Rafael Bittencourt: "Comparado com música de hoje, Axé devia ser tocado em convento"

Em um bate-papo que foi desde a relação com programas de entretenimento adulto até a relação do Angra com fãs evangélicos e o amor pelo axé, Rafael Bittencourt recebeu no podcast Amplifica o baixista e humorista Daniel Araújo, do canal Pax.

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Ao entrar no assunto religião, Daniel Araújo disse que na época em que foi batizado era uma pessoa pura e "nem conhecia ‘Emmanuelle’", em referência ao filme erótico que fez sucesso nos anos 1990. Para surpresa de Daniel, Rafael Bittencourt afirmou que não conhecia a produção e explicou que em seus tempos eram outros programas do gênero que faziam sucesso.

"É que tenho 50 anos já! Sou mais velho. Na minha época era a Sala Especial, que passava sexta-feira. Meus pais saíam para jantar fora e demoravam para chegar, aí eu ficava assistindo. Era uma pornochanchada. Se você pensar, era uma sacanagem ingênua, uma dublagem horrível comparada com os de hoje", afirmou.

Em outro ponto, Rafael Bittencourt disse que as músicas de antigamente falavam de conteúdo erótico com mais pudor do que as de hoje em dia. "Já falei que gosto de axé antigo e tinha um pouco de sacanagem, foi um choque na época a dança das meninas. Agora, comparado com o que se faz hoje, aquilo ali devia ser tocado nos conventos comparativamente!", disse.

Por fim, o guitarrista do Angra comentou sobre sua relação com os fãs evangélicos. "A Igreja Evangélica formou muitos músicos maravilhosos, como o Cacau Santos. O Amplifica é muito abrangente, então temos evangélicos assistindo. Meu público do Angra também tem, porque eu trabalho muito a espiritualidade, mas de forma desigrejada", concluiu.

Confira a entrevista completa abaixo.