Max Cavalera diz que saída de Marc Rizzo trouxe "raiva" para o novo disco do Soulfly
Por Mateus Ribeiro
Postado em 08 de agosto de 2022
O lendário músico brasileiro Max Cavalera, guitarrista/vocalista das bandas Soulfly, Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed e Go Ahead And Die, concedeu entrevista ao podcast Talk Toomey. O frontman, que fez 53 anos dia 4 de agosto, falou sobre o próximo trabalho de estúdio do Soulfly, "Totem", que será lançado dia 5 de agosto.
O citado álbum, décimo registro da discografia do grupo, é o primeiro em quase 20 anos sem a presença do guitarrista Marc Rizzo, que em 2021, anunciou que estava fora do Soulfly. A saída não foi nada amigável e os músicos trocaram farpas.
Segundo Max, a conturbada saída de Marc contribuiu para a criação de "Totem". "Sempre que algo assim acontece, é uma oportunidade de fazer algo diferente, trazer sangue novo. Especialmente com o Soulfly, sempre houve esse tipo de lema de trocar as pessoas de tempos em tempos.
Eu amo que o disco teve um pouco de luta. Esses são alguns dos meus melhores discos - aqueles que não são fáceis de navegar, que contém drama. E ‘Totem’ é cheio de drama. A coisa toda de Rizzo foi sua própria novela. É, tipo, vamos lá, cara", afirmou Max, em transcrição publicada pelo site Blabbermouth.
Max também comentou a chance de trabalhar com o guitarrista Dino Cazares (Fear Factory, Divine Heresy), que por enquanto, está tocando nos shows do Soulfly. "Eu vi isso como uma oportunidade de fazer algumas coisas. E nós aproveitamos a oportunidade, tanto quanto pudemos, tendo Dino tocando ao vivo. Foi incrível. Nós ainda estamos tocando com ele agora".
Na sequência, Max cutucou Marc. "E então, no disco em si, eu tive a oportunidade de trabalhar com os caras do Eternal Champion, que eu sou um grande fã. Eles meio que trazem aquela velha escola heavy metal para os solos. Eu adoro isso; eu estava totalmente de acordo com isso(...). As coisas com Rizzo eram sempre as mesmas - muitas coisas estavam soando muito iguais - e isso é novo, diferente e excitante. E eu me senti muito bem quando estava trabalhando nas músicas e ouvia os solos chegando, e era diferente e emocionante".
Por fim, Max afirmou que no final das contas, os desentendimentos com Marc trouxeram raiva para o novo disco. "Então, houve um pouco de luta por causa de toda a coisa de Rizzo, e isso meio que funcionou a favor do álbum, eu acho. Porque você não quer ferrar comigo, cara. Você não quer. Se você ferrar comigo, sim, há vingança. Eu meio que entro naquele maldito modo de guerreiro e fico com raiva e chateado e uma boa merda sai disso, musicalmente falando. Então, o disco tem um pouco de raiva, um pouco de fogo", finalizou.
Para conferir mais detalhes sobre "Totem", confira a matéria a seguir.
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