Roger Waters: músico envia mensagem ao Chile horas antes de plebiscito
Por Igor Miranda
Postado em 25 de outubro de 2020
O músico Roger Waters, ex-Pink Floyd, publicou um vídeo nas redes sociais com uma mensagem aos fãs do Chile. O país terá, neste domingo (25), um plebiscito onde será decidido se a Constituição, feita ainda durante o regime ditatorial de Augusto Pinochet (entre 1973 e 1990) será alterada ou mantida.
No vídeo, Waters incentiva o público chileno a exercer seu direito de voto em meio à proposta de mudança da Constituição do país. Na legenda, ele adianta o assunto: "Uma mensagem de Roger ao povo do Chile na véspera da importante ocasião de um Referendo Nacional para substituir a antiga Constituição, que foi imposta pelo ditador Pinochet, por uma nova Constituição aprovada pelo povo".
Embora inicie o vídeo dizendo que não sabe falar espanhol, Roger Waters passa toda a mensagem no idioma em questão. "Votem todos neste domingo. Aprovo a convenção constitucional. Todos merecemos o direito de viver em paz. Amo vocês, estou com vocês, vote, vote, vote", declarou.
A nova Constituição no Chile
Desde outubro de 2019, diversas alas da população do Chile protestam por uma nova Constituição. No fim do ano passado, essas manifestações atingiram seu ápice.
De acordo com a Agência Brasil, "a reforma da Carta Magna chilena é uma das principais reivindicações dos manifestantes que fazem protestos desde outubro do ano passado reivindicando um sistema mais inclusivo e que garanta melhores condições de vida".
O veículo oficial do governo brasileiro aponta, ainda, que "os movimentos sociais veem essa possível reforma como uma oportunidade para realizar a primeira Assembleia Constituinte na história do país. Nenhuma das dez constituições chilenas até hoje foi redigida por meio de um processo democrático".
O debate político relacionado à nova Constituição traz opiniões divididas. Os grupos políticos se dividiram entre os movimentos "Aprovo", formados por representantes da esquerda que reforçam a necessidade de uma nova Carta Magna, e do "Rejeito", com membros de partidos conservadores atualmente no poder que sugerem apenas introduzir mudanças no texto básico, sem uma nova Constituição. Uma reportagem da agência France Presse explica melhor a situação.
O plebiscito estava marcado para acontecer em março deste ano, porém, com a pandemia do novo coronavírus, a votação foi adiada para este domingo (25).
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