Bruce Kullick revela que foi reprovado em teste para o Kiss em 1982
Por André Garcia
Postado em 13 de outubro de 2022
O Kiss foi concebido por Gene Simmons e Paul Stanley no começo dos anos 70, quando tocavam juntos em uma banda chamada Wicked Lester. Com o fim dela, no ano seguinte eles tiraram do papel seu ambicioso projeto com o baterista Peter Criss e o guitarrista solo Ace Frehley completando a formação original.
Após começar tocando nos cantos mais undergrounds de Nova Iorque, eles chegaram ao estrelato com "Alive!" (1975) e "Destroyer" (1976), embalados pelos hits "Rock and Roll All Nite" e "Detroit Rock City". No final da década, por outro lado, tensões internas, fracassos comerciais e escolhas artísticas duvidosas quase acabaram com a banda.
Em 1981 foi o fundo do poço, com "Music from the Elder" fracassando em proporções tão épicas que nem sequer teve uma turnê. Para piorar, era um momento em que Peter tinha acabado de sair e era visivelmente questão de tempo para que Ace fizesse o mesmo. Gene e Paul tentaram dar a volta por cima retornando ao rock pesado com "Creatures of The Night" (1982) com um novo guitarrista, Vinnie Vincent, com a maquiagem de guerreiro egípcio.
Bruce Kullick integrou o Kiss de 1984 a 1996, enquanto seu irmão mais velho Bob Kulick, também guitarrista, já havia tocado com a banda anos antes como músico de estúdio. O que nem todo mundo sabe é que Bruce chegou a fazer teste para entrar na banda em 1982, quando ela estava para gravar "Creatures of the Night", mas foi reprovado. Conforme publicado pela Ultimate-Guitar, em entrevista para a My Planet Rocks, ele contou como foi a história.
"Não ligo de compartilhar isso agora, porque eu acho muito importante. Eu nunca fui muito de falar sobre isso… mas eu fiz um teste [para o Kiss] quando eles estavam com a vaga em aberto, que Ace estava para sair. 'Sei lá, simplesmente não rolou — não era a hora certa. Mas eu tive que fazer depois que Bob [Kullick] me disse 'Você tem que ir lá fazer o teste'. Mas eu me lembro que eu estava intimidado com as fantasias e aquela vibe, e não estava muito preparado."
"Eu conheci eles casualmente — levado na aba do meu irmão — e fomos para um conhecido estúdio de Nova Iorque. Foi a primeira vez que vi Eric Carr [o substituto de Peter Criss], ele estava só curtindo e relaxando. Eu lembro que eu ouvi e adorei. Sabe, 'I Love It Loud'. Mas eu estava ligado, já naquela época, que se você vai andar com alguém, você fica na sua. Você fala quando falarem com você, sabe? Então eu não falei muito."
"E Paul [Stanley], aliás, um outro dia eu socializei com ele e meu irmão. Ele era muito pé-no-chão e muito sensível. Ele parecia totalmente desligado de [sua persona] rockstar, mas foi muito legal para mim conhecer eles e entender um pouco melhor o mundo deles."
Foi só em 1984 que o caminho do Kiss e Bruce se cruzaram, com ele fazendo algumas gravações no álbum "Animalyze": "Foi aí que eu entrei. Lá fui eu, fazendo o que me pediam no 'Animalize' em uma música, uns riffs na outra… E eles me disseram: 'Não corte o cabelo!" E eu fiquei, tipo, 'Que coisa estranha para se dizer". Aí quando fui ver, umas seis semanas depois, eu recebi uma ligação", concluiu.
Na turnê de "Animalyze", o guitarrista Mark St. John começou a sofrer de artrite, que deixava suas mãos inchadas e cada vez mais doloridas. Kullick se juntou à banda primeiro como substituto pontual em caso de necessidade e depois como substituto temporário, até que foi eventualmente efetivado como membro.
Confira abaixo Bruce Kullick em sua primeira turnê como guitarrista do Kiss:
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