Motorhead: Mikkey Dee rejeitou a banda, até que caiu a ficha que ele era "do Metal"
Por Bruce William
Postado em 15 de fevereiro de 2021
Mikkey Dee esteve no podcast Drum for the Song, apresentado por Dan, filho do guitarrista Phil Campbell, onde relembrou sua passagem pelo Motorhead entre 1992 e 2015, revelando que demorou um tempo para aceitar o convite para tocar na banda, até que chegou um dia em que finalmente tudo deu certo.
"Bem, venho de uma família com um certo histórico na bateria. Meu tio e dois primos tocavam, não havia nenhum guitarrista na família - graças a Deus, todos éramos bateristas. Então, claro, fui inspirado por eles. Meu tio tocava numa banda meio de jazz e meus primos faziam rock, eles foram minha primeira inspiração. Aos sete anos conheci Deep Purple - 1971 - e queria tocar aquilo, mas no começo era apenas um hobby, pretendia ser atleta. Mas houve um ponto onde comecei a tocar e aqui estou".
Ele continua: "Muitos vão dizer 'Oh, você tocou em tantas bandas'. Mas na verdade não foram tantas assim. Houve uma banda sueca com quem tocava duas ou três vezes na semana em lugares pequenos, dali fui pra Copenhagen onde entrei numa banda chamada Geisha. Foi ali que conheci King Diamond e vim com ele para os EUA".
Mikkey esteve na banda de King Diamond entre 1985 e 1988. "Foi através dele que conheci seu pai (Phil Campbell) e os caras do Motorhead - foi em 1986, acho. Mas o Lemmy eu já havia conhecido antes. Excursionamos juntos entre 1987 e 1987 pela Europa e foi a primeira vez que me ofereceram a vaga no Motorhead. Lemmy me perguntou se eu topava entrar na banda pois estavam tendo problemas com o Philty (Phil Taylor). Mas eu recusei. E ainda bem, pois eu ainda não tinha noção de onde estaria me metendo. Ainda precisava me aprimorar mais, e estava muito bem no King Diamond, eu tinha uma posição muito importante na banda. Quando se é um jovem baterista você precisa tocar muito, pretender ser o rockstar na bateria e aprender todas as manhas técnicas. Então ali era o lugar perfeito pra mim na época".
Mikkey conta depois que eventualmente deixou King Diamond e se juntou ao Dokken, o que foi muito bom para ele pois até então, como baterista, ele estava numa vibe pesada e cansativa: "Eu não conseguia apenas sentar, tocar e curtir, ficava preocupado com toda a técnica da coisa, e aquilo estava me estressando. Quando me juntei a Don (Dokken), passei a tocar o tipo de música perfeito para que eu relaxasse - coisa simples, rock'n'roll californiano, muitas vezes beirando a música pop".
"Foi ali que recusei novamente o convite de Lemmy", revela Mikkey. "Ele me ligou poucas semanas antes de começarmos uma turnê de doze meses, e eu disse pra ele 'Lem, não posso deixar os caras agora'. Fiquei um ano tocando com Don e foi maravilhoso, uma grande escola pra mim. Éramos grandes amigos e nos divertíamos muito, até que mais tarde eu senti que pertencia mesmo ao Heavy e o Motorhead era absolutamente perfeito. E ficamos juntos muitos anos, foi muito divertido, o ponto alto da minha vida, na verdade. Tudo que aconteceu durante este tempo - minha família, os garotos nasceram, tivemos muitos momentos divertidos, Phil, eu, Lemmy e o Wurzel lá no começo".
Por fim, Mikkey comenta o momento atual em que vive: "Quando Lem partiu há cinco anos, tive sorte de receber uma ligação do Scorpions e ter sido convidado a me juntar a esta outra fantástica e clássica banda onde sinto que posso fazer a diferença. Esses caras são fabulosos no palco. Rudolf (Schenker) e Klaus (Meine) têm 72 anos e mandam ver como se tivessem 35-40 anos de idade. E Matthias (Jabs) tem 65 mas parece um jovem. É fantástico, sinto que me encaixo nisso tudo e posso ser um diferencial na banda".
FONTE: Ultimate Guitar
https://www.ultimate-guitar.com/news/general_music_news/drummer_mikkey_dee_explains_why_he_refused_to_join_motorhead_at_first_i_actually_turned_lemmy_down_twice.html
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