Megadeth: David Ellefson explica sumiço e se defende; "eu não fiz nada de ilegal"
Por Emanuel Seagal
Postado em 30 de outubro de 2021
David Ellefson, ex-baixista do Megadeth, concedeu uma entrevista ao programa "Trunk Nation With Eddie Trunk" da SiriusXM, onde falou sobre sua demissão da banda, que ocorreu há cinco meses, após o vazamento de mensagens e vídeos explícitos envolvendo o músico serem postados no Twitter. Na época o músico postou um comunicado no Instagram negando todas as conversas nas redes sociais dele ter praticado "grooming", com a fã. "Grooming", de acordo com a Wikipedia é o ato de "criar um vínculo emocional com uma pessoa menor de idade, e as vezes com a família, para diminuir sua inibição com o objetivo de abusar sexualmente da mesma".
No relatório que David Ellefson fez para a polícia ele admitiu ter trocado mensagens de texto sexuais com uma holandesa, e que vídeos dele se masturbando foram gravados e compartilhados sem seu consentimento. De acordo com o músico a mulher tinha 19 anos na época de seu primeiro encontro virtual.
Na entrevista David falou que não sabia o significado de "grooming", e de acordo com transcrição feita pelo Blabbermouth.Net "quaisquer alegações de algo ser ilegal são falsas". Ele disse: "Não houve nada, e por isso que contratei imediatamente um advogado criminal. Fui direto para o departamento de polícia. E só para constar, o culpado não vai para o departamento de polícia. Okay? Então, só para deixar claro. O cara que não fez nada de errado, ele vai para a delegacia, por isso eu fui na delegacia e fiz o boletim de ocorrência e deixei que tratassem disso", explicou.
"Eu acho que havia um grande medo de - há sempre essa conversa de cultura do cancelamento e todas essas coisas, e eu fiquei, tipo, 'Escute, não fui eu'. E eu tinha todo o direito de me posicionar contra isso e me defender. Simplesmente entreguei isso aos advogados e ao departamento de polícia e os deixei lidar com isso, e eles o fizeram", acrescentou.
David Ellefson também explicou sua decisão de se afastar das redes sociais e parar de dar entrevistas por alguns meses enquanto as coisas se acalmavam, tanto pessoal quanto profissionalmente.
"Olha, certamente o tempo cura feridas nessas situações, o que é bom. Esse era o problema. Eu estava, tipo, olha, eu não fiz nada de errado; não havia nada ilegal aqui; e você deixa pra lá. Eu apenas tirei um tempo e me afastei. Eu saí de todas as redes sociais. Tenho uma conta no Facebook que nem mesmo administro, apenas para fins profissionais e tudo mais, mas estou fora disso. Acho que isso ajuda", desabafou.
Quando questionado que a única "ilegalidade" aparente neste caso está com a pessoa que vazou o vídeo David Ellefson disse: "100%. É por isso que não contratei um advogado civil para processar as pessoas por um milhão de dólares. Eu contratei um advogado criminal, e o que eles fazem é processar para colocar pessoas na prisão. Porque esses foram os crimes. Você não pode simplesmente fazer uma merda como essa, disponibilizar coisas, conteúdo, e não tem uma punição. Esse é o crime. Eu acho que as pessoas simplesmente pensam que podem, e não digo todas as pessoas, mas há um grupo delas que pensam que isso pode ser feito como uma piada e por diversão, e não pode. Claro, é a Internet, então as pessoas vivem em países estrangeiros e há todo esse material. É por isso que a melhor coisa, eu acho, é, antes de tudo, sair dessas plataformas porque isso é um terreno fértil para que a sociedade faça isso."
O The Lucid, novo projeto do baixista David Ellefson (ex-Megadeth), que conta também com o vocalista Vinnie Dombroski (Sponge), o guitarrista Drew Fortier e o baterista Mike Heller (Fear Factory), lançou seu primeiro álbum, autointitulado, na sexta-feira, 15 de outubro. Confira o disco no player abaixo.
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