Evanescence: Amy Lee revela que pensou em encerrar banda e por que novo álbum demorou
Por Igor Miranda
Postado em 10 de setembro de 2020
O Evanescence vai lançar, ainda neste ano, seu novo álbum de estúdio, "The Bitter Truth". O registro dará sequência ao disco autointitulado, de 2011, apesar de um trabalho de regravações, "Synthesis", ter saído em 2017.
Por que levou quase uma década para o Evanescence lançar um novo álbum de músicas inéditas? A vocalista Amy Lee falou sobre o assunto em entrevista à rádio WRIF, com transcrição do Ultimate Guitar.
"Foram várias razões. Gosto de ter uma mente aberta sobre o que eu posso ser o que posso fazer na vida. Amo a música que fiz com essa banda e há momentos em que estou mais empolgada com isso, assim como há momentos em que me empolgo mais com outras coisas", afirmou, inicialmente.
A cantora destacou que há situações em que é necessário se afastar do Evanescence. "É uma saturação total. O jeito que nossos ciclos sempre acontecem... isso começou a mudar só agora. Achamos um jeito de romper isso. Entre compor músicas e tudo que está no entorno disso, fazer turnês e todas as coisas incríveis que ocorrem com isso, lançar um álbum, divulgar esse álbum... no fim, estou sempre pensando em desistir e acabar com a banda", disse.
Os pensamentos em encerrar com o Evanescence sempre chegam em meio à estafa causada pelo ciclo de cada disco. "Quase todas as vezes, fico pensando: 'não sei se consigo fazer isso de novo'. É tudo incrível, amo demais fazer isso, mas não sei se consigo passar por esse tipo de situação de novo", afirmou.
O que motivou Amy Lee a continuar foi um conjunto de mudanças operacionais dentro do Evanescence. "Nossos representantes em todos os níveis cresceram e mudaram. Somos apoiados por um time incrível que acredita em nós. Não se parece mais com a guerra que existia antigamente quando íamos criar um novo álbum", disse.
A demora de quase uma década para lançar um disco de inéditas tem a ver não só com isso, mas, também, com o momento que Amy Lee vive de forma particular. "Isso aconteceu porque quis seguir por caminhos criativos diferentes. Além disso, tive meu filho, Jack, e fiz algumas trilhas sonoras. Pensei que se eu fosse mãe, não iria querer mais trabalhar - como se fosse focar apenas em ser mãe. Porém, isso me deu ainda mais perspectivas", afirmou.
O hiato criativo do Evanescence, com tudo isso acontecendo no entorno, foi revertido em, justamente, criatividade. "Você tem uma perspectiva diferente da vida e como pessoa criativa, você pensa em coisas diferentes que quer fazer, pois sua mente funciona diferente agora. Fiz um álbum infantil com minha família, fiz trilhas e algumas coisas solo. Achei outras formas de ser criativa", disse.
Ela completa destacando que a entrada da guitarrista Jen Majura trouxe uma injeção de ânimo ao Evanescence. "Jen foi uma incrível adição à nossa banda. Voltamos a fazer turnês e curtimos fazer isso. Foi o primeiro passo para voltar. Fizemos 'Synthesis', com orquestra e coisas eletrônicas, e isso levou nossa música para um lugar diferente, foi desafiador. Foi aí que vimos que estávamos prontos para compor. Foi natural", afirmou.
Por fim, Amy pontua que não sabe quanto "fogo" ainda tem dentro de si para continuar com o Evanescence, mas que está empolgada com o momento atual. "Isso veio em um momento onde eu precisava muito disso. Muitos sentimentos que eu coloco na música da banda são sobre lutas, passar por algo difícil. Estamos em um período onde sinto isso e sei que muita gente, no mundo todo, também sente isso. Então, sinto que estou onde deveria estar", concluiu.
Assista à entrevista no player de vídeo a seguir, em inglês e sem legendas.
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