Crypta: vocalista apoia colombianos "sigam lutando contra violência policial e militar!"
Por Emanuel Seagal
Postado em 08 de maio de 2021
Fernanda Lira (ex-NERVOSA), vocalista e guitarrista da banda de death metal CRYPTA, postou uma mensagem de solidariedade aos fãs colombianos.
"A Colômbia foi o primeiro país fora do Brasil que toquei, ou seja, foi o primeiro país estrangeiro a abraçar minha carreira, e desde então sempre foram incríveis apoiando meu trabalho - é o país sul-americano que mais toquei fora de casa e que sempre me recebeu com muita paixão e carinho.
Por isso, não poderia deixar de registrar aqui minha solidariedade neste delicado momento que vocês estão passando, com a morte de protestantes desarmados e tudo mais.
Lamento muito a situação que vocês estão enfrentando agora! Continuem lutando pela igualdade social e contra a violência policial e militar! Que a situação melhore logo!
Amigos colombianos, deixem aqui nos comentários formas de ajudar! Seja para doar dinheiro para ONGs que estão cuidando das vítimas, enfim, qualquer coisa, para brasileiros que estão sensibilizados e queiram ajudar. Se cuidem, por favor."
Entenda o protesto na Colômbia
O governo colombiano propôs uma reforma tributária que pesaria mais sobre a classe média e baixa do país do que para os mais ricos, mediante ampliação da base tributária e cobrança de um tributo de 19% nos serviços públicos, com intuito de arrecadar 23,4 trilhões de pesos colombianos (R$33,2 bilhões) com a reforma, justificando que melhoraria as finanças do estado e garantindo a continuidade de programas sociais para os mais pobres. No domingo, dia 2 de maio, a proposta foi retirada devido a rejeição popular.
Sindicatos de trabalhadores organizaram protestos, alegando que o governo é antidemocrático e não dialogam com quem não concorda com suas políticas, algo que já havia ocorrido em 2019. Manifestações organizadas por estudantes ocorreram ainda antes das convocadas pelos sindicatos.
De acordo com o sindicato dos professores da Colômbia: "No momento temos 1.089 casos de violência policial, dentro dos quais conseguimos identificar pelo menos 124 feridos, 726 detenções arbitrárias, seis atos de violência sexual, 27 homicídios, 12 jovens perderam a visão e mais de 45 defensores dos direitos humanos tiveram sua capacidade de exercer esse trabalho limitada."
De acordo com o relato de um brasileiro, professor de português, identificado como S.C.P., em entrevista ao UOL na última quarta-feira: "As forças armadas estão nas ruas e estão atirando contra o povo. Todas as noites, desde a última quinta-feira, são de terror e muita angústia. A gente não sabe o que vai acontecer."
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