James Gunn: diretor venceu depressão graças a Queen, Sex Pistols e HQs
Por Igor Miranda
Fonte: Ei Nerd
Postado em 09 de maio de 2017
A depressão ainda não é vista com a sua devida gravidade por boa parte da sociedade. Trata-se de um distúrbio sério, com implicações distintas na rotina de quem sofre deste mal. Ainda que negligenciada por muitos, a doença pode levar à morte.
O diretor de cinema James Gunn, que trabalhou nos filmes Guardiões da Galáxia 1 e 2, foi uma das vítimas da depressão. E, em uma recente publicação feita nas redes sociais, Gunn resolveu falar sobre o período em que sofreu com o distúrbio.
Inicialmente, James Gunn disse que passou os últimos dois anos e meio trabalhando em Guardiões da Galáxia Vol. 2 e comemorou o sucesso do filme, que foi lançado no fim do último mês. Embora tenha dito que se distrai com os números que representam esse êxito, Gunn afirmou que não é isso que importa. E relembrou os problemas que teve na juventude, quando sofreu de depressão e foi salvo pelo rock, pelos filmes e pelas histórias em quadrinhos.
"Na juventude, me sentia sozinho, às vezes com pensamentos suicidas. Não me sentia pertencente, tinha dificuldade para me conectar com as pessoas e, apesar de ter amor ao meu lado, tinha uma experiência ruim com ele. Mas encontrei meu refúgio no entretenimento popular - quadrinhos da Marvel, ficção científica e filmes de horror, a música do Sex Pistols, The Replacements e Queen", disse o diretor.
Ele continua: "De repente, pude ver além do subúrbio onde vivia e ir para um mundo mágico, mais alinhado com o que imaginava. Era a minha fantasia que me distraía das dificuldades da vida. Nos momentos mais fortes - talvez pelas palavras de Alice Cooper ou Freddie Mercury, filmes de Cronemberg ou pelo rosnado do Chewbacca, senti algo mais profundo - a realização de que não estava sozinho. Alguém por aí era tão estranho quanto eu".
O diretor diz que, enquanto a internet discute sobre faturamento de bilheteria, ele não trabalha por dinheiro. "Trabalho porque gosto de contar histórias. Porque amo a relação com meus colaboradores. E porque gosto de me conectar com as pessoas e essa é a forma mais fácil para mim. Faço isso para que algum garoto da Tailândia, Inglaterra, Colômbia, Brasil, Japão ou Rússia possa ouvir a frequência de seu próprio coração rebater nos Guardiões", afirmou.
Por fim, Gunn agradece pelo apoio dos fãs desde o início da produção de Guardiões da Galáxia Vol. 2. "Amo vocês e continuarei por aqui durante três anos, enquanto criamos o Vol. 3", concluiu.
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