Robb Flynn, do Machine Head, relembra sangue e pancadaria em show do D.R.I.
Por Emanuel Seagal
Postado em 30 de janeiro de 2023
Robb Flynn, vocalista e guitarrista do Machine Head, conversou com Rich Hobson, da revista Metal Hammer, e embarcou no túnel do tempo, relembrando quando se apaixonou pelo thrash metal e a época em que metal e punk não se misturavam nos anos 80.
"O Exciter foi o primeiro show de thrash que fui, no The Stone (casa de shows em San Francisco), na turnê Metal Maniac. Foi a primeira vez que vi circle pit e crowd surfing. Eu e meu amigo Jim fomos direto para frente do palco e batemos cabeça o show inteiro. Tudo o que a gente falava depois era sobre como iríamos montar uma banda", relembrou.
Nos anos 80 havia um ambiente hostil entre fãs de punk e de metal, algo que Robb relembrou: "Eu fui ver um show do D.R.I. antes de punks e metalheads se darem bem. Pagamos esse cara na porta para entrarmos e esse gigantesco skinhead apareceu e arrebentou a cara dele e falou, 'Nada de cabeludos aqui.' Quando o D.R.I. subiu no palco foi como uma briga de 50 minutos. Um cara pegou uma garrafa quebrada, enfiou na testa, espalhou o sangue no rosto e pulou do palco. Foi aterrorizante, assustador pra caralh*, mas emocionante. Eu pensei, 'Eu tenho que fazer parte dessa insanidade.'"
Em outro ponto da entrevista, o músico contou que teve uma infância difícil em um bairro pobre, mas que seu pai sempre dizia serem ricos, por terem amor, família e saúde. "Sinto que meu pai fez um bom trabalho. Ele e seus cinco irmãos moravam num pequeno trailer de alumínio e dormiam em uma mesa que virava uma cama, não tinham banheiro, precisavam cag** em baldes", afirmou.
O décimo álbum do Machine Head, "Of Kingdom and Crown", foi lançado em 2022.
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