O hip hop é mais pesado que o rock hoje? Vocalista do Scalene comenta
Por Igor Miranda
Postado em 14 de março de 2022
Estaria o hip hop, considerando suas diversas ramificações nos dias de hoje, soando mais pesado que o rock? O vocalista e guitarrista da banda Scalene, Gustavo Bertoni, apresentou algumas reflexões interessantes sobre o assunto.
As declarações foram dadas em resposta ao site IgorMiranda.com.br durante entrevista coletiva para promover o álbum "Labirinto". O quinto trabalho de estúdio da banda mantém o stoner rock como influência principal, mas recorre a elementos do hip hop (especialmente trip hop) e synthwave para a construção de seu conceito musical.
Perguntado se sente que o hip hop por vezes soa mais pesado que o rock na atualidade, Gustavo declarou inicialmente: "O rock às vezes cai em algumas convenções, algumas limitações de frequência, que foram mudando com o tempo. Hoje todos têm acesso a fones melhores, às vezes com mais graves. O trap e o eletrônico dominaram o mercado nos últimos anos e chegam com frequências mais graves, às vezes com um alcance maior, do grave até o mais agudo, porque podem utilizar elementos eletrônicos".
Ciente disso, o frontman do Scalene disse que sua banda teve "essa preocupação de fazer ‘Labirinto’ soar grande, pesado e grave". "Usamos mais sintetizadores e muitos subs. Pegávamos sintetizadores que já eram graves, fazíamos uma oitava para baixo e deixávamos só aquele ‘bafo’. Talvez nem seja ouvido em alguns fones, mas a pressão certamente estará ao vivo e em bons fones", disse.
A visão de uma jovem produtora
Gustavo Bertoni ainda destacou como a colaboração de Vivian Kuczynski foi importante para chegar ao som de "Labirinto". Vinda de outra geração, a produtora trabalhou na pós-produção do álbum – e mesmo tendo influências mais contemporâneas, não tão ligadas ao rock, foi decisiva na busca por uma pegada mais pesada.
"Tivemos a ajuda da Vivian, o que é muito interessante, pois é uma produtora mulher, muito jovem, acho que tem 18 anos. Foi muito legal. Sentíamos que faltava algo no álbum, sobre peso, e a trouxemos. É legal ver uma pessoa de outra geração que escuta o rock pesado e fala: ‘bah, piá, mas cadê o grave?’. Quando ela falou isso, decidimos trabalhar nisso e demos uma encorpada maneira no som", contou.
Outros trechos da entrevista podem ser conferidos em IgorMiranda.com.br. O álbum pode ser ouvido em todas as plataformas digitais. O player abaixo redireciona ao Spotify.
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