A-Ha: Um revival da "Beatlemania" em Curitiba
Por André Molina
Fonte: Blog SINNERS: Paraná Portal
Postado em 21 de outubro de 2015
A passagem da banda norueguesa A-ha por Curitiba lembrou um fenômeno social que já estava adormecido e que raramente faz parte da juventude na atualidade. Algo como a "Beatlemania", que surgiu na década de 60 e causava delírio e excitação entre adolescentes. O fenômeno se estendeu para grupos e bandas de gerações posteriores, como o Menudo na América do Sul e o RPM no Brasil na década de 80.
Só que no caso do A-ha, a euforia ainda acontece com pessoas na faixa etária entre 35 e 50 anos, aproximadamente. Foi o que pôde ser visto no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, no último dia 15 de outubro. Dezenas de fãs se aglomeravam no portão de desembarque para ver os três membros da banda norueguesa. Uma garota com pouco mais de 30 anos de idade afirmou que estava no aeroporto desde a uma hora da manhã, sendo que o horário de pouso do grupo era às 14h16.
O mais impressionante é que o auge do A-ha, pelo menos no Brasil, foi em 1989, ano da primeira turnê do grupo no país. Após a apresentação no Rock in Rio II, de 1991, a popularidade da banda caiu. Há dois meses não se ouvia falar muito do A-ha. Após a apresentação da banda no Rock in Rio deste ano, houve um reaquecimento de sua carreira no país. Os seus CDs voltaram a vender e os shows da turnê brasileira apresentaram ingressos esgotados, como foi o caso de Curitiba.
Aliás, que mancada marcar o show dos noruegueses no Curitiba Master Hall. O local necessita de reformas, não tem sistema adequado de ventilação e ar condicionado, além de contar com duas vezes mais público do que o espaço da casa comporta. Os bombeiros deveriam dar uma passada por lá! E vale destacar que o preço do ingresso mais barato era bem salgado, quase R$ 250.
Não contaram com o poder de fogo da banda, que poderia facilmente ter se apresentado na Pedreira Paulo Leminski, que foi palco recentemente do grupo brasileiro Los Hermanos, que tem um público infinitamente menor e carreira expressiva em um limitado público universitário. Mas esta é outra história.
Em clima de sufoco, os três membros originais do A-ha deram alguns autógrafos, tiraram algumas fotos com os fãs e pelas 15 horas do dia do show conseguiram chegar ao hotel em que estariam hospedados.
No hotel o clima não era diferente. Fãs aglomerados aguardavam a chegada do A-ha, que com disposição atendia na medida do possível.
Sempre mais assediado e um pouco assustado, o vocalista Morten Harket atendia os admiradores que conseguia. O tecladista Magne demonstrou mais receptividade e também assinou diversos LPs da época, conservados pelos fãs. Já o guitarrista Pal Waaktaar expôs mais timidez e, após algumas fotos, entrou no hotel Four Points Sheraton, conhecido por abrigar famosas bandas na capital e contar com seguranças cascas grossas.
Até o início do show e a saída da banda de Curitiba no dia seguinte, o hotel manteve diversos fãs ansiosos na entrada.
Vale dizer que mesmo se assemelhando em alguns momentos com uma boy band adolescente, os integrantes do A-ha são músicos bem técnicos e hoje estão na faixa etária dos 50 anos.
Como já foi mencionada, a apresentação foi uma das poucas do segmento rock na capital que apresentaram esgotamento de ingressos. Infelizmente, a maioria dos fãs pouco viu devido ao excesso de gente que se aglomerava. Os hits oitentistas dominaram o repertório, como "Take On Me", "You Are The One", "Hunting High And Low", "Living The Daylights" (tema do filme do 007 de 1987), "Crying in The Rain", "The Sun Always Shines on TV", "I’ve Been Losing You", "Cry Wolf", "Scoundrel Days" e algumas canções de álbuns mais recentes como o novo "Cast in Steel".
Pouco mudou no show em relação ao que foi apresentado na última edição do Rock in Rio, que aconteceu no Brasil há poucos dias e saciou a espera de quase três décadas dos fãs curitibanos.
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