Alice in Chains: "O grunge nunca existiu"
Por Brunelson T.
Fonte: Rock in The Head
Postado em 19 de maio de 2019
Lá em setembro de 2013, foi realizado o Rock in Rio Festival aqui no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. Dentre várias atrações musicais, a banda ALICE IN CHAINS estava voltando ao Brasil desde a sua aclamada e prestigiada apresentação 02 anos antes, no SWU Festival de 2011 na cidade de Paulínia/SP.
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O grupo estava em turnê divulgando o disco "The Devil Put Dinosaurs Here" (7º trabalho de estúdio, 2013).
No show do Rock in Rio, no bumbo da bateria estava escrito as iniciais de Layne Staley e Mike Starr em forma de homenagem (vocalista e baixista original do ALICE IN CHAINS, ambos falecidos).
Um dia antes da apresentação no Rock in Rio, o portal da Globo entrevistou o baterista do ALICE IN CHAINS, Sean Kinney.
Confira alguns trechos desta entrevista:
Jornalista: Vocês irão se apresentar no dia do heavy metal no Rock in Rio, junto com as bandas METALLICA e SEPULTURA, por exemplo. ALICE IN CHAINS é uma banda metal ou grunge?
Sean Kinney: O grunge nunca existiu, cara! Foi só uma palavra idiota que a mídia criou para tentar descrever o que acontecia em nossa cidade, Seattle. Musicalmente falando, a maioria das bandas que vieram de Seattle no começo dos anos 90 não se pareciam em nada umas com as outras, por isso que a mídia criou este rótulo para abraçar todas estas bandas. ALICE IN CHAINS surgiu antes do termo grunge ter sido criado.
Kinney: Antes de nos chamarem de grunge, a mídia e a crítica musical nos chamavam de rock alternativo, depois nos chamavam de metal alternativo e depois somente de metal, para só depois, quando o termo grunge foi criado, começaram a nos chamar e nos chamam ainda de grunge.
Kinney: Todos estes rótulos são uma idiotice sem fim, cara, mas nós não dávamos a mínima, sabe? Porque a gente sabia que a banda era um grupo de rock n' roll e pronto! Então, foi criado este termo e todas as bandas de Seattle foram empurradas para isso. É engraçado para mim, porque o ALICE IN CHAINS surgiu antes dessa merda toda. Eu acho que a mídia ficou um pouco perdida diante da magnitude da cena musical que acontecia em Seattle no início dos anos 90, e além de nós estarmos fazendo sucesso, tinha ainda bandas como o PEARL JAM, NIRVANA, SOUNDGARDEN, MUDHONEY, SCREAMING TREES e mais umas dezenas de grupos que não chegaram a ser tão reconhecidos assim pela mídia na época.
Kinney: Daí, você imagina o motivo da mídia, dos veículos de comunicação e da crítica musical terem criado este rótulo, pois essas bandas que eu citei não se pareciam em nada entre elas musicalmente falando. ALICE IN CHAINS havia aparecido antes do grunge surgir e já tínhamos vendidos mais de 01 milhão de cópias só nos EUA do nosso 1º álbum de estúdio lá em 1990, "Facelift". E nós já estávamos na MTV, nas capas de revistas e tocando nas rádios. Nessa época, nem se falava do termo grunge ainda.
Kinney: Eu me lembro quando o ALICE IN CHAINS estava em turnê divulgando o disco "Facelift" pela Europa, em 1991, e já tinha em minhas mãos uma cópia do disco "Nevermind" (2º álbum do NIRVANA, 1991) antes dele ter sido lançado no mercado. Eu já gostava do NIRVANA antes de "Nevermind" e achava que aquelas músicas eram ótimas e que iriam detonar quando o álbum fosse lançado. Eu sabia que as pessoas também já estavam gostando do NIRVANA antes desse disco ter sido lançado, mas eu não fazia a mínima ideia de que o NIRVANA iria se tornar na febre que se tornou. A partir do lançamento deste álbum, aí sim é que o termo grunge foi criado e alimentado pela mídia.
Kinney: Mas quer saber? Nós somos uma banda de rock e ponto final. Nós temos algumas influências do heavy metal, mas não quer dizer que somos uma banda de metal no estilo tradicional. E também não haveria dia melhor para nós tocarmos no Rock in Rio que não fosse nesse dia, porque iremos nos apresentar no mesmo dia em que os nossos amigos do METALLICA e do SEPULTURA irão tocar também.
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