Fleetwood Mac: do blues ao pop, por que o som deles mudou tanto nos anos 70
Por Igor Miranda
Postado em 29 de outubro de 2020
O Fleetwood Mac nasceu como uma banda de blues, na veia britânica, no fim da década de 1960. De início, o projeto era liderado artisticamente pelo guitarrista Peter Green. Em meados de 1974, com as entradas de Stevie Nicks, Christine McVie e Lindsey Buckingham, a sonoridade do grupo mudou bastante, passando a adotar forte influência do pop.
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Não dá para negar que essa mudança fez com que o Fleetwood Mac se tornasse uma potência em popularidade. O álbum "Rumours", de 1977, é um dos mais vendidos da história da música. Outros discos, como "Tusk" (1979), "Mirage" (1982) e "Tango in the Night" (1987), também registraram boas vendas.
Entretanto, toda alteração em sonoridade causa estranheza. Até hoje, há fãs que lamentam a transição do Fleetwood Mac, ainda que tenha sido a responsável por dar fama à banda.
Em entrevista a Kyle Meredith, com transcrição do Ultimate Guitar, o baterista Mick Fleetwood, que está na banda desde o início, foi perguntado sobre essa mudança no som. Ele revelou que não enxerga como uma alteração tão drástica e discorda de quem descreve o caso como o de "duas bandas diferentes".
"Não vejo como duas bandas diferentes. [...] Se você pegar a banda original e as pessoas na Europa, especialmente na Inglaterra... nós meio que desaparecemos naquela época. Fomos para a América e voltamos um tempo depois com uma formação diferente", afirmou, mencionando indiretamente as entradas de Stevie Nicks e Lindsey Buckingham, que eram americanos.
Mick Fleetwood comentou que algumas dessas pessoas, especialmente na Inglaterra, podem ter se impressionado e pensado que era uma banda diferente. "Entretanto, para mim, John (McVie, baixista) e Christine (McVie, vocalista e tecladista), apenas mudamos nosso caminho sem percebermos que estávamos mudando desse tanto. Estávamos apenas seguindo em frente meio que secretamente em um país diferente", disse.
O baterista entende que muitos fãs entendem que há uma banda diferente entre "Blues Jam in Chicago" (1969) e "Rumours" (1977), por exemplo. Por outro lado, ele aponta: "Felizmente, John e eu, tendo tocado em tudo isso - e, claro, além dos outros músicos ao longo dos anos de mudança -, vemos como uma grande história com vários capítulos", afirmou.
A confusão ocorre, na visão de Mick Fleetwood, porque muitos fãs não puderam acompanhar de perto toda essa evolução do Fleetwood Mac, tendo em vista o período em que ficaram afastados, em especial, da Inglaterra. "Algumas pessoas veem que há muita continuidade para uma história estranha e bem interessante. Quem se lembra dos tempos de Peter Green e pega diretamente no 'Rumours', pode entender, sim, como uma banda diferente. Concordo com isso", concluiu.
A entrevista pode ser conferida na íntegra, em inglês e sem legendas, no player de vídeo a seguir.
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