Max Cavalera acha que "Roots" não é um disco de nu metal
Por Mateus Ribeiro
Postado em 16 de janeiro de 2023
A banda brasileira Sepultura lançou grandes álbuns e um desses trabalhos é "Roots". Lançado em fevereiro de 1996, o trabalho que marca a despedida de Max Cavalera chamou (e ainda chama) a atenção pela sua sonoridade peculiar e pesada, que inclui elementos de música brasileira.
O aclamado "Roots" foi um dos temas abordados na entrevista que Max (ex-guitarrista/vocalista do Sepultura) concedeu ao site chileno iRock em julho de 2022. O músico falou sobre a ligação entre o disco e o nu metal, estilo que surgiu nos anos 1990 e consagrou bandas como Korn, Limp Bizkit e Slipknot.
"Para mim, ‘Roots’ é um álbum muito pesado. Acho que algumas músicas como ‘Straighthate’, ‘Spit’, ‘Ambush’ e ‘Endangered Species’ eram muito pesadas, rápidas e brutais. Acho que é porque ficou marcado... ficou muito popular, ficou na moda, algumas pessoas ligaram isso ao nu metal. Não acho que ‘Roots’ seja um álbum de nu metal’", explicou Max, em transcrição publicada pela Revolver Magazine.
"Na verdade, acho que [‘Roots’] é o oposto - é realmente mais uma coisa do homem das cavernas. É mais simples - afinação baixa, mas riffs mais simples. Percussão muito pesada.
Por si só, em sua essência, para mim, é um disco especial com certeza. Não vou dizer que é o meu favorito porque é como escolher seus filhos; não está certo. Não quero escolher entre os discos do Sepultura, eu gosto de todos. Mas para mim, o ‘Roots’ parece... É uma ideia. Nasceu na hora certa. E foi apenas uma ideia maluca que eu tinha em mente, gravar com índios brasileiros e trazer isso para o metal. E eu acho que foi muito ambicioso e muito corajoso", acrescentou o músico.
Max Cavalera saiu do Sepultura em 1996 e tempos depois, fundou o Soulfly. O trabalho mais recente do grupo é "Totem", lançado em agosto de 2022.
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