Quando Steve Vai ficou travado ao tentar tocar "Roots Bloody Roots", do Sepultura
Por Igor Miranda
Postado em 06 de julho de 2021
Ao longo dos anos, o Sepultura desenvolveu uma sonoridade bem peculiar. A banda passou a mesclar o peso típico do metal com elementos mais percussivos da música brasileira e de outras regiões do mundo, o que os diferenciou bastante de outras bandas da época.
Curiosamente, a pegada mais percussiva do som do Sepultura faz com que muitos músicos estrangeiros, especialmente da América do Norte e de regiões da Europa onde a abordagem é um pouco diferente, tenham dificuldade para tocar suas canções. Aconteceu até mesmo com o guitarrista Steve Vai, um dos maiores nomes de seu instrumento em todo o planeta.
A revelação sobre Vai foi feita por Eloy Casagrande, baterista do Sepultura, em entrevista ao Colisão Podcast transcrita pelo Whiplash.Net. A banda brasileira e o guitarrista americano tocaram juntos na edição 2015 do festival Rock in Rio Las Vegas - e, na ocasião, o virtuoso das seis cordas sofreu para aprender a tocar a música "Roots Bloody Roots".
O assunto veio à tona depois de Eloy Casagrande comentar que o Sepultura é uma banda feita para bateristas brasileiros. "O Andreas (Kisser, guitarrista) já falou, quando fiz o teste para entrar na banda: 'cara, baterista do Sepultura tem que ser brasileiro'. Já tentaram fazer com gringo (e não deu certo)", afirmou.
Uma exceção à regra é o Roy Mayorga, baterista do Stone Sour e Hellyeah que tocou de forma provisória no Sepultura em 2006. Vale destacar que Mayorga é americano, mas tem pais naturais de Cuba e do Equador.
"Tirando o Roy Mayorga, que é um p*ta de um baterista... se ele já não estivesse fechado com o Stone Sour, possivelmente, ele teria continuado com o Sepultura. Mas ele (Andreas) falou: 'tem que ter o lance brasileiro, devido às células que a gente utiliza'", disse.
Casagrande, então, refletiu sobre "Roots Bloody Roots" e revelou a situação envolvendo Steve Vai. "Se pegar a música 'Roots Bloody Roots', o riff principal... é completamente brasileiro, com a síncopa brasileira. Tocamos com o Steve Vai em 2015, no Rock in Rio Las Vegas e, cara, você vê o Steve Vai travadão para tocar 'Roots'. E é o Steve Vai, um dos maiores gênios da guitarra. Ele olhou para o Andreas e falou: 'cara, como é esse riff aí?'", contou.
Além da rítmica peculiar, a música do Sepultura traz um nível de intensidade que nem todos os artistas compreendem facilmente ao tentar reproduzir. "Ele (Steve VaiI) estava aqui na palhetinha, no dedinho, mas não iria sair. O Andreas é um trator, a mão vai lá em cima para dar palhetada", comentou Eloy.
O trecho da entrevista em que Eloy Casagrande fala sobre Steve Vai pode ser assistido a seguir.
O bate-papo completo está disponível abaixo.
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