Accept: como a banda alemã gravou música que seria para o AC/DC
Por Tchelo Emerson
Postado em 04 de fevereiro de 2022
O canal Metal Musikast está publicando uma série especial com resenhas em vídeo de todos os álbuns da banda Accept. Semelhante ao que é feito com músicas e letras do Iron Maiden no especial "Explicando Iron Maiden - Senjutsu", a série traz comentários, curiosidades e análises de cada álbum da grande banda alemã.
O vídeo inédito fala sobre o álbum "I'm a Rebel", gravado entre os meses de outubro e dezembro de 1979 e lançado no dia 2 de junho de 1980.
Você pode ver o vídeo completo no player a seguir.
Depois da experiência com o primeiro álbum, a banda Accept entra novamente no Delta Studios, na cidade de Wilster, para gravar seu segundo álbum.
Contando com a produção de Dark Steffens, a banda mantém a formação que se estabilizou após o lançamento do primeiro álbum, com Udo Dirkschneider (vocal), Wolf Hoffmann e Jörg Fischer (guitarras), Peter Baltes (baixo) e Stefan Kaufmann (bateria).
Por orientação da gravadora, o produtor acentua ainda mais o direcionamento musical calcado no glam rock inglês dos anos 70.
A banda ainda estava fazendo suas experimentações e buscando desenvolver uma identidade própria.
As gravadoras não ajudaram muito nessa busca de uma "cara" para a banda, pois dois selos lançaram duas capas diferentes na Alemanha, nos EUA e no Reino Unido.
A maior curiosidade que cerca este álbum é a gravação da faixa título. Em 1976, a banda AC/DC fez um show na cidade de Hamburgo e, logo depois da apresentação, foi para um estúdio, onde gravou a demo de I'm a Rebel, composta por Alex Young, irmão mais velho de Angus e Malcom.
O AC/DC resolveu nunca gravar essa música, mas sua demo ficou em poder da companhia editora na Alemanha.
Em 1979, quando o Accept começou a compor as músicas para formar o segundo álbum, a editora sugeriu a gravação da música composta por Alex Young, que viajou para o Delta Studios para conhecer o Accept e autorizou a gravação, embora ele tenha sido creditado com um nome artístico: George Alexander.
A música foi a grande aposta das gravadoras para emplacar um sucesso do Accept nas estações de rádio, ao lado da faixa "I wanna be no hero", com forte influência de glam rock, com uma sonoridade bem comercial para a época.
As demais músicas do disco seguem o mesmo perfil, destacando-se o vocal melódico de Peter Baltes em "No time for lose" e "The King".
Apesar da sonoridade indefinida, o Accept já dava algumas mostras de um som mais voltado ao heavy metal, sobretudo nos riffs e solos a cargo de Wolf Hoffmann e no vocal ainda melódico e em desenvolvimento de Udo.
A resenha completa, com todas as histórias e curiosidades que cercam o lançamento deste álbum, além de uma análise de cada faixa do disco, podem ser assistidas no player de vídeo a seguir:
O vídeo é o segundo da série chamada "ACCEPT - DISCOGRAFIA COMENTADA", que vai abordar curiosidades sobre todos os álbuns da banda que desbravou a cena musical dos anos 70 e 80 para inaugurar um circuito para o heavy metal na Alemanha.
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