O que cada membro do Kiss pensa dos álbuns solo de 78 (o seu e os dos outros)
Por André Garcia
Postado em 16 de fevereiro de 2022
Se você é fã do Kiss, vale a pena ler Kiss Por Trás da Máscara - A Biografia Oficial Autorizada, de David Leaf e Ken Sharp. Além de contar histórias como o dia em que Gene e Paul se conheceram, ele ainda é recheado de curiosidades, como álbuns comentados faixa a faixa.
E entre os álbuns que eles comentam estão seus próprios álbuns solos, de 1978. Gravados num período em que, fartos um do outro, a única forma de não acabar com a banda foi cada um produzir seu próprio trabalho sozinho.
Confira o que cada integrante do Kiss achou de cada um dos álbuns solo, inclusive seu próprio.
Paul Stanley
Gene Simmons: O álbum solo do Paul foi o mais próximo do Kiss (...). Eu prefiro quando Paul faz letras mais radicais, mas nele há muita coisa do tipo "o amor é isso, o amor é blá blá blá" (...). Quando Paul começa a ficar romântico eu desligo. (...) Quando ele amolece, "Sinto falta de você, eu te amo", eu digo: "Seu fracote, cai fora!". Duas estrelas.
Ace Frehley: Eu daria cinco estrelas ao Paul. Achei o álbum solo de Paul o segundo melhor de todos.
Peter Criss: Eu daria nota cinco para eles, pois sei que cada um deles colocou o máximo de energia possível. Eles deram duro. Todos queriam dar o melhor em termos de estarem no seu próprio habitat, seu próprio mundo e reino. Eu dou nota cinco por serem trabalhos feitos com amor.
Paul Stanley: Se eu pudesse daria seis estrelas. Acho que é um disco muito bom. As composições são ótimas. Era como um diário, porque aconteciam muitas coisas na minha vida e eu compunha sobre elas. Acho que as músicas são ótimas, é um álbum que veio do coração.
Gene Simmons
Ace Frehley: Eu daria nota três a Gene.
Paul Stanley: Eu acho que o perigo no Gene é que ele, às vezes, fica mais envolvido com a embalagem, com a impressão que algo cria, do que com o que realmente está ali. (...) Acho que ele ficou mais preocupado com a apresentação em vez de realmente compor suas melhores músicas. Acho que ele consegue compor muito melhor do que o que apareceu naquele álbum. Se cinco é a nota máxima, eu daria dois.
Gene Simmons: Naquela época eu estava totalmente seduzido por poder, fama, riqueza e, especialmente, mulheres. (...) Assim você perde a noção da realidade. Sob vários aspectos, meu álbum solo é provavelmente reflexo de um cara completamente desestruturado, que fazia de tudo. Eu daria uma estrela a ele.
Ace Frehley
Paul Stanley: Eu daria nota próxima a três para o álbum solo do Ace porque pelo menos éle é honesto. Ace foi uma surpresa, porque, pra ser honesto com você, eu não acreditei que ele pudesse fazer algo tão bom. Eu até me preocupei de ele não conseguir fazer o álbum. Pensei que "Rip It Out" foi muito legal. (...) Parecia uma música muito boa do Kiss.
Gene Simmons: O disco solo de que mais gostei foi o do Ace. Achei que tinha muito mais o espírito de rock e gostei das guitarras nele. Eu acho que é mais fácil para o Ace engolir a ideia de que ele de alguma maneira foi impedido por nós. (...) Eu acho que ele nem conseguia distinguir o pé esquerdo do direito naquela época. Ainda acho que ele vive um pouco fora da realidade. Três estrelas.
Ace Frehley: Eu daria nota cinco. Paul e Gene são parcialmente responsáveis por eu ter feito um disco tão bárbaro, porque imediatamente após nos separarmos para fazer o disco, eles realmente deixaram implícito pra mim que eu não daria conta do recado. E quando as pessoas dizem que não posso fazer alguma coisa, eu dou duro para provar que eles estão errados.
Peter Criss
Paul Stanley: Acho que o disco do Peter resume bastante qual era o problema com a banda, no final de contas. Não consigo achar nada no álbum. Não posso dar nenhuma estrela a ele.
Gene Simmons: Zero. De todos os discos que fizemos sozinhos ou em grupo, acho que este mostrou que o cara que estava por trás dele não tinha a mínima noção do que fazer. Não só em termos de composições, mas também a respeito da direção e de quem ele é.
Ace Frehley: Eu daria nota três a Peter.
Peter Criss: Eu me daria nota cinco, não por ser meu ou por ser egoísta, mas porque na verdade, eu trabalhei muito. (...) Eu tinha acabado de ter um acidente de carro, todos meus dedos estavam quebrados. Quebrei a costela, tive afundamento dos ossos do crânio. (...) Eu toquei em todas as faixas muito bem, merecia tirar um "A". (...) Eu daria cinco estrelas ao meu bebê.
FONTE:
Kiss Por Trás da Máscara - A Biografia Oficial Autorizada
de David Leaf e Ken Sharp
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