David Ellefson: a diferença de trabalhar com Max Cavalera e Dave Mustaine, segundo ele
Por Igor Miranda
Postado em 22 de fevereiro de 2021
Enquanto esteve fora do Megadeth, entre 2002 e 2010, o baixista David Ellefson se envolveu em uma série de trabalhos diferentes. Um deles foi o Soulfly, banda liderada pelo brasileiro Max Cavalera (ex-Sepultura), até mesmo tocando em algumas músicas do álbum "Prophecy", lançado em 2004.
Em entrevista à Guitar World, Ellefson se recordou do envolvimento com o Soulfly. O músico também fez uma comparação entre os métodos de trabalho de Max Cavalera e de Dave Mustaine, o líder do Megadeth.
Inicialmente, o baixista comentou que estava gravando com um projeto chamado F5 e atuando com a empresa de amplificadores Peavey quando recebeu um convite de Gloria Cavalera, esposa e empresária de Max. "Recebi uma ligação de Gloria Cavalera dizendo que o Soulfly queria que eu tocasse baixo em metade das músicas de seu novo álbum, 'Prophecy'. A outra metade seria tocada pelo baixista deles, Bobby Burns", disse.
Em seguida, David Ellefson destacou que "conhecia Gloria e Max um pouco" e que já havia escutado algumas músicas do Soulfly. "Fui ao estúdio de ensaio deles e fizemos uma jam", afirmou.
O baixista, então, sentiu a diferença entre trabalhar com Max Cavalera e Dave Mustaine. "Foi ótimo que Max estava tão tranquilo com relação às minhas partes de baixo. Eu perguntei o que ele queria que eu tocasse e ele respondeu: 'ei, você é David Ellefson, faça o que achar que é certo'", pontuou.
Para ele, o processo foi "muito casual". "Na verdade, foi o oposto do que eu estava acostumado com o Megadeth, onde todas as notas que eu tocava eram repletas de nuances e alinhadas umas com as outras", disse.
Além das gravações de "Prophecy", David Ellefson trabalhou com o Soulfly em algumas semanas de turnê e nas gravações de um videoclipe, para a faixa-título do álbum. "Gravamos o clipe no deserto de Utah. Foi um grande prazer trabalhar com eles naquele álbum", declarou.
Por fim, Ellefson refletiu: "Em toda aquela década, trabalhei com músicos jovens que usavam essas afinações malucas, que eram completamente diferentes da afinação tradicional em Mi (E) que usávamos no Megadeth. Todas essas experiências abriram meus olhos para formas diferentes de se fazer música".
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