Tarja Turunen: a mensagem dela ao chamar Carlinhos Brown para tocar em seu álbum
Por Igor Miranda
Postado em 16 de dezembro de 2020
A cantora Tarja Turunen refletiu sobre manter a mente aberta para outros estilos musicais em entrevista ao jornalista Marcelo Vieira. Em seu álbum de estúdio mais recente, "In the Raw" (2019), ela trouxe o brasileiro Carlinhos Brown para participar da música "Spirit of the Sea".
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O entrevistador mencionou: "Não sei se você sabe, mas 20 anos atrás, Carlinhos protagonizou uma cena lamentável no palco principal do Rock in Rio. O Guns N' Roses era o headliner e Carlinhos, uma das atrações de abertura. O público do Guns não poupou nas garrafadas, mas ele foi valente e levou o show até o fim. Quando você convida um cara como o Carlinhos, de um estilo diferente, você indiretamente diz que o público do rock e do metal precisa ser mais mente aberta?"
Tarja, após respirar fundo, respondeu: "Sempre me dou como exemplo. Eu era uma estudante de música clássica que se tornou cantora de heavy metal. Isso foi totalmente fora do planejado, mas eu encarei o desafio no exato momento em que vi beleza naquela música. Senti que era capaz de fazer, fui lá e fiz. E amei! Acho que ser mente aberta é isso: assumir o risco, pagar para ver".
A artista reforçou que poderia ter se tornado uma cantora de ópera caso deixasse passar a oportunidade de trabalhar com heavy metal. "Talvez até fosse feliz como cantora de ópera, mas não tanto quanto sou por ter enveredado pelo heavy metal, o gênero que me permitiu abrir as asas, compor minhas próprias músicas e contar minha história pelo mundo. Sempre encorajarei as pessoas a abrir a mente, pois há muita música boa por aí", disse.
Em seguida, Tarja garantiu ter certeza de que seus fãs "são os mais mente aberta", já que ela sempre os desafia em termos artísticos. "Minha música não é a mais acessível, mas é muito versátil; tão diversificada quanto os CDs que mostrei há pouco para você (a coleção vai de Alice in Chains a Lady Gaga). Muitas vezes sou a única mulher num festival dominado por artistas homens. O respeito sempre prevaleceu, mas é uma responsabilidade e tanto. Nunca se pode agradar a todos. A vida é assim", apontou.
A ex-vocalista do Nightwish foi perguntada, então, se há algum estilo musical pelo qual ela gostaria de passear. "Acho que já fiz de tudo um pouco. Bem, tenho um projeto de música eletrônica em andamento; o mundo terá uma amostra no ano que vem. Chama-se Outlanders. É música eletrônica com a minha voz, violões e guitarras. [...] vários guitarristas famosos fazem parte desse projeto que verá a luz do dia em pouco tempo. É um projeto fantástico, completamente diferente de tudo que fiz até hoje. E é um projeto com o qual eu gostaria de cair na estrada, porque a música é pura alegria", concluiu.
A entrevista pode ser lida, na íntegra, no site de Marcelo Vieira.
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