Por que Renato Russo não deixava ninguém sorrir no palco, segundo Carlos Trilha
Por Gustavo Maiato
Postado em 22 de janeiro de 2022
O tecladista Carlos Trilha, que atuou por vários anos dentro do Legião Urbana, concedeu uma entrevista ao canal Corredor 5 em que comentou sobre o fato de seu então chefe Renato Russo não permitir que os músicos sorrissem no palco.
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Segundo Trilha, o nível de entrega e comprometimento de Renato Russo e o tom político e filosófico das letras não abriam muito espaço para brincadeiras no palco. "Eu não entendia nada de postura de palco na época. Hoje em dia eu entendo isso. Fui adquirindo essa postura. Aquilo para o Renato Russo era uma coisa muito séria. Tem um nível de entrega muito grande dele. Então, quando a gente ficava gargalhando lá no palco, era algo quase que desrespeitoso com a entrega, com as letras. O que essas letras estão dizendo?", se perguntou.
Em outro trecho, Carlos Trilha afirmou que achava os shows da Legião Urbana divertidos, mas não por causa de "bobeiras", e sim devido à qualidade das músicas e da mensagem por trás das letras. "Não era tipo um show do Leo Jaime, que era uma festa para se divertir. No show da Legião Urbana, as pessoas iam para se divertir, claro, mas era divertido porque as músicas eram muito fodas. O som era incrível, a luz era maravilhosa. Não era divertido porque era uma bobeira. Não tinha bobeira em letra nenhuma. O Renato me falava que éramos uma banda espartana. Não era para ficar rindo no palco. No meio do show, às vezes vinha algum integrante brincar comigo. O Renato tinha toda razão. Fui passar a entender essa vibe do pós-punk, essa posição política musical, com o passar do tempo. Fui entender o valor artístico daquilo depois", concluiu.
Assista ao episódio completo aqui.
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