Metallica: James Hetfield comenta o uso de músicas da banda para tortura
Por Bruce William
Fonte: Metallica Remains
Postado em 04 de março de 2017
Segundo o The Guardian do Reino Unido, interrogadores americanos tentavam desorientar prisioneiros iraquianos usando músicas do Metallica e de outras bandas de rock como AC/DC, Rage Against The Machine e Nine Inch Nails, além de músicas menos agressivas e de certa forma surpreendentes como Britney Spears, David Gray, Eminem, Aerosmith, e até programas infantis como "Barney e seus amigos" e "Vila Sésamo".
O frontman do Metallica, James Hetfield, foi perguntado em uma entrevista recente para a revista Thrasher se ele se sente ofendido pelo uso da CIA de músicas do Metallica para torturar prisioneiros. "Ha! Nós temos torturado pessoas com isso há muito tempo. Há bem mais tempo que a CIA", disse ele.
Ele continuou: "Eu não tenho nada a dizer sobre isso, na verdade. Me sinto orgulhoso de que meu país está usando algo para ajudar a nos manter a salvo. Mas, assim que a música é lançada, eu não tenho controle sobre isso. Assim como alguém está dando-a de graça online. Eles estão usando-a para fazer o que quiserem."
"Há várias bandas covers de Metallica, há várias pessoas tocando 'Enter Sandman' ou 'Nothing Else Matters' em estilo gregoriano, em estilo bluegrass ou harpas célticas e, sabe - a música está por aí e é usada, então é isso."
Perguntado sobre o comentário de Kerry King de que a música do Slayer "teria sido mais assustadora e talvez mais efetiva" na tortura psicológica de prisioneiros de guerra, Hetfield disse: "Eu concordo. Não tenho dúvidas disso, mas existem coisas até mais assustadoras do que o Slayer. Existem coisas bem loucas e intensas por aí."
Os últimos comentários de Hetfield condizem com aqueles que ele fez em 2008, quando foi perguntado por uma rede de TV alemã como ele se sentia sobre a música da banda ser usada para torturar prisioneiros de Guantánamo, Cuba. Ele respondeu na época: "Parte de mim está orgulhoso de que eles escolheram o Metallica... E uma parte de mim está meio chateado com isso, de que as pessoas possam achar que estamos ligados a alguma coisa política por conta disso."
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