Nergal diz que Behemoth é mais que anti-religião e emociona-se com LGBTQ e aborto
Por Emanuel Seagal
Postado em 28 de junho de 2022
Adam "Nergal" Darski, líder do Behemoth, conversou com Gregory Adams, da revista Revolver, sobre "Opvs Contra Natvram", o décimo segundo álbum da banda, que será lançado no dia 16 de setembro pela Nuclear Blast Records. Durante a conversa o músico falou sobre a capa do disco, que mostra uma cobra cobrindo a figura de Jesus em uma cruz invertida, que pode ser interpretada como uma subversão do caduceu, símbolo da medicina.
"A cobra é um símbolo do mal e traição na bíblia, mas estou convertendo estes sentidos. Eu estou brincando com eles. Vamos inverter os polos e usar nossos cérebros para dar nossas definições para essas coisas. É claro, uma cobra pode te matar se te morder — mas um cachorro também pode. Eu acredito que a capa é uma linda metáfora. Você pode ver a cobra sugando o veneno da religião dos esqueletos de Cristo que você vê na capa. Normalmente ela injeta o veneno, mas você vê que os Cristos são esqueléticos. Eles estão sem vida. Ela tirou o veneno do verdadeiro mal deste mundo", afirmou.
Nergal acrescentou: "Eu não quero ser apenas uma banda anti-religião. O Behemoth é contra o establishment. Temos muitas abordagens anarquistas, muita atitude punk. Tudo se trata de se libertar. Todas essas coisas, LGBTQ, aborto, leis, cultura de cancelamento, quando falo sobre elas, começo a tremer porque sinto fortes emoções sobre isso. Estou pronto para trocar socos com qualquer um que queira sobrepor seus direitos aos meus."
Nergal criticou anteriormente o governo polonês e o "câncer religioso" pela proibição do aborto no país, que considera como um passo para um "passado medieval, obscuro e assustador", e alertou as mulheres polonesas, dizendo que aos olhos dos líderes políticos elas são "apenas uma ferramenta de procriação na rigorosa narrativa católica." Segundo reportagem do G1 há algumas semanas a Polônia criou um cadastro para que a gravidez conste em um prontuário digital junto do histórico médico do paciente, uma forma de "fichar gestantes". A medida foi denunciada pela oposição ao governo e associações de defesa dos direitos das mulheres.
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