Show único e festival, a brutal diferença tanto para os fãs quanto para quem produz
Por Bruce William
Postado em 19 de novembro de 2022
Durante a Live/Debate "Festivais ou Pesadelos?", o jornalista e crítico musical Regis Tadeu e o produtor Paulo Baron debateram as imensas diferenças entre um show único e um festival, tanto sob o ponto de vista de quem vai até lá como fã quanto para quem está na produção do evento:
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"Porque o público que compra ingresso para um festival é diferente do público que compra ingresso para um show", diz Regis. "Porque a pessoa que quer ir para um festival tem um anseio, tem um desejo por uma vivência... tem gente que até sonha com festival. As pessoas têm uma expectativa muito grande em relação ao que o evento em si propõe. É muito diferente de um show. Um show é uma coisa assim: um show de uma banda específica, ele propõe uma apresentação, ele entrega, acabou o show, acabou a experiência. Agora um festival não: um festival é uma coisa que as pessoas esperam uma experiência, uma vivência repleta de expectativas em relação a cada uma das apresentações. Então quando você tem um festival, normalmente você tem um ingresso mais caro, correto Paulo?"
"Sim, muito boa essa tua explicação, Regis", responde o produtor. "A vivência num único show, só pra identificar: o fã que vai para um único show, geralmente ele usa uma única energia, porque ele vai para ver esse artista e ele já sabe mais ou menos o que vai encontrar. Quando você vai num espetáculo como um festival, normalmente a ansiedade é diferente, eu sei porque participei de vários festivais, não apenas como um fã ou convidado mas também produzindo festivais. E o nível de estresse emocional é totalmente diferente, uma outra situação. E a linha do perigo é muito tênue, porque esse festival tem várias situações que podem te levar ao problema".
Neste ponto, Baron fala de situações específicas que ele enfrentou nos festivais que organizou, com artistas internacionais recebendo cachê e não comparecendo ou cancelando de última hora e a dificuldade e correria para arrumar outro artista do mesmo nível e semelhante para tentar agradar ao público que comprou ingresso, considerando que o artista esteja disponível para uma longa viagem em cima da hora e coisas do tipo.
Em seguida, ele conta que produzir um festival é o que separa os meninos dos adultos: "Ao mesmo tempo, financeiramente um festival pode ser um divisor de águas onde o produtor passe da classe C para a classe A, para a primeira divisão...". Regis faz uma intervenção: "Que foi o que aconteceu no primeiro Rock in Rio, né?", e Paulo prossegue: "Exatamente! Foi o que passou (aconteceu) com (Roberto) Medina, no momento (em) que ele consegue sair da divisão, possivelmente nem da classe C mas da classe D, ele entra pra classe A no que foi um golpe de sorte, estava no momento certo, na hora certa, com as bandas certas".
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