Brasil na época que participou da audição, resumiu que basicamente pediram para ele "fazer cara de mau e dar um grito". Mas Derrick mostrou no Pânico que também manda bem em outros estilos e deu uma palhinha cantando jazz/blues.
A galeria de fotos e entrevista completa do Sepultura no Pânico podem ser acessadas no site da Jovem Pan FM.
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