Por que processo de composição dos Titãs mudou a partir de "Domingo", segundo Gavin
Por Gustavo Maiato
Postado em 05 de outubro de 2022
Desde o início da carreira, os Titãs costumavam compor no esquema de parcerias em que dois ou três integrantes se reuniam para escrever e depois apresentavam para o grupo.
Outra característica era que um vocalista aceitava cantar músicas que não fossem feitas por ele. Depois do disco "Domingo" (1995), entretanto, essa realidade mudou. Quem conta é o ex-baterista Charles Gavin, em entrevista ao canal do Jota Abreu.
"Eu sabia que seria muito difícil escrever letras para os Titãs. Poderia ter escrito e dei pitaco em algumas. O nível era muito alto. Todos escreviam: Marcelo, Arnaldo, Branco, Paulo etc. Normalmente, as pessoas querem tocar o que escrevem. Isso foi uma questão na banda. Em um primeiro momento, o Paulo Miklos, por exemplo, cantava o que gostava, independentemente de ser escrito por ele ou não. Entendo o processo de composição dos Titãs como democrático. Fiz várias parcerias com o Sérgio Britto. Eu encontrava com o Marcelo Fromer e fazia coisas com ele. Eu tinha uma cultura rock grande e acabei virando autor em parceria. Isso durou bastante até o ‘Domingo’. Esse tipo de situação de juntar 3 ou 4 e fazer música acontecia. A partir daí, o processo mudou. Cada um queria gravar e cantar sua própria música", concluiu.
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