Lynyrd Skynyrd: atual formação suga fãs e explora Gary Rossington, diz ex-baterista
Por Igor Miranda
Postado em 15 de outubro de 2020
O baterista Artimus Pyle disparou contra sua antiga banda, o Lynyrd Skynyrd, em entrevista a Eddie Trunk transcrita pelo Ultimate Guitar. O músico fez parte do grupo de 1975 a 1977, quando o grupo acabou após o acidente de avião. Ele participou da reunião em 1987, mas saiu em 1991.
Recentemente, Pyle produziu um filme cinebiográfico sobre o Lynyrd Skynyrd intitulado "Street Survivors: The True Story of the Lynyrd Skynyrd Plane Crash". O longa foi disponibilizado sem o apoio da banda, que tentou barrar o lançamento, mas não conseguiu.
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Durante a entrevista, o baterista garantiu que "tem 72 anos, mas toca como se tivesse 30" e que sua banda "toca músicas do Lynyrd Skynyrd melhor do que qualquer outra no mundo". "Dito isso, senti que a história deveria ser contada aos fãs (no filme), então, fizemos isso", disse.
Em seguida, ele foi perguntado sobre o motivo pelo qual os representantes atuais do Lynyrd Skynyrd tentaram impedir o lançamento do filme. "Judy Van Zant (viúva de Ronnie Van Zant, vocalista morto no acidente de avião em 1977) não queria que a verdade fosse divulgada. A verdade é que Ronnie iria divorciar-se dela. Os papéis do divórcio estavam na pasta do nosso road manager quando o avião caiu", afirmou.
De acordo com Artimus Pyle, Judy Van Zant teria se aproveitado da "sorte" ao ficar com o dinheiro relacionado à banda e ao vocalista para "facilitar o poder, a ganância e o controle". O baterista disse que o guitarrista Gary Rossington, único membro das formações clássicas do Lynyrd Skynyrd que segue no grupo, é explorado pelos empresários, que também visam sugar o dinheiro dos fãs.
"Gary Rossington está cercado de pessoas sinistras, meio que enfia a cabeça na areia. Amo Gary, mas ele é muito fraco nesse sentido. Está cercado por pessoas que só se preocupam com ele por causa do dinheiro que ele gera. Saí da banda por conta da ganância e dessas práticas antiéticas de negócios", disse.
Em seguida, ele completou: "Nunca fugi de falar sobre isso. Fui o baterista do real Lynyrd Skynyrd, não dessa banda de mentira que está sugando os fãs e tocando o mínimo que podem, para pegar o dinheiro e fugir. Minha banda toca pela música. Claro, gosto de ser pago, mas não enganamos os fãs com essas turnês de despedida infinitas".
O baterista destacou que a pandemia do novo coronavírus trouxe "algo positivo" relacionado ao Lynyrd Skynyrd. "A pandemia é horrível, matou milhares de pessoas, mas a única coisa positiva que vejo nisso é que Gary Rossington teve a chance de ir para casa e descansar sem sentir culpa, pois não está aí gerando grana para esse Lynyrd Skynyrd falso. Sempre que Gary tinha um ataque cardíaco nos últimos anos, eles o tiravam de cena por apenas duas semanas, quando todo médico recomendaria de 6 meses a um ano fora da estrada", afirmou.
Por fim, Artimus Pyle voltou a atacar Judy Van Zant. "Gary pôde descansar sem sentir culpa, ele é um soldado, mas não queriam que eu lançasse o filme pois não estavam no controle. Judy quer toda a grana, toda a palavra, e eu me cansei de esperar que a história fosse contada. Há vários bons documentários e nosso filme com a Cleopatra Films traz um trabalho incrível. Várias empresas teriam desistido quando Judy colocasse advogados caríssimos no caso, mas a Cleopatra se manteve firme", concluiu.
A entrevista de Artimus Pyle pode ser ouvida no podcast de Eddie Trunk, em inglês e sem legendas.
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