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A evolução do Slayer que culminou com o maior clássico do Thrash Metal, "Reign in Blood"

Por Clovis Roman
Postado em 02 de abril de 2022

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No começo da carreira, antes mesmo de lançar o primeiro álbum, o Slayer chamava atenção do público e angariava fãs devotados, uma característica que se tornou das mais marcantes durante toda a jornada do grupo. Os primeiros shows eram completados com cover de nomes como Judas Priest e Deep Purple, mas a presença marcante em cima do palco se destacava.

A postura agressiva, com os músicos da linha de frente bangueando e movimentos sincronizados foram fatores determinantes no sucesso inicial do Slayer no cenário da Califórnia, nos Estados Unidos. Com o lançamento dos dois primeiros álbuns – Show No Mercy (1984) e Hell Awaits (1985) – e do EP Hauting the Chapel, outro fator determinante ficou claro para públicos cada vez maiores: a aura satânica das letras do quarteto.

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Como dissertado no livro O Reino Sangrento do Slayer, de Joel McIver, lançado no Brasil pela Editora Torta em edição revista e atualizada com capítulo extra exclusivo para o país, apesar da fama maldita, os músicos não levavam aquelas histórias – reforçadas com capas assombrosas e chocantes, principalmente a partir de Hell Awaits - assim tão a sério. A fala do baixista e vocalista Tom Araya no livro explica esta visão: "Acredito que todos nós temos nossos demônios interiores, mas não consigo pensar especificamente em nenhum. Não tive problemas na adolescência, nenhum demônio. Só estou ali gritando para o mundo... A música me proporciona isto".

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Em todo caso, letras como "Hauting the Chapel" traziam versos bastante blasfemos, que atraiam cada vez mais jovens aos shows do Slayer, como a estrofe "The ghosts of sin torment the priests, Their altar will soon be destroyed, heaven's palace turning black, the church now belongs to the dead" (Os fantasmas do pecado atormentam os padres, seu altar logo será destruído, o palácio celestial está escurecendo, a igreja agora pertence aos mortos). O engenheiro de som Bill Metoyer, que trabalhou no disco, explica no livro o impacto que teve na primeira vez que ouviu a canção: "Na hora de gravar, os primeiros versos que Tom cantou foram ‘The holy cross, symbol of lies’ (a cruz sagrada, símbolo de mentiras). Eu parei a fita e disse: ‘O que você acabou de falar? Aquilo me chocou e pensei: ‘Vou queimar no inferno por isto’".

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O técnico complementa explicando o que fez após o susto inicial: "Após ouvir essa letra, quis entender um pouco mais os pensamentos deles. Conversei com Jeff e Kerry sobre como eles conseguiam escrever aquelas coisas, e eles disseram: ‘É simples, só colocamos pra fora!’. Eu sabia que eles não levavam aquilo a sério – e trabalhei com caras que realmente levavam este tipo de coisa a sério".

Outro depoimento de Tom Araya registrado em O Reino Sangrento do Slayer é ainda mais específico: "Acho que um dos maiores equívocos sobre a banda é a ideia de que somos adoradores do Diabo. Somos pessoas normais". Posicionamento este endossado pelo guitarrista Kerry King "Nunca fiz parte da Igreja de Satã. Nem consegui ler A Bíblia Satânica inteira, porque está redigida de uma forma que faz qualquer um achar que é satanista. É um discurso ideológico de merda [...] No meu ponto de vista, todos esses pregadores, esses cristãos e sei lá mais quem, saem por aí tentando fazer as pessoas engolirem as ideias deles e ninguém está interessado, enquanto isso, os jovens estão pagando para nos ver tocar... é a escolha delas. Religião é uma coisa muito idiota. Estou aqui tocando, as pessoas pagam para me ver no palco, e você está aí forçando suas ideias nos outros, é por isso que eles não gostam de você".

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Um dos fatores cruciais que comprova que a coisa não deve ser levada tão a sério assim, por mais divertido que seja, é um fato já difundido no meio do Metal há muitos anos: Tom Araya é cristão. O músico soube separar duas faces de sua existência com grande destreza, a vida pessoal e a vida profissional ao lado do Slayer. "Não estou aqui para culpar ninguém. E odeio dizer isto, mas Cristo veio e nos ensinou o amor. Era isto que ele pregava: aceitar um ao outro pelo que somos. Viver em paz e amar um ao outro. Acredito em um ser superior sim. Mas ele é um Deus todo amoroso".

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Com uma legião de fãs instituída, ajudada também por muitas turnês, inclusive duas ao lado do Venom, e três lançamentos brutais e ofensivos, a banda se encaminhava para dar vida ao álbum que é a epítome do estilo que se convencionou chamar de Thrash Metal (pela temática lírica, no começo o Slayer era chamado de Black Metal, quando este termo ainda não tinha um sentido claro). O ano de 1986 trouxe álbuns importantes de bandas gigantes como o Queensryche, o Iron Maiden e os colegas de estilo Megadeth e Metallica. O Slayer não deixou por menos e lançou um clássico atemporal, um disco de curta duração (são menos de trinta minutos de música) porém suficiente para estremecer as estruturas do Metal: Reign in Blood.

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O disco em questão foi uma evolução técnica, instrumental e de composição em relação aos anteriores, e logo a primeira faixa mostrava que o Slayer exploraria liricamente outros territórios além do satanismo, entretanto, sem perder um pingo de ódio. O clássico atemporal narra, sem tomar partido, as crueldades por meio de torturas e experimentos médicos nos prisioneiros nos campos de concentração Auschwitz, durante a segunda guerra mundial, realizadas pelo cientista nazista Josef Mengele. Mesmo mudando de ares, as polêmicas foram ainda maiores, pois a banda foi acusada de ser simpatizante do nazismo, algo amplificado pelo fato do guitarrista Jeff Hanneman colecionar itens referentes àquela guerra.

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O próprio músico, na época, explicou a questão: "Acho que as pessoas deveriam ter o direito de escrever sobre o que quiserem. ‘Angel of Death’ é tipo uma lição de história, mas tão logo a lançamos, todos passaram a nos chamar de nazis. Nosso vocalista é um chileno de pele escura, não tem como sermos fascistas! Li muito sobre o Terceiro Reich e fiquei fascinado pelo extremo daqueles acontecimentos, pela forma que Hitler hipnotizou uma nação e conseguiu fazer o que queria, foi uma situação na qual Mengele passou de médico a açougueiro".

Em outra passagem do livro, Hanneman complementa de maneira mais incisiva: "Eu sei porque as pessoas a interpretam errado – é porque elas têm uma reação instintiva à música. Porque na letra não há nada afirmando que ele era uma pessoa ruim. É porque para mim isso é óbvio, não é? Eu não deveria ter que dizer isto". Polêmicas a parte, Reign in Blood chegou próximo do Top 100 da Billboard nos EUA e alcançou o Top 40 no Reino Unido, e segue sendo cultuado com a devoção insana dos fãs do Slayer e de todo headbanger que se preze. Com o passar dos anos, a banda ampliou ainda mais as opções de inspirações líricas, nunca deixando a raiva e agressividade de lado.

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O livro O Reino Sangrento do Slayer recebeu sua versão definitiva no Brasil pela editora Estética Torta, nos formatos capa comum e capa dura, em uma edição revisada e atualizada com um capítulo extra de 23 páginas, escrito pelo jornalista Clovis Roman, que cobre os últimos anos de estrada da maior lenda do Thrash Metal de todos os tempos.

Adquira O Reino Sangrento do Slayer no site da editora Estética Torta:
https://www.esteticatorta.com/produtos/livro-o-reino-sangrento-do-slayer

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