As incríveis lembranças que Doug Aldrich tem de trabalhar com Dio
Por Igor Miranda
Postado em 22 de fevereiro de 2023
Doug Aldrich teve três passagens pelo Dio, a banda de Ronnie James Dio. A primeira se deu entre 2002 e 2003, quando o guitarrista se tornou um integrante efetivo do grupo na vaga deixada por Craig Goldy e gravou o álbum "Killing the Dragon" (2002), além do ao vivo "Evil or Divine – Live in New York City" (2003).
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Ao sair para se juntar ao reformado Whitesnake, Aldrich se envolveu com o projeto de Ronnie em outras duas ocasiões, nos anos de 2005 e 2009, apenas como integrante de turnês, enquanto Goldy estava fora para resolver outras questões. Com isso, chegou a participar de mais um disco ao vivo: "Holy Diver – Live" (2006).
Em entrevista ao canal IgorMiranda.com.br no YouTube (vídeo legendado disponível mais adiante), o músico, hoje integrante do The Dead Daisies, foi convidado a relembrar sua colaboração com Ronnie James Dio. Inicialmente, ele reconheceu que não estaria onde está hoje se não fosse pelo cantor, falecido em 2010.
"Guitarristas sabiam de mim por causa de alguns trabalhos passados com bandas diferentes e em certas áreas. Mas Ronnie me expôs ao mundo. Ele me fez um músico melhor, um guitarrista melhor", disse.
Curiosamente, Aldrich chegou a recusar um convite para se juntar ao Dio. Segundo ele, a situação ocorreu por volta de 1990. Pode ter sido em 1989, quando Rowan Robertson acabou ocupando a vaga deixada por Craig Goldy.
"Ele me chamou para fazer parte da banda dele em 1990 e eu não queria sair da minha banda (o Lion) naquela época, era 1989. Eu queria fazer sucesso com a minha banda. Então, dez anos depois, ele me chamou de novo", disse.
O convite de Ronnie James Dio a Doug Aldrich
Mais de uma década depois, os caminhos de Ronnie James Dio e Doug Aldrich se cruzaram novamente. Desta vez, o guitarrista não recusou o trabalho - e desfrutou das benesses de se estar na banda do cantor.
"Fomos num pub. Ele falou: ‘eu gostaria que você tocasse em algumas músicas’. Eu disse que queria entrar para a banda, e ele respondeu: ‘ok, você começa amanhã’. Daí entro no meu carro, com meu amplificador, minhas guitarras, vou pro estúdio, sigo para o porta-malas do carro para tirar meu amplificador e um cara enorme aparece: ‘Ei, não toca nisso. Você é o guitarrista. Você não carrega mais amplificador’. E eu fico tipo: ‘ok’. O nome dele é Turbo, Scott Turbo. Ele era o segurança do Ronnie, carregou meu amplificador e minhas guitarras. De repente, minhas mãos eram preciosas, sabe? Eles não queriam que eu fizesse nada. E era como fazer parte de uma família, daquele dia em diante eu tinha entrado para uma família."
"Ronnie tirava o melhor de mim"
Ainda durante a entrevista, Doug Aldrich destacou que Ronnie James Dio sabia como tirar o melhor dele. Algumas histórias interessantes sobre a composição de "Killing the Dragon" também foram compartilhadas pelo guitarrista.
"Ronnie tinha uma revista de palavras cruzadas e ficava sentado fazendo, eu ficava atrás, em pé tocando guitarra. Aí eu tocava algo e perguntava: ‘o que você acha?’ Ele reagia com um ‘quê?’, com um ‘não, está ótimo, eu adorei’ ou dava alguma sugestão. Com as bases, ele era tranquilo. Com os solos, ele dizia… acho que um dos que ele gostou bastante foi ‘Better in the Dark’, ele chegou a me comparar ao (Ritchie) Blackmore. Foi uma honra e um privilégio trabalhar com ele", pontuou.
A entrevista completa pode ser assistida, com legendas em português, no player de vídeo a seguir.
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