Zakk Wylde escolhe as músicas que definem a sua carreira

O guitarrista, cantor e compositor Zakk Wylde ficou famoso nos anos 1980, como guitarrista da banda do lendário Ozzy Osbourne. Ao lado do Madman, Zakk gravou ótimos álbuns, com destaque para o magnífico "No More Tears", lançado em 1991. O talentoso rapaz começou a trilhar seu próprio caminho nos anos 1990 e montou as (ótimas) bandas Pride & Glory e Black Label Society.

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Durante a sua longa e brilhante trajetória, Zakk Wylde gravou excelentes músicas, que o consolidaram como um dos grandes nomes de sua geração. Escolher os temas mais marcantes que já escreveu é uma tarefa difícil, porém, o guitarrista encarou o rojão e escolheu as canções que definem sua carreira. A seleção, publicada no site da revista Metal Hammer, pode ser conferida a seguir. Aperte o play e confira as músicas escolhidas.

"Miracle Man" - Ozzy Osbourne"

"Se estamos falando das 10 músicas que contam minha história, teríamos que começar com ‘Miracle Man’, pois essa é a primeira música que escrevi com Oz. Ouvir isso no rádio pela primeira vez foi bem insano. Eu nunca tinha feito um disco antes disso".

"Mama, I'm Coming Home" - Ozzy Osbourne

"Oz e eu trabalhamos em ‘Mama I’m Coming Home’ no meu apartamento, que na época eu dividia com minha namorada – agora esposa – Barbaranne. Estávamos sentados no piano e escrevemos ali mesmo, mas quando gravamos tudo foi convertido novamente em guitarra. Ouvindo a versão final, lembro-me de ficar tipo ‘uau’ e então, o vocal de Ozzy entra e é simplesmente inacreditável".

"Losin' Your Mind" - Pride & Glory

"A estrutura do que Ozzy faz foi toda definida por Randy Rhoads nos dois primeiros álbuns do Ozzy [‘Blizzard Of Ozz’ e ‘Diary Of A Madman’]. Esse é o modelo de como um carro Ozzy é feito, mas você pode fazer ajustes neste design para criar algo diferente, como o que Jake [E. Lee, ex-guitarrista de Ozzy] fez com ‘Bark At The Moon’. Ao mesmo tempo, isso significa que algo como a introdução do banjo para uma música como ‘Losin' Your Mind’ nunca se encaixaria em como um disco do Ozzy deveria parecer. É um sabor de rock sulista demais.

Eu criei o Pride & Glory em Seattle com [o produtor] Rick Parashar. Eu, James [LoMenzo, baixo] e Brian [Tichy, bateria] morando em uma casa que ele possuía e usando um carro alugado, então foram travessuras sem parar o tempo todo que estivemos lá. Foi divertido fazer tanta coisa que não tínhamos espaço para fazer nas coisas do Ozzy, como usar bandolim em ‘Lovin' Woman’".

"Between Heaven And Hell" - Zakk Wylde

"Estávamos trabalhando em ‘Ozzmosis’ [álbum de Ozzy lançado em 1995] quando comecei a escrever o álbum ‘Book Of Shadows’. Nós gravávamos o dia todo, então, à noite eu ia para um bar chamado Brew's. Eu ficava lá até as quatro, cinco da manhã na maioria dos dias e o sol estava nascendo enquanto eu bebia. Eles tinham uma jukebox abastecida com Neil Young, The Eagles, Bob Seger, os Stones... rock clássico, todas essas coisas matadoras e suaves.

Eu passava a noite toda bebendo, depois voltava para o meu quarto de hotel inspirado e foi assim que surgiu o ‘Book Of Shadows’ (...). Eu amei algumas das melodias vocais e a gaita de Neil Young em ‘Between Heaven And Hell’ foi muito divertida também. Eu acho que qualquer grande músico é um reflexo das coisas que eles realmente amam e isso realmente vale para aquele álbum".

"A Spoke In The Wheel" - Black Label Society

"A primeira música do Black Label Society que escrevi foi ‘A Spoke In The Wheel’, acredite se quiser. Uma música suave! Eu estava sentado em um hotel no Japão fazendo promoção para ‘Book Of Shadows’, bem no meu quarto com minha guitarra elétrica. Ao longo dos anos, convertemos isso em piano, mas no disco é apenas um vocal acústico e único – olhando para trás, foi onde tudo começou".

"Stillborn" - Black Label Society

"Liguei para Oz e pedi para ele fazer os vocais de fundo comigo para Stillborn. Fizemos o vídeo com Rob Zombie, o que também foi muito divertido. Eu estava apenas tentando escrever uma música baseada em um riff e usar o mínimo possível. Se eu lhe der apenas três ingredientes e pedir para você fazer uma refeição, estou interessado em ver o que você pode fazer".

"In This River" - Black Label Society

"A coisa louca sobre ‘In This River’ é que eu a escrevi antes mesmo de Dime [Dimebag Darrell, guitarrista do Pantera] falecer, era tudo sobre a vida em geral. Dedicamos essa música todas as noites a Dime, ela nunca sairá de nossos sets quando fizermos um show principal. Esses dias nós a dedicamos para Dime e Vinnie [Paul, baterista do Pantera e irmão de Dimebag, falecido em 2018], que é uma loucura também. Mas quando escrevemos pela primeira vez, esses dois caras ainda estavam conosco. Mas depois que tudo aconteceu, eu sabia que tinha que ser a música dele".

"Farewell Ballad" - Black Label Society

"Quando a pandemia chegou, minha esposa disse ‘ei, talvez você devesse trabalhar em um disco para que quando tudo acabar você tenha algo para lançar’. Passei um mês trabalhando no meu pequeno relatório do livro pronto para quando os caras chegassem e pudéssemos gravar. Pela primeira vez, gravei todas as minhas partes antes mesmo dos caras chegarem.

Fiquei muito feliz com a forma como ‘Farewell Ballad’ ficou, e que finalmente consegui terminá-la. Essa música está parada desde 2007 ou 2008. Eu estava fazendo algo para a revista Guitar Techniques e precisava de algo para fazer um solo, então, escrevi essa peça ali mesmo. Ao longo dos anos, as coisas tiveram milhões de visualizações e pessoas fazendo suas próprias versões, absolutamente arrasando e fazendo um ótimo trabalho, então imaginei por que não terminar a peça".

Nota: a matéria original ainda apresenta Zakk falando sobre os projetos Generation Axe e Zakk Sabbath. Veja abaixo os depoimentos do guitarrista sobre os citados grupos.

Generation Axe

"Provavelmente a colaboração mais importante que já fiz foi entrar na Generation Axe. Tocar com Yngwie [Malmsteen], Steve Vai, Nuno [Bettencourt] e Tosin [Abasi] foi uma explosão todas as noites".

Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | Alex Juarez Muller | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Efrem Maranhao Filho | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacker | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jesse Alves da Silva | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Jorge Alexandre Nogueira Santos | José Patrick de Souza | Juvenal G. Junior | Leonardo Felipe Amorim | Luan Lima | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcus Vieira | Maurício Gioachini | Mauricio Nuno Santos | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Richard Malheiros | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |

Zakk Sabbath

"‘Vertigo’ foi para comemorar o 50º aniversário do primeiro disco do Black Sabbath. Saímos em turnê para tocar como Zakk Sabbath (...). A regravação daquele álbum inteiro apenas reiterou para mim que o Black Sabbath é o Beatles do heavy metal".