Blaze achava que Bruce jamais voltaria para o Iron Maiden
Por Bruce William
Postado em 15 de agosto de 2022
Matéria da Ultimate-Guitar.com relata que com a saída de Bruce Dickinson em 1993, Blaze Bayley assumiu o posto de vocalista do Iron Maiden no ano seguinte, tendo gravado dois álbuns de estúdio, "The X Factor" de 1995 e "Virtual XI" de 1998, até que no ano seguinte Bruce retomou seu cargo.
Mas Blaze nunca se lastimou por ter sido demitido da banda. Muito pelo contrário. "Eu estive na maior banda do mundo", disse o vocalista. Porém ele confessa que na época imaginava que sua vaga era vitalícia e jamais pensaria que Bruce um dia voltaria para a banda. "Pra mim o Iron Maiden passava por eras diferentes. A era de Clive (Barr) e Paul (Di'Anno) havia sido uma. A de Bruce (Dickinson) e Nicko (McBrain) havia sido outra", conta Blaze, explicando ainda que ele achava que o terceiro disco do Iron Maiden comigo iria emplacar. "Eu pensei: 'Quando este terceiro álbum for lançado, isso vai mudar os fãs hardcore e trazê-los de volta. Eu definitivamente acreditei no meu coração que isso aconteceria".
Blaze explica então o que aconteceu nos bastidores: "Quando eu me juntei ao Iron Maiden, a EMI, uma das maiores gravadoras do mundo, havia vendido todas as suas fábricas. Então, no fim das contas, aquilo se tratava puramente de pressão comercial da EMI", conta. "Acontece que houve uma reunião do Judas Priest. Black Sabbath também se reuniu com seu vocalista original. Deep Purple teve um retorno com seu vocalista original. Todas estas reuniões foram grandes sucessos que aumentaram seus números" disse o vocalista, deixando claro que havia uma pressão muito grande para o retorno de Bruce ao Maiden.
"Foi uma coisa comercial. E lá estava eu. Mas fui muito bem tratado pelos caras, com certeza. E não posso culpá-los por nada que aconteceu comigo depois. A decisão havia sido tomada havia um bom tempo, eu não sabia disso. Perguntei se Bruce estava voltando, responderam que sim. Eu mandei de volta: 'OK. Não temos mais nada para falar. Agradeço por tudo. E nunca direi uma palavra ruim sobre essa banda porque fui muito bem tratado'".
Na verdade, Blaze estava bastante desapontado. Mas ele preferiu ver as coisas sob outro ponto de vista e manteve uma boa relação com a banda, que de seu lado também respeita o ex-vocalista. E a mesma relação de respeito Blaze mantém com Bruce Dickinson: "Ele é um herói. E ele é um profissional completo. Eu conheci Bruce muitos, muitos anos antes do Maiden. Estávamos fazendo um evento em Nova York. E naquela época, nas revistas, eles diziam que éramos muito parecidos. Era muito divertido".
"E ele é um sujeito muito, muito gente fina", prossegue Blaze. "Quando entrei no Iron Maiden, ele foi muito gentil comigo, muito, muito solidário. Depois do Iron Maiden, quando eu gravei meus álbuns solo, ele me convidou para ser um convidado especial em seu programa de rádio. Quando eu planejei gravar um vídeo com um avião, ele me deixou usar seu próprio avião. Ele é uma pessoa incrível, maravilhosa e solidária. E eu sei o quão difícil é ser o vocalista do Iron Maiden. Ele sabe que eu sei, e eu sei que ele sabe!", finaliza.
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