Yves Passarell: como o guitarrista do Viper entrou para o Capital Inicial
Por Igor Miranda
Postado em 05 de novembro de 2021
Para quem acompanhava o Viper, a entrada de Yves Passarell no Capital Inicial, ocorrida em 2001, pode ter sido um tanto surpreendente. Entretanto, o guitarrista e sua antiga banda estavam bastante conectados ao grupo do vocalista Dinho Ouro Preto.
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Em dois vídeos diferentes, Yves conta a história de sua entrada para o Capital Inicial. Um deles está disponível no próprio canal de YouTube da banda, enquanto o outro é um trecho de uma entrevista do músico ao Wikimetal.
Na filmagem da página oficial, o guitarrista contou que já conhecia de longa data os integrantes do Capital Inicial. "Eu era do Viper, junto do meu irmão, do Andre Matos. Ficamos todos amigos. Daí o Capital ficou um tempo parado, o Viper também, coincidentemente. O ano de 1997 foi o ano que ferrou a todos nós (risos), pois todos ficamos parados nesse ano", afirmou.
Ao Wikimetal, ele também acrescentou que era amigo de Loro Jones, seu antecessor nas guitarras da banda. "Como foi uma das únicas bandas de Brasília que veio para São Paulo - já que a maioria foi para o Rio -, havia uma grande amizade. Uma época, o Dinho (Ouro Preto, vocalista) tinha saído e fiz uns 7 ou 8 shows com o Murilo (Lima, cantor entre 1992 e 1997). Foi uma época em que o Loro também estava fora. A banda deu um tempo, aí voltou com a formação original", comentou.
A entrada de Yves Passarell se deu ainda em 2001, quando realizou os shows finais da turnê do "Acústico MTV" - que foi gravado com Loro. "Houve a volta, onde fizeram o 'Acústico' primeiro, que foi grandioso. De 2001 para 2002, entrei para gravar 'Rosas e Vinho Tinto'. Mas cheguei a fazer uns 40 a 50 shows do 'Acústico'", declarou, no canal oficial.
De acordo com o músico, seu antecessor saiu porque preferiu se dedicar a outras atividades relacionadas à produção em estúdio. "O Loro já estava montando estúdio em Brasília, estava a fim de ficar mais relax, porque é uma correria. Lembro do meu primeiro ano, 2002, da época do álbum 'Rosas e Vinho Tinto', fora o final da turnê do 'Acústico', foram uns 160 shows em um ano. Para rock, era: 'uau'. Eu não conseguia parar em casa. Era ótimo. Depois, foram reduzindo, mas a média era de 100 shows no ano", contou, ao Wikimetal.
"Rosas e Vinho Tinto" e vínculo com Pit Passarell
O primeiro disco gravado pelo guitarrista com o Capital foi "Rosas e Vinho Tinto", que apresenta hits como "À Sua Maneira", "Olhos Vermelhos" e "Quatro Vezes Você". Há, ainda, a música "Algum Dia", composta por Pit Passarell, irmão de Yves e baixista / vocalista do Viper.
Curiosamente, a conexão do Capital com Pit era anterior à de Yves, pois o baixista havia composto "O Mundo", primeiro single do álbum "Atrás dos Olhos" (1998), que havia marcado o retorno de Dinho Ouro Preto à banda. "Eu ainda não estava na banda. [...] Esse single foi bem-sucedido, é uma música muito especial para o Capital. Foi o renascimento. [...] O Pit também fez 'Depois da Meia-Noite', 'Algum Dia', entre outras parcerias com Dinho", contou Yves, ao Wikimetal.
"A vida não é uma linha reta
Ao refletir sobre sua entrada no Capital Inicial, Yves Passarell aponta que teve "sorte" por tudo ter ocorrido no momento de alta em popularidade da banda. A fama já havia sido retomada com o enorme sucesso do "Acústico MTV", mas "Rosas e Vinho Tinto" ajudou a estabelecer esse retorno do Capital à "boa forma".
"Tive essa sorte. Ensaiamos, fizemos quatro sessões de pré-produção para esse disco. [...] Só vinha pérola atrás de pérola. Músicas legais, composições do Dinho, do Alvin, do Pit, do Kiko Zambianchi... tive a sorte de esse ser meu primeiro disco com o Capital. Já havia gravado vários com o Viper, rodado o mundo, tinha experiência, então deu tudo certo nesse começo", disse, no vídeo presente no canal oficial da banda.
Na mesma filmagem, ele conclui: "Você é levado pelos acontecimentos na vida. Quando comecei a tocar na adolescência, na época do Viper, nunca imaginei que iria rodar o mundo com o Viper e nunca imaginei que entraria em uma banda como o Capital, tocar em 5 edições do Rock in Rio, tocar em Lisboa, gravar um novo acústico em Nova York... a vida não é uma linha reta".
Os dois vídeos podem ser conferidos nos players a seguir.
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